segunda-feira, 29 de abril de 2013

Deus me ama

Deus me ama,
Deus me conduz
Por lindos campos,
Por lindos sonhos;
Deus é minha alegria de viver!

Jesus Cristo, Filho do Homem,
Filho do Deus vivo criador!
Jesus Cristo é o meu Senhor,
É o meu maior amor!


Não tenho pressa,
Não tenho ódio,
Não tenho medo de viver!
Deus está comigo,
Seus anjos me visitam
Desde de manhã até o outro amanhecer!

Ele me ama, Deus me ama,
Pois me criou à Sua imagem e semelhança!
Sigo Seu caminho, Jesus Cristo,
O meu bom Pastor!

(Poesia: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)


sábado, 27 de abril de 2013

Jesus, a fonte da água viva (João 7, 37 - 44)


37 No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a Mim e beba.
38 Quem crer em Mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.
39 Isto Ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que Nele cressem; pois o Espírito até esse momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado. 
40 Então os que dentre o povo tinham ouvido estas palavras, diziam: Este é verdadeiramente o Profeta;
41 Outros diziam: Ele é o Cristo; outros, porém, perguntavam: porventura o Cristo virá da Galileia?
42 Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi e da aldeia de Belém, donde era Davi?
43 Assim houve uma dissensão entre o povo por causa Dele;
44 Alguns dentre eles queriam prendê-Lo, mas ninguém Lhe pôs as mãos. 

(Jo 7, 37 - 44)       (Foto: internet)

Usina de Paulo Afonso


A usina hidrelétrica de Paulo Afonso foi idealizada por dom Pedro II no ano de 1859 quando ele visitou a cachoeira e determinou estudos sobre seu potencial energético, mas a construção da primeira unidade foi realizada pelo industrial Delmiro Gouveia, que a batizou de Angiquinho. A  pequena usina foi criada para abastecer a Fábrica da Pedra e a iluminação pública da vila dos operários da indústria têxtil que o industrial construiu em Alagoas. Toda a sua construção foi com equipamentos vindos da Europa, assim como os engenheiros.

Somente em 3 de outubro de 1945 Getúlio Vargas assinou o Decreto-Lei 8.031 criando a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF), com o objetivo de gerar e distribuir eletricidade para o nordeste. Foi a partir de 15 de março de 1948, sob o governo de Gaspar Dutra, que o projeto para a construção de uma usina tomou forma, com o projeto da construção de uma barragem de 4215 m e uma casa de máquinas subterrânea com 3 reatores, cada um com capacidade de gerar 60.000 kw. As obras realmente ditas tiveram seu início no último ano do governo Dutra e prosseguiram por todo o segundo governo de Getúlio Vargas e avançaram poucos meses depois de sua morte. 

Os dois primeiros geradores da Usina de Paulo Afonso começaram a funcionar no dia 1º de dezembro de 1954, para levar iluminação elétrica para as cidades de Recife e Salvador; o terceiro funcionou menos de um ano depois dos primeiros. 
Atualmente já não é apenas uma usina, mas cinco usinas, no chamado Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso. São elas: Paulo Afonso I, II, III e IV, e Apolônio Sales (Moxotó), produzindo um total de 4.279,6 megawatts de energia.           

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

Manganês


Símbolo: Mn
Massa atômica: 54,93805
Número atômico: 25
Ponto de fusão: 1519 K (1.246 ºC)
Ponto de ebulição: 2334 K (2061 ºC)
Ano da descoberta: 1740
Autor da descoberta: Johann Heinrich Pott
Origem do nome: Grega: Mágnes
Significado: Ímã
Utilidades: Aço, trilhos, cofre, arado, ferramentas, vidro, etc.

Características:
O manganês é um elemento químico sólido à temperatura ambiente e é o 12º elemento mais abundante, encontrado na composição de mais de cem minérios, entre eles a pirolusita, braunita e rodocrosita, mas ele não existe na forma pura. 
Tem coloração cinzenta-prateada, bem parecida com o ferro, duro e muito quebradiço, difícil de fundir, mas que se oxida facilmente. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Por causa do amor


Por causa do amor
Trama-se contra a vida dos que amam,
Por causa do amor
Tira-se a liberdade dos que amam...

Por causa do amor
Humilha-se os que amam,
Por causa do amor
Rouba-se os bens materiais dos que amam...



Mas quem ama resiste
Por causa do amor;
Quem ama encontra força e coragem
Espelhando-se no seu amor...

Quem ama
Nada teme, nem mesmo a morte,
Pois o amor é uma chama indelével
Que tudo suporta e resolve e vence...

Pois quem ama é mais do que vencedor:
É um ser eterno, pois o amor é eterno...

(Poesia e foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)

Magnésio


Símbolo: Mg
Massa atômica: 24,3050
Número atômico: 12
Ponto de fusão: 923 k (650  ºC)
Ponto de ebulição: 1363 K (1090 ºC)
Densidade: 1,74 g/cm³
Ano da descoberta: 1808
Autor da descoberta: Humphry Davy
Origem do nome: Homenagem à Magnésia, antiga cidade da Ásia Menor.
Significado:         –
Utilidades: Fogos de sinalização, veículos leves, aviões, pigmentos, remédios, etc.

Características:
O magnésio é o 7º elemento mais abundante na crosta terrestre e o 9º no Universo conhecido, pois se forma facilmente em supernovas através da adição sequencial de 3 núcleos de hélio ao carbono. Também é o 3º mais abundante da água do mar. Tem coloração prateada, mas perde seu brilho quando exposto ao ar, para formar óxido de magnésio. Quando pulverizado e exposto ao ar, o magnésio se inflama produzindo chama branca. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

Lutécio


Símbolo: Lu
Massa atômica: 174,967
Número atômico: 71
Ponto de fusão: 1936 K (1663 ºC)
Ponto de ebulição: 3675 K (3402 ºC)
Ano da descoberta: 1907
Autor da descoberta: Georges Urbain
Origem do nome: Latina: Lutelia.
Significado: Era o nome da cidade de Paris na Antiguidade.
Utilidades: Bomba H, Ligas metálicas, cerâmicas, etc.

Características:
À temperatura ambiente o lutécio encontra-se em estado sólido e é um metal trivalente, de coloração branca prateada, resistente à corrosão. É o mais pesado e duro de todas as terras raras.    

