sábado, 26 de janeiro de 2013

Catarina II


Catarina II nasceu na Pomerânia, atual Polônia, no ano 1729. Seu verdadeiro nome era Sofia Augusta Frederica de Anhalt-Zerbst. Seu pai era um homem de confiança do rei da Prússia e governador militar da cidade de Stettin. 

Logo cedo foi designada como futura esposa do Grão-duque Pedro de Holstein, sobrinho de Isabel, então imperatriz da Rússia, futuro herdeiro do trono. Por causa disso, aos 15 anos de idade Sofia veio de sua cidade natal, com sua mãe, para Moscou, numa viagem de trenó, enfrentando um longo caminho e intenso frio. 

Ao chegar a Moscou, esforçou-se para se integrar à nova vida, dedicando-se em aprender a língua russa, e se converteu à religião ortodoxa, batizando-se segundo seus princípios no ano 1745. No batismo recebeu o novo nome de Catarina Alexeievna. No mesmo ano casou-se com o Grão-duque, que bebia muito e logo passou a rejeitá-la. Catarina suportava bem a rejeição do marido, pois desejava subir ao trono russo. Com a morte da imperatriz Isabel, em dezembro de 1761, o Grão-duque subiu ao trono com o nome de Pedro III. 

Por causa de uma aliança que Pedro III fez com Frederico da Prússia, assim que subiu ao trono, Catarina planejou um golpe para tirar o soberano do poder, aliando-se a alguns generais para esse intento. Em 1762, com apenas seis meses no poder, Pedro III foi assassinado numa briga de bar, possivelmente a mando de Catarina, pelo jovem oficial da guarda do palácio, Grigory Orlov, amante dela. Assim Catarina herdou o trono russo, tornando-se a imperatriz Catarina II, a Grande. Para sua coroação usou uma coroa com cinco mil diamantes, setenta e seis pérolas idênticas e um espinélio de 399 quilates, pertencente a um Manchu da China. 

Catarina II fez grandes transformações na Rússia. Entre os anos 1766 e 1768, formou um Congresso, dirigido por ela, com mais de seiscentos deputados, representantes da nobreza, da cidade e do campo, para elaborar um programa capaz de contentar todas as regiões russas. Como não houve resultados, em 1768 dissolveu o Congresso e publicou um decreto dividindo o território em 44 províncias, subdivididas em distritos. Cada distrito tinha uma Assembleia composta pela nobreza, dona das terras. 

Por causa do apoio que dava à nobreza, no ano 1774 enfrentou uma revolta de camponeses e cossacos insatisfeitos, vencendo-os quando eles chegaram às imediações de Moscou, e prendeu e decapitou o líder cossaco Pugachev. Para acalmar o povo, construiu asilos, hospitais, hospícios e maternidades, obras que contribuíram para a habitação das regiões do Volga e da Ucrânia. A nobreza, sentindo-se ameaçada, pediu garantias à Czarina. Para satisfazer àquela classe, promulgou a “Carta da nobreza”, que aboliu os impostos dos nobres e deu-lhes o direito de criar manufaturas e comerciar seus produtos no mercado interno e externo. Ainda aumentou as obrigações dos servos.   

Invadiu a Finlândia para conseguir uma saída pelo mar, anexando seu território à Rússia, o que permitiu uma saída russa pelo Mar Báltico. Interveio também na Polônia, e a entregou a um protegido seu, Estanislau Poniatowski. Lutou contra a Turquia em duas guerras que duraram quase vinte anos. Vencida, a Turquia cedeu à Rússia a costa setentrional do Mar Negro e a península da Crimeia. 

Admiradora das ideias iluministas, manteve contatos com Voltaire e Diderot, porém depois baniu os escritos de Voltaire e combateu suas ideias. Levantava-se às 5h00 da manhã e dedicava de dez a quinze horas diárias aos assuntos do seu governo. Mulher de muitos amantes, possivelmente mais de vinte, não os escondia da sociedade e era generosa com todos eles. O mais famoso de todos foi Grigory Potemkin, membro do Corpo de Guarda, dez anos mais jovem que ela, alto, culto e impetuoso, rico por seu próprio trabalho. Ele recebeu da Czarina diversas propriedades e um suntuoso palácio em São Petersburgo. Boatos dizem que eles se casaram secretamente e que o amor durou dois anos, mas que foram amigos e companheiros até a morte dele, por malária, em 1791. Desolada com a morte de Potemkin, Catarina II faleceu cinco anos depois, no dia 16 de novembro de 1796.

Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA Semanal Ilustrada Conhecer. Vol.8, fascículo 120, págs. 2020 a 2021. São Paulo, Abril, 1966. 
ENCICLOPÉDIA Delta Larousse. Vol.3, págs. 1652 a 1653. Rio de Janeiro, Delta S.A., 1967. 
NAÇÕES do Mundo: União Soviética, págs. 98 a 99. Rio de Janeiro, Cidade Cultural Ltda., 1990.    

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

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