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet) 

terça-feira, 23 de abril de 2013

O acanhamento (Castro Alves)


Com o passo lento, olhar meio espantado
Receios de ser visto, e em pejo ardendo,
Perdendo logo a cor e estremecendo,
Se viu que por alguém fora notado.

Posto a um canto da sala, acocorado,
Em cólicas mortais se retorcendo,
Com medo de falar e conhecendo
A triste posição de ser calado;

Sentindo ânsias custar-lhe o pensamento
E a cada olhar que ali lhe estão lançando
Vê aumentar-se-lhe o retraimento;

Oh! destino cruel, atroz, nefando!
É isto que se chama ACANHAMENTO,
Que o talento amesquinha e o vai matando.

(Castro Alves - BA - Recife 19/04/1866)

(Foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Lítio


Símbolo: Li
Massa atômica: 6,941
Número atômico: 3
Ponto de fusão: 453,6 K (180,5 ºC)
Ponto de ebulição: 1615 k (1342 ºC)
Densidade: 0,53 g/cm³
Ano da descoberta: 1818
Autor da descoberta: August Arfvedson.
Origem do nome: Grega: Lithos
Significado: Pedra
Utilidades: Combustível para foguetes, bomba H, bateria para marcapasso, materiais para atividades espaciais, vidro, remédios, etc.

Características:
O lítio é branco prateado, brando, macio, atacado pelo ar úmido e reage lentamente com água e oxigênio. É o mais leve dos elementos sólidos à temperatura ambiente; é monovalente e bastante reativo. No teste da chama torna-se vermelho mas se ocorrer combustão violenta sua cor se torna branca brilhante.  

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

Lawrêncio


Símbolo: Lr
Massa atômica: 260,1053
Número atômico: 103
Ponto de fusão: 1900 K (1627 ºC)
Ponto de ebulição: Sem dados
Ano da descoberta: 1961 ( 14/02/1961)
Autor da descoberta:  Albert Ghiorso e colaboradores.
Origem do nome: Homenagem a Ernest O. Lawrence, inventor do ciclotron.
Significado:           –
Utilidades: Elemento radioativo.

Características:
O lawrêncio é de aparência desconhecida, mas é provável que seja metálico, sólido, branco prateado ou cinza.

Lantânio


Símbolo: La
Massa atômica: 138,9055
Número atômico: 57
Ponto de fusão: 1191 K (918 ºC)
Ponto de ebulição: 3737 k (3464 ºC)
Densidade: 6,1 g/cm³
Ano da descoberta: 1839
Autor da descoberta: Carl G. Mosander
Origem do nome: Grega: Lanthanein
Significado: Estar escondido.
Utilidades: Estocagem de hidrogênio, eletrodo de bateria.

Características:
O lantânio é branco prateado, maleável, dúctil, mole, que se pode cortar com uma faca. Possui propriedades moderadamente tóxicas, é reativo, formando vários compostos químicos com vários elementos, entre eles o oxigênio, nitrogênio e os halogênios.
À temperatura ambiente encontra-se em estado sólido e oxida rapidamente quando exposto ao ar. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

sexta-feira, 19 de abril de 2013

O primeiro retirante nordestino

O primeiro retirante nordestino do qual se tem notícia chamava-se Pero Coelho de Souza, explorador português que viveu entre o final do século XVI e começo do século XVII. Residente na Paraíba, em 1603 chefiou uma expedição para a conquista dos índios potiguaras, em terras situadas hoje no Ceará. 

Devidamente autorizado pelo governador-geral Diogo Botelho, saiu da Paraíba com o intuito de chegar até o Maranhão. Uma coluna de sua expedição seguia por terra e três naus seguiam por mar, sempre pelo litoral. 

Em seu percurso combateu índios e franceses que traficavam pau-brasil; ao chegar ao rio Punaré - atual Parnaíba - na Barra do Ceará, levantou um arraial que batizou de Nova Lisboa. Já em 1606, ao retornar àquele local, encontrou Nova Lisboa desmantelada. Seguiu então para a capitania do Rio Grande, estabelecendo-se no Vale do Jaguaribe. 

Lá no Vale do Jaguaribe deparou-se com a primeira seca de que se tem notícia. Resolveu, então, retirar-se daquele local, com sua mulher, cinco filhos menores e seus homens, todos doentes e abatidos, sem água e comida. Seguiu pela costa nordestina, com dificuldade, rumo ao Forte dos Reis Magos, no Rio Grande do Norte, tornando-se o primeiro nordestino a fugir da seca de que se tem notícia.

Fonte: Moderna Enciclopédia Brasileira, Vol. I, pág. 182 - 3.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)                

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Ítrio


Símbolo: Y
Massa atômica: 88,90585
Número atômico: 39
Ponto de fusão: 1799 K (1523 ºC)
Ponto de ebulição: 3609 K (3337 ºC)
Densidade: 4,47 g/cm³
Ano da descoberta: 1794
Autor da descoberta: Johan Gadolin
Origem do nome: Homenagem à Ytterby, na Suécia.
Significado:        –
Utilidades: Filtros para laser, medidor de oxigênio, etc.

Características:
Na forma metálica o ítrio é prateado, dúctil, reativo e estável em contato com o ar. Dividido finamente torna-se inflamável a 470 ºC. Ocorre em rochas ígneas da crosta terrestre e da Lua, e por fissão nuclear.  

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

Itérbio


Símbolo: Yb
Massa atômica: 173,04
Número atômico: 70
Ponto de fusão: 1097 K (824 ºC)
Ponto de ebulição: 1469 K (1193 ºC)
Ano da descoberta: 1907
Autores da descoberta: Georges Urbain e Auer von Welsbach
Origem do nome: Homenagem à Ytterby, região da Suécia.
Significado:           –
Utilidades: Acrescentado ao aço inoxidável em pequenas quantidades para dar-lhe maior resistência.

Características:
O itérbio é um elemento metálico, de cor branca prateada e brilhante, mole, dúctil e maleável. Quimicamente estável, é facilmente atacável e solúvel por ácidos minerais, reage lentamente com a água e oxida-se no ar. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Desinspiração


Mão no queixo, na testa, no rosto, viaja...
Mão que diz: "Estou exausta".
O pensamento diz: "Vai, escreve um poema!"
E vem o dilema...

Escrever o quê? Bate a desinspiração...
Total descaso com o belo, com a poesia...
"Na tortura toda carne se trai", diz o poeta,
Com toda a razão...

Traio agora minha vaidade: jamais fugi de rimas.
Papel em branco, caneta na mão, e elas surgem do nada.
Quando cuido, há uma poesia, e o papel se torna gente...

Claro, quando a gente põe sentimentos num papel em branco
Ele se torna gente;
Dali sai um retrato vivo de alguém...  

Tarefas demais no cotidiano,
E eu estou sem tempo de rimar, de sonhar, de viver;
Claro, a poesia é minha mania, meu vício,
E o vício sempre domina a vida das pessoas...

Não bebo, não fumo, não cheiro drogas; escrevo!
E por viver para escrever, ou, sei lá, escrever para viver,
É que nesses dias cansativos estou num mar bravio ou deserto tempestuoso...

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

Raposo Tavares


Antônio Raposo Tavares nasceu em São Miguel de Beja, capital do Alto Alentejo, Portugal, no ano 1598, desconhecendo-se o dia e o mês do seu nascimento. Veio para o Brasil no ano 1618, com seu pai, Fernão Vieira Tavares, loco-tenente da capitania de São Vicente. Mudando-se para Piratininga, Raposo Tavares se casou com uma filha de um bandeirante, mas logo ficou viúvo. Dez anos depois se casou novamente. 

Por causa da invasão holandesa na Bahia, a Câmara Municipal de Salvador fez um apelo aos paulistas em busca de índios escravizados para ajudar na resistência. Foi então que o jovem Raposo Tavares organizou a maior bandeira até então, para percorrer os sertões brasileiros, em busca de índios, no ano 1624. Essa bandeira era composta de cerca de novecentos homens brancos e três mil índios. 

Organizada a bandeira, Raposo Tavares confiou o comando ao sertanista Manuel Preto, de quase 70 anos de idade, e partiu rumo à região chamada Guairá, atual estado do Paraná, no mês de agosto de 1628, onde havia numerosas aldeias indígenas organizadas pelos jesuítas espanhóis. Seguindo por terra, a bandeira atravessou as cabeceiras do Paranapanema, avançando por São Loreto e Santo Inácio, depois Vila Rica e Cuidad Real. Durante a viagem a bandeira destruiu as aldeias de São Miguel, Jesus Maria, Encarnacion, San Pablo, Arcângeles, San Tomé, etc., fazendo cativos cerca de 20.000 índios, e anexou aquela região do Paraná à capitania de São Paulo.

De volta a São Paulo, rico e famoso, foi nomeado, em 1633, juiz ordinário e, depois, ouvidor, título concedido pelo Conde de Mensanto, que foi anulado pelo governador-geral dom Diogo Luís de Oliveira, por causa de agressões aos jesuítas. 

Algum tempo depois organizou nova bandeira, com 120 homens brancos e mamelucos e cerca de 1.000 índios tupis, partindo de São Paulo para a região do Tape (atual Rio Grande do Sul), com a missão de destruir a influência dos jesuítas na região e a captura de índios para mão-de-obra escrava. No dia 31 de dezembro de 1636 chegou à região, onde tomou o Forte Bom Jesus (atual cidade de Rio Pardo, RS). Invadiram também as aldeias de San Cristóban e Sant’Ana, anexando-as à coroa portuguesa. Regressou à capitania de São Paulo no ano 1638.  

Em 1639, com o avanço do domínio holandês no nordeste, sob a liderança de Maurício de Nassau, Raposo Tavares organizou uma tropa de 150 homens e viajou para a Bahia, unindo-se às tropas do Conde da Torre, governador-geral. Vencidas pelos invasores, as tropas luso-brasileiras fugiram para Porto do Touro (atual Cabo de São Roque, no Rio Grande do Norte), uma zona holandesa. Depois de passar muitas privações, Tavares chegou às margens do Rio São Francisco e de lá voltou para São Paulo, sob escolta de um destacamento da Bahia e grupos de índios e negros, chefiados por Henrique Dias e Filipe Camarão. 

No ano 1648 Raposo Tavares organizou nova bandeira, associado a André Fernandes, outro sertanista de 70 anos de idade, formada por 200 homens paulistas e cerca de 1.000 índios, com destino às minas de prata de Potosi, no Alto Peru (atual Bolívia), exploradas pelos espanhóis. A bandeira atravessou a região do Itatim (atual Mato Grosso do Sul), destruindo as missões de Mboimboim e Santa Bárbara.

No ano 1649, seguindo viagem, Tavares desviou-se do curso original e dirigiu-se ao norte, atingindo o rio Guaporé, penetrando na floresta amazônica; depois, atingiu o rio Madeira até chegar ao rio Amazonas. Nessa aventura muitos homens perderam a vida enfrentando a ferocidade dos índios e a febre amarela. No ano 1651, apenas 59 homens e alguns índios chegaram ao Forte de Gurupá, no Pará, sem terem encontrado as minas de Potosi, mas realizaram a primeira viagem de reconhecimento geográfico da América do Sul. 

Naquele mesmo ano Raposo Tavares voltou à São Paulo, envelhecido, não sendo reconhecido pela família. Viveu ainda por mais sete anos, em sua fazenda em Barueri, até falecer, no ano 1658. 

Bibliografia:
ENCICLOPÉDIA Pesquisando na Escola. Vol. 4, págs. 61 a 62. São Paulo, Ícone, 1988. 
ENCICLOPÉDIA de Educação Moral, Cívica e Política. Vol. IV, págs. 381 a 383. São Paulo, Michalany, 1971. 
CARVALHO, Geraldo Magela de. Atlas Ecos de Biografias. João Pessoa, Ecos, 1977. 

(Texto: Eliza ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

Prudente de Morais


Prudente José de Morais Barros nasceu em Itu, São Paulo, no dia 4 de outubro de 1841. Era filho de José Marcelino de Barros e dona Catarina Maria de Barros. Teve uma infância difícil e logo cedo perdeu o pai, assassinado por um escravo. Trabalhou para custear seus estudos, diplomando-se em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1863. Começou a advogar na cidade de Sorocaba (SP), com seu irmão mais velho, chamado Manuel. 

Filiado ao Partido Liberal, começou a difundir os ideais republicanos. Elegeu-se deputado à Assembleia Provincial, e em 1884 foi indicado para a Câmara Temporária, representando sua província natal, juntamente com os republicanos Álvaro Botelho e Campos Sales. Em 1885 elegeu-se para a Câmara dos Deputados. Com a proclamação da República, foi presidente da Junta Governativa de três membros que assumiu o poder no estado de São Paulo. Ficou no cargo até o dia 13 de outubro de 1890, quando se elegeu senador da República, no dia 15 de novembro de 1890, sendo eleito presidente do Congresso Nacional no dia 21 do mesmo mês e ano. 

Concorreu na primeira eleição para presidente da República, mas perdeu para Deodoro da Fonseca, numa votação indireta de 129 votos a favor de Deodoro e 97 votos a favor de Prudente. Em junho de 1891 foi eleito vice-presidente do Congresso e em 15 de novembro de 1894 concorreu e se elegeu presidente da República, em substituição ao Marechal Floriano Peixoto, embora tenha enfrentado grande oposição militar. 

Tornou-se assim o primeiro presidente eleito da República. Já presidente, pacificou o país, enfrentou a Revolução Federalista e a guerra de Canudos, liderada por Antônio Conselheiro, de 1893 a 1897, e uma grave crise financeira. 

Na política externa, reatou as relações com Portugal, rompidas desde 1893; resolveu com a Inglaterra a ocupação definitiva da Ilha da Trindade e foi vitorioso também nas questões limítrofes com a Argentina, conhecida como “Questão das Missões”. Com a França, resolveu a questão com o Amapá.

Doente, passou a presidência da República ao seu vice, Manuel Vitorino Pereira, de 10 de novembro de 1896 a 5 de março de 1897. Ao reassumir o governo, comprou o Palácio do Catete ao conde de Nova Friburgo. Em 5 de novembro de 1897 sofreu um atentado por parte de um anspeçada, Marcelino Bispo de Melo, e foi salvo pelo Marechal Carlos Machado Bitencourt, ministro da Guerra, que foi apunhalado mortalmente. 

Depois do seu governo, terminado em 15 de novembro de 1898, não abandonou a política, porém dirigiu um movimento de dissidência, em Piracicaba, além de exercer a advocacia, até o seu falecimento, ocorrido naquela cidade, no dia 13 de dezembro de 1902. 

Bibliografia:    
ENCICLOPÉDIA Globo. 13ª ed. Vol. VIII. Porto Alegre, Globo, 1974. 
ENCICLOPÉDIA Pesquisando na Escola. Vol. 4. Pág. 13. São Paulo, Ícone, 1988. 
CARVALHO, Geraldo Magela de. Atlas Ecos de Biografias. João Pessoa, Ecos, 1977. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Muito trabalho

Quisera eu ter minha rotina de volta, agora! Assim eu poderia andar pelas ruas de Taperoá, durante o dia, com uma câmera digital na mão, fotografando coisas e pessoas comuns da minha terra, e coisas da vida também. Ou então, de madrugada, ao primeiro sinal do amanhecer, correr para a ponte velha e fotografar o Sol vindo, majestoso, trazendo seu calor e sua luz a todos os seres. Lá eu poderia contemplar o espetáculo das garças saindo dos seus ninhais, ao longo do leito do rio Taperoá e do açude Manoel Marcionilo, à procura de comida e água em outras paragens...

Mas a minha rotina foi quebrada, e eu agora só trabalho, trabalho, trabalho... Lavo louça e varro casa o dia inteiro. Mas é por um bom motivo: a minha secretária, que mais é uma irmã de criação, saiu para descansar... Não é descansar assim, tipo ir à praia, ir ao sítio, a um piquenique, etc; ela foi ter o seu bebê! E ontem, dia 11 de abril de 2013, chegou ao mundo mais uma criaturinha para servir a Deus, nosso Criador: nasceu o Vambertinho! 

Estou curiosa para conhecê-lo, para abraçá-lo, colocá-lo no colo, etc, coisas que uma tia gosta de fazer... Que Vambertinho seja bem feliz, eternamente, com seu papai Vamberto, com sua mamãe Nanan e com sua irmãzinha Yasmim. Que toda a família seja muito feliz! Eu posso esperar mais um pouco para ter minha liberdade de fotografar lindos sóis nascendo, clareando o horizonte de minha linda terra paraibana. 

(Texto e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)           

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Irídio



Símbolo: Ir
Massa atômica: 192,22
Número atômico: 77
Ponto de fusão: 2719 K (2.446 ºC)
Ponto de ebulição: 4701 K (4428 ºC)
Densidade: 22,5 g/cm³
Ano da descoberta: 1804
Autor da descoberta: Smithson Tennant
Origem do nome: Vem do nome íris ou arco-íris
Significado: Devido ao colorido dos seus sais.
Utilidades: Radiação contra câncer, agulhas para injeções, vela para helicóptero, etc.

Características:
O irídio é um elemento de transição, duro, frágil, pesado, de cor branca prateada. Pouco abundante, encontra-se na natureza associado ao ósmio e à platina. Resistente à corrosão, em temperatura ambiente encontra-se em estado sólido.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

Iodo


Símbolo: I
Massa atômica: 126,90447
Número atômico: 53
Ponto de fusão: 386,85 K (113,7 ºC)
Ponto de ebulição: 457,6 K (184,4 ºC)
Ano da descoberta: 1811
Autor da descoberta: Bernard Courtois  
Origem do nome: Grega: Iodes
Significado: Violeta.
Utilidades: Tintura de iodo, radiação, lâmpadas de iodo, pigmento para tinta, etc.

Características:
É o menos reativo e eletronegativo dos elementos do seu grupo. É negro e lustroso, com leve brilho metálico; pouco solúvel em água porém dissolve-se facilmente em substâncias orgânicas como o etanol. Em temperaturas usuais volata-se em um gás azul-violeta de odor irritante. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet) 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Pequi - um cheiro inebriante

Meu irmão Marcos, paraibano de nascença e piauiense de coração, mora em Teresina desde a década de 80 do século passado, mas duas vezes por ano visita a família em Taperoá, Paraíba. Isto é um fato normal.

Surpreendente foi o que ele fez na visita do último fim de ano. Com toda a linda família que possui, chegou como sempre faz: de surpresa, à noitinha, depois de passar um dia inteiro na estrada, cortando o nordeste pelos seus sertões.

Como sempre, ele e a família nos cumprimentaram e logo começaram a tirar as bagagens do carro. De cara eu percebi que daquela vez havia algo diferente, que eu não sabia o que era; sei que estava sentindo um cheiro diferente, fortíssimo, que imediatamente invadiu a casa. 

Aquele cheiro me incomodou, por ser muito forte, e eu comecei a enjoar. Quieta fiquei, até que minha cunhada trouxe à cozinha uns frutos estranhos e disse-me: "Conhece o pequi?" Eu disse que não, sorrindo, mas estava me sentindo enjoada, pois sou careta em relação às frutas; jaca, por exemplo, não suporto nem o cheiro, até me arrepia somente em pensar nela.     

O fato é que fui apresentada a um dos frutos mais saboreados do cerrado brasileiro, e de forma até deselegante, da minha parte. Meu irmão entrou na conversa, orgulhoso por mostrar-me que se sentia um piauiense da gema ao consumir deliciosamente aquele pequizinho. 

Enquanto o pequi cozinhava, a conversa rolava alegre na cozinha, com meu irmão e meus sobrinhos contando as novidades para mim e minha mãe. Meu irmão de vez em quando me dizia: "Tu vais ver como o pequi é gostoso, tu vais comer um bocado". Eu sorria, escondendo o enjoo do cheiro inebriante que dominava o ambiente.  

Depois de um tempo, minha mãe me chamou num canto e me disse: "Não estou suportando esse cheiro; não vou comer isso não!" Eu lhe disse: "Calma, ma eu também não estou suportando!" Depois de um tempo o tal do pequi ficou pronto. Meu irmão pegou um e me deu, me ensinando como saboreá-lo, pois dentro dele havia espinhos e eu podia me machucar. Peguei então o danado, enjoada, mas ao invés de mordê-lo, eu apenas lambi um pouco, rapidamente, e tive de ser sincera com o orgulhoso piauiense: "Não consigo comer isso, não estou suportando nem o cheiro". Ele, humilde, me disse: "Está bem, isso é só falta de costume. Já lambeu, sentiu o gosto; amanhã você prova novamente até se acostumar. Na primeira vez que vi esse danado também achei estranho, mas agora, está vendo? Ele então pegou um fruto e começou a comê-lo de um jeito tão saboroso que me causou inveja e remorso. Inveja por vê-lo comer o pequi de um jeito guloso, mesmo, e remorso, por decepcionar meu irmão e sua família. 

Além de tudo tive de agir rápido para me sentir melhor: enquanto meu irmão e sua família comiam o pequi, eu juntei as cascas e qualquer vestígio daquele bendito fruto, coloquei num saco de lixo e fui jogá-lo na lata de lixo da rua, longe de minha casa. Os frutos cozidos coloquei na geladeira, antes mesmo deles acabarem o banquete. Pensei: "Se quiserem mais, que peguem na geladeira, mas não vou deixar esse cheiro invadir minha casa". No outro dia, depois do café da manhã, peguei o restante dos pequis e fui jogá-los no lixo da rua. Eu e minha mãe ficamos aliviadas, e minhas visitas não falaram mais do digníssimo fruto, orgulho do cerrado brasileiro. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Foto: internet)       

domingo, 7 de abril de 2013

Boa vizinhança


Eles são amigos, por enquanto:
Neguinho, mais velho,
Lilica, mais nova...

Repartem a comida, a água, o teto,
Embora eles tenham casa própria:
Neguinho é o gato da minha vizinha,
E divide o tempo entre as duas casas;
Lilica é do dono do restaurante perto daqui...

Um dia chegaram em minha casa e se abancaram;
Neguinho veio primeiro, e até marcou território,
E Lilica chegou esses dias...

Cuido deles como se fossem meus:
Até banho e vacina providencio
Para que vivam aqui de modo saudável e feliz....

Só imagino quando Lilica começar a procriar:
Nascerão seus filhotes aqui em casa ou no restaurante?
Será, meu Deus, que terei de doar lindos gatinhos de Lilica?
O tempo me dirá; sei apenas que não abandonarei ninguém!  

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

A prática da oração por todos os homens (Bíblia)


A prática da oração por todos os homens.
Um só mediador (1Timóteo 2, 1 - 7)

2  Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens,
2 Em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito. 
3 Isto é bom e aceitável diante de Deus nosso Salvador, 
4 O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.
5 Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.
6 O qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos.
7 Para isto fui designado pregador e apóstolo  (afirmo verdade, não minto), mestre dos gentios na fé e na verdade.   

(Texto: Bíblia - Foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB) 

Índio


Símbolo: In
Massa atômica: 114,82
Número atômico: 49
Ponto de fusão: 429,75 K (156,6 ºC)
Ponto de ebulição: 2345 K (2072 ºC)
Densidade: 7,3 g/cm³
Ano da descoberta: 1863
Autores da descoberta: Fernando Reich e Theodore Richter
Origem do nome: Do índigo (anil), por causa de sua cor azul, no espectroscópio.
Significado:                      –
Utilidades: Célula solar, espelho, cola, exames de sangue e pulmões, etc.

Características:
Metal branco prateado e brilhante. Quando dobrado emite um som característico; pouco abundante, maleável, facilmente fundível e quimicamente similar ao alumínio e o gálio, mas parecido com o zinco.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

Hólmio


Símbolo: Ho
Massa atômica: 164,93032
Número atômico: 67
Ponto de fusão: 1747 K (1474 ºC)
Ponto de ebulição: 2973 K (2700 ºC)
Ano da descoberta: 1879
Autor da descoberta: Theodor Cleve
Origem do nome: Homenagem á cidade de Estocolmo, cujo nome latino é Holmia.
Significado:        –
Utilidades:  Absorção de nêutrons, controle de reação de fissão em cadeia.

Características:
O hólmio é um elemento químico metálico, trivalente, de aspecto prateado brilhante, macio, maleável, um pouco resistente à corrosão e estável ao ar seco nas condições normais de temperatura e pressão. Ao ar úmido e temperaturas elevadas oxida-se rapidamente formando um óxido. Tem pouca toxicidade.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet) 

sábado, 6 de abril de 2013

Um dia tudo será melhor, meu amor!


Teu carro some na curva do caminho,
E eu o vejo pela vez derradeira
Com uma tristeza na alma...

Tu o perdeste para a maldade,
Mas em breve terás outro, para tua vitória.
Naquele carro ganhavas a vida, fazias caridade...

Não te preocupes, meu amor,
Um dia, em breve tempo,
Tudo será melhor do que antes...

Porque eu creio num Deus que tudo pode, e tu também crês!
Somos felizes porque temos vida, saúde, paz e amor...
Muito perdeste mas muito ganharás,
Pois Deus enche de fartura a quem Ele testa a paciência e a fé!  

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

A bênção sacerdotal (Números 6, 22 - 27)


22 Disse o Senhor a Moisés:
23 Fala a Arão e a seus filhos, dizendo: assim abençoareis os filhos de Israel; dir-lhes-eis:
24 O Senhor te abençoe e te guarde;
25 O Senhor faça resplandecer o Seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti;
26 O Senhor sobre ti levante o Seu rosto e te dê a paz.
27 Assim porão o Meu nome sobre os filhos de Israel, e Eu os abençoarei.
(Nm 6, 22 - 27)   
Foto: internet  

A tempestade (Alexandre Herculano)


Sibila o vento: os torreões de nuvens
Pesam nos densos ares:
Ruge ao largo a procela, e encurva as ondas
Pela extensão dos mares.
A imensa vaga ao longe vem correndo
Em seu terror envolta;
E, dentre as sombras, rápidas centelhas
A tempestade solta.
Do Sol no ocaso um raio derradeiro,
Que, apenas fulge, morre,
Escapa à nuvem, que, apressada e espessa,
Para apagá-lo corre.
Tal nos afaga em sonhos a esperança,
Ao despontar do dia,
Mas, no acordar, lá vem a consciência
Dizer que ela mentia!

As ondas negro-azuis se conglobaram;
Serras tornadas são,
Contra as quais outras serras, que se arqueiam,
Bater, partir-se vão.
Ó tempestade! Eu te saúdo, ó nume
Da natureza açoite!
Tu guias os bulcões, do mar princesa,
E é teu vestido a noite!
Quando pelos pinhais, entre o granizo,
Ao sussurrar das ramas,
Vibrando sustos, pavorosa ruges
E assolação derramas,
Quem porfiar contigo, então, ousara
De glória e poderio;
Tu que fazes gemer pendido o cedro,
Turbar-se o claro rio?

Quem me dera ser tu, por balouçar-me
Das nuvens nos castelos,
E ver dos ferros meus, enfim, quebrados
Os rebatidos elos.
Eu rodeara, então, o globo inteiro;
Eu sublevara as águas;
Eu, dos vulcões, com raios acendera
Amortecidas fráguas;
Do robusto carvalho e sobro antigo
Acurvaria as frontes;
Com furacões, os areais da Líbia
Converteria em montes;
Pelo fulgor da Lua, lá do norte,
No pólo me assentara,
E vira prolongar-se o gelo eterno,
Que o tempo amontoara.
Ali, eu, solitário, eu, rei da morte,
Erguera meu clamor,
E dissera: "Sou livre, e tenho império;
Aqui, sou eu senhor!"

Quem se pudera erguer, como estas vagas,
Em turbilhões incertos,
E correr, e correr, troando ao longe,
Nos líquidos desertos!
Mas entre membros de lodoso barro
A mente presa está!...
Ergue-se em vão aos céus: precipitada,
Rápido, em baixo dá.

Ó morte, amiga morte! É sobre as vagas,
Entre escarcéus erguidos,
Que eu te invoco, pedindo-te feneçam
Meus dias aborridos:
Quebra duras prisões, que a natureza
Lançou a esta alma ardente;
Que ela possa voar, por entre os orbes,
Aos pés do Onipotente.
Sobre a nau, que me estreita, a prenhe nuvem
Desça, e estourando, a esmague,
E a grossa proa, dos tufões ludíbrio,
Solta, sem rumo vague!

Porém, não!... Dormir deixa os que me cercam
O sono do existir;
Deixa-os, vãos sonhadores de esperanças
Nas trevas do porvir.
Doce mãe do repouso, extremo abrigo
De um coração opresso,
Que ao ligeiro prazer, à dor cansada
Negas no seio, acesso,
Não despertes, oh não! Os que abominam
Teu amoroso aspeito;
Febricitantes, que se abraçam, loucos,
Com seu dorido leito!
Tu, que ao mísero ris com rir tão meigo,
Caluniada morte;
Tu, que entre os braços teus lhe dás asilo
Contra o furor da sorte;
Tu, que esperas às portas dos senhores,
Do servo ao limiar,
E eterna corres, peregrina, a terra
E as solidões do mar,
Deixa, deixa sonhar ventura os homens;
Já filhos teus nasceram:
Um dia acordarão desses delírios,
Que tão gratos lhes eram.
E eu que velo na vida, e já não sonho
Nem glória nem ventura;
Eu, que esgotei tão cedo, até às fezes,
O cálix da amargura:
Eu, vagabundo e pobre, e aos pés calcado
De quanto há vil no mundo,
Santas inspirações morrer sentindo
Do coração no fundo,
Sem achar no desterro uma harmonia
De alma, que a minha entenda,
Porque seguir, curvado ante a desgraça,
Esta espinhosa senda?
Torvo o oceano vai! Qual dobre, soa
Fragor da tempestade,
Salmo de mortos, que retumba ao longe,
Grito da eternidade!...

Pensamento infernal! Fugir covarde
Ante o destino iroso?
Lançar-me, envolto em maldições celestes,
No abismo tormentoso?
Nunca! Deus pôs-se aqui para apurar-me
Nas lágrimas da terra;
Guardarei minha estância atribulada,
Com meu desejo em guerra.
O fiel guardador terá seu prêmio,
O seu repouso, enfim,
E atalaiar o Sol de um dia extremo
Virá outro após mim.
Herdarei o morrer! Como é suave
Bênção de pai querido.
Será o despertar, ver meu cadáver,
Ver o grilhão partido.

Um consolo, entretanto, resta ainda
Ao pobre velador:
Deus lhe deixou, nas trevas da existência,
Doce amizade e amor.
Tudo o mais é sepulcro branqueado
Por embusteira mão;
Tudo o mais vãos prazeres que só trazem
Remorso ao coração.
Passarei minha noite a luz tão meiga,
Até o amanhecer;
Até que suba à pátria do repouso,
Onde não há morrer.

(Poesia: Alexandre Herculano - Portugal - Foto: internet)

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Paulo Freire


Paulo Reglus Neves Freire nasceu no dia 19 de setembro de 1921, às 9h00, na Rua do Encantamento, 724, no bairro da Casa amarela, em Recife, Pernambuco. Era filho de Joaquim Temístocles Freire e Edeltrudes Neves Freire. Tinha 3 irmãos: Temístocles, Stela e Armando. Seus avós paternos eram: Ceciliano Demétrio Freire e Alcina Anízia Freire. Seus avós maternos eram: José Xavier B. das Neves e Adorinda Flores Neves. 

Iniciou seus estudos em casa, à sombra de uma mangueira, com o auxílio de sua mãe. Em 1927 estudou em escola particular, tendo como professora Eunice Vasconcelos, e em 1931 mudou-se com a família para Jaboatão, perto do Recife. 

Perdeu seu pai no ano 1934, o que afetou o equilíbrio financeiro da família. Por causa disso, Paulo só conseguiu frequentar o “curso ginasial” aos 16 anos de idade, em escola privada, em Recife. Em 1937 conseguiu uma bolsa de estudos no Colégio Oswaldo Cruz, também no Recife, cujo dono, Aluízio Araújo, exigiu do menino apenas empenho nos estudos. Terminou o curso em 1942, porém no ano anterior já era professor de língua portuguesa no colégio. 

No ano 1943 ingressou na Faculdade de Direito do Recife, onde se formou no ano 1947, mas não exerceu a profissão. Em 1944 casou-se com Elza Maia Costa de Oliveira, com quem teve 5 filhos: Maria Madalena, Maria Cristina, Maria de Fátima, Joaquim e Lutgardes. O casal viveu junto por 42 anos.   
Em 1952 Paulo foi nomeado professor catedrático da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Recife. Dois anos depois foi nomeado diretor-superintendente do departamento regional do Sesi, de Pernambuco, cargo que ocupou até outubro de 1956. 

A partir daí começou a desenvolver, com sua equipe, um programa de Educação inovador no país, que consistia numa busca incessante de conhecimento e uma pedagogia que atingisse o povo mais humilde. Desde 1960 trabalhou com essa nova prática educativa, e empregava os verbos “Educar”, “Conscientizar”, “Criar”, “Inovar”, “Inventar”, “Mudar”, “Transformar”, “Transgredir”, “Revolucionar”, “Humanizar”.    

Nesse ano defendeu sua tese e obteve o título de Doutor em filosofia e história da Educação. Em 30 de novembro de 1960 foi nomeado professor de ensino superior, nível 17, da cadeira de história e filosofia da Educação da Faculdade de Filosofia da Universidade do Recife, porém só assumiu o cargo no dia 2 de janeiro de 1961, entregando-o no dia 8 de outubro de 1964, quando foi aposentado por decreto público, publicado no “Diário Oficial” do dia 9 de outubro de 1964. Em 1962 criou e tornou-se o primeiro diretor do “Serviço de Extensão Cultural” da Universidade do Recife.  

No ano seguinte realizou a experiência de alfabetização em Angicos, Rio Grande do Norte, e criou as bases do “Programa Nacional de Alfabetização”, do governo de João Goulart, que foi extinto no mês de abril de 1964, com o golpe militar. 

No mesmo ano de 1964 foi convidado a “se explicar” aos acadêmicos, e depois, aos militares, respondendo a inquéritos administrativo e político-militar. Sem provas que o condenassem, foi preso por 70 dias. Por causa disso, pediu asilo junto à embaixada da Bolívia, para aonde viajou sozinho; a família viajou alguns meses depois. 

Na Bolívia passou 40 dias e depois foi para o Chile. Viveu em Santiago de novembro de 1964 a abril de 1969, onde trabalhou como educador. Foi assessor do “Instituto de Desarrolo Agropecuario”, do Ministério da Educação. Depois foi consultor do “Instituto de Capacitación y Investigación em Reforma Agraria”, juntamente com um funcionário da Unesco. 

Depois viajou para os Estados Unidos, onde viveu menos de um ano em Cambridge, estado de Massachussets, trabalhando como professor de pedagogia na Universidade de Harvard. Em seguida foi viver em Genebra, na Suíça, e trabalhou no setor de Educação do Conselho Mundial de Igrejas, entidade evangélica protetora de perseguidos políticos. Viajou ainda por outros países, como Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Angola, sempre trabalhando com seu método de alfabetização. Seus livros começaram a ser traduzidos em vários idiomas. 

Paulo Freire voltou ao Brasil em agosto de 1979, sozinho, mas em junho de 1980 voltou definitivamente com a família. Recebeu então um convite para ser professor na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Depois, foi nomeado professor da Universidade Estadual de Campinas, onde participou da fundação do Centro de Estudos em Educação e Sociedade (CEDES). Foi também um dos fundadores e presidente honorário do Conselho Latino-americano de Educação de Adultos. 
Em 1986 recebeu o prêmio Unesco da Educação para a Paz; no dia 24 de outubro do mesmo ano perdeu sua esposa Elza. No ano seguinte integrou o Júri Internacional da Unesco, órgão que premia as melhores experiências de alfabetização do mundo. 

No dia 27 de março casou-se novamente, em cerimônia religiosa, no Recife, com Ana Maria Araújo Hasche, filha de Aluízio Araújo, professor que o ajudou na adolescência.  No mesmo ano recebeu convite da prefeita de São Paulo, Luíza Erundina de Souza, para ser secretário de Educação do município, quando tomou posse no dia 1º. de janeiro de 1989. Durante sua gestão criou o “MOVA-SP”, um movimento de alfabetização de jovens e adultos. Em 1991 afastou-se da Secretaria de Educação do município de São Paulo para escrever livros e voltou a lecionar na Puc do estado, demitindo-se da Unicamp. No mesmo ano foi um dos fundadores da Fundação Paulo Freire. 

Paulo Freire viveu o resto da vida escrevendo, até falecer, no dia 2 de maio de 1997, no hospital Albert Einstein, em São Paulo, vitimado por um infarto agudo no miocárdio. 

Obras: 
- A educação como prática da liberdade (1967), ed. Paz e Terra – RJ.
- Pedagogia do oprimido (1974), ed. Paz e Terra. 
- Extensão ou comunicação? (1971), ed. Paz e Terra. 
- Ação cultural para a liberdade e outros escritos (1976), ed. Paz e Terra. 
- Cartas à Guiné-Bissau – registros de uma experiência em processo (1977), ed. Paz e Terra. 
- A importância do ato de ler – em três artigos que se completam (1982), ed. Cortez/ Autores Associados. 
- Paulo Freire ao vivo – em colaboração com Aldo Vannuchi e Wlademir dos Santos (1983), ed. Loyola. 
- Essa escola chamada vida, em co-autoria com Frei Beto (1985), ed. Ática. 
- Por uma pedagogia da pergunta, em co-autoria com Antônio Faundez (1985), ed. Paz e Terra.  
- Pedagogia: diálogo e conflito, em co-autoria com Maria Gadotti e Sérgio Guimarães (1986), ed. Cortez. 
- Sobre educação (diálogos), com Sérgio Guimarães (vol. 1 - 1982; vol. 2 – 1984), ed. Paz e Terra. 
- Medo e ousadia – o cotidiano do professor, em co-autoria com Ira Schor (1987), ed. Paz e Terra. 
- Que fazer: teoria e prática em educação, diálogo com Adriano Nogueira (1988), ed. Vozes. 
- Aprendendo com a própria história, diálogos com Sérgio Guimarães (vol. 1 – 1987; vol. 2 – 2000), ed. Paz e Terra. 
- Alfabetização: leitura do mundo leitura da palavra, com Donaldo Macedo (1990), ed. Paz e Terra. 
- O caminho se faz caminhando; conversas sobre educação e mudança social, com Myles Horton (2002), ed. Vozes. 
- A África ensinando a gente: Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, com Sérgio Guimarães (2003), ed. Paz e Terra. 
- Pedagogia da esperança – um reencontro com a pedagogia do oprimido (1992), ed. Paz e Terra, com notas de Ana Maria Araújo Freire. 
- A educação na cidade, diálogos com vários educadores (1991), ed.Cortez. 
- Política e educação (1993), ed. Cortez. 
- Professora sim, tia não – cartas a quem ousa ensinar (1993), ed. Olho D’água. 
- À sombra desta mangueira, com notas de Ana Maria Araújo Freire (1995), ed. Olho D’água. 
- Cartas a Cristina – reflexões sobre minha vida e minha práxis (1994), ed. Paz e Terra. 2ª. edição, com as notas revistas de Ana Maria Araújo Freire (2003), Unesp. 
- Pedagogia da autonomia (1996), ed. Paz e Terra. 
-Pedagogia da indignação (2000), Pedagogia dos sonhos possíveis (2001) e Pedagogia da tolerância (2005), ed. Unesp. 
Essa relação da obra completa de Paulo Freire foi organizada por Ana Maria Araújo Freire. 

Bibliografia: 
PROJETO Memória: Paulo Freire. Fundação Banco do Brasil/ Odebrecht/Fome Zero/Petrobrás/Instituto Paulo Freire, 2005.     

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet) 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Deus é o criador do Universo

Deus é o criador do Universo, mas Ele nos deu livre arbítrio até para negarmos Sua existência. Ele não precisa de nós para nada, mas mesmo assim Ele nos quer donos de tudo Dele. Maior amor não há!

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet - Rio das Velhas - Minas Gerais - Brasil)

terça-feira, 2 de abril de 2013

Lições da vida

Nós temos mania de falar mal, de desvirtuar as pessoas, amigas ou conhecidas. Observando as redes sociais, vejo isto ocorrer também na internet, como é natural, pois as redes sociais são como as calçadas de nossas casas, onde todo mundo puxa uma cadeira para sentar-se e conversar com os vizinhos, parentes, conhecidos. Resumindo, é natural que as pessoas falem mal umas das outras; é um costume muito antigo.

Mas a vida nos dá muitas lições de humildade, sempre ela nos ensina alguma coisa. Às vezes nós falamos mal de uma pessoa e depois precisamos exatamente dos favores dela. Exemplo: normalmente todo político sobe em palanque para falar de suas virtudes e obras realizadas, e também para falar mal dos seus adversários. Todo político que se preza desvirtua seus adversários. Numa campanha política se odeiam, trocam acusações em público, até se juram de morte, e num próximo pleito, misteriosamente, estão de mãos dadas no mesmo palanque, se chamando de santos, competentes, amigos, etc. No Brasil não faltam exemplos de políticos assim.

Em minha cidade certa vez houve um caso interessante: dois políticos, que disputavam entre si uma eleição para prefeito eram inimigos a ferro e fogo, como se diz; não se falavam, não se suportavam e trocavam insultos em palanques. Um dia, desses dias que a vida nos quer dar lições, o pai de um deles, quando estava a caminho de seu sítio, em seu carro, foi picado por um marimbondo vindo não sei lá de onde. Como ele é alérgico a picadas de insetos, logo começou a passar mal, sozinho, na estrada. De repente um carro passa por ele, e o condutor vê a agonia do pai do político; logo ele para, desce do carro e socorre o homem, levando-o em seu carro para Campina Grande, para ser atendido corretamente. Quem foi o homem que socorreu o pai do político? O político adversário dele.          

(Texto e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

Hidrogênio


Símbolo: H  
Massa atômica: 1,00794
Número atômico: 1
Ponto de fusão: 14,025 K (-259,14 ºC)
Ponto de ebulição: 20,268 K (-252,87 ºC)
Anos da descoberta: 1671 – 1776
Autores da descoberta: Robert Boyle – Henry Cavendish.
Origem do nome: Grega: Hydro – genes
Significado: Gerar água.
Utilidades: Combustível para foguetes, enchimento de balões, amoníaco, água, etc.



Características: 
É o elemento químico mais abundante no Universo, existindo nas estrelas em grande quantidade no estado de plasma, e constitui cerca de 75% da massa elementar do Universo. À temperatura ambiente é um gás diatômico, inflamável, incolor, inodoro, insípido e insolúvel em água.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)