segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Arquimedes


Arquimedes nasceu em Siracusa, que pertencia à Grécia, por volta do ano 287 a.C. Era filho de Fídias, renomado astrônomo que costumava reunir em sua casa filósofos e homens de ciência. Adolescente, Arquimedes mudou-se para Alexandria, centro cultural daquele tempo. Lá, manteve contato com vários sábios, como Eratóstenes de Cirene, primeiro homem a medir a circunferência da Terra, e Euclides, o maior matemático de então, de quem foi aluno. Intelectualizado, voltou a Siracusa, já independente da Grécia e aliada de Roma, que estava sob o governo do seu parente, o rei Hieron II.

Certa vez o rei mandou chamar Arquimedes para solucionar o problema de uma monumental trirreme, que ninguém conseguia lançar ao mar, por causa do seu peso, para presenteá-la ao Faraó Ptolomeu, do Egito. Quando o rei perguntou ao sábio se ele conseguiria resolver o problema, Arquimedes respondeu, numa frase histórica: “Dai-me uma alavanca e um ponto de apoio, e eu moverei o mundo.” Logo depois inventou um sistema de roldanas de grande capacidade, e ligou-o à embarcação através de cabos, e arrastou a trirreme até colocá-la na água.     

Outra vez o rei pediu ao sábio que descobrisse se sua coroa era de ouro puro, encomendada a um artesão. Arquimedes solucionou o problema quando tomava banho numa piscina em um dos recintos de banho da cidade, e descobriu que seus membros mergulhados na água diminuíam de peso. Gritando, saiu nu pelas ruas da cidade, dizendo: “Eureka! Eureka!” (em grego significa descobri! Descobri!). 

Refeito do alvoroço que provocou na cidade, ele mediu a água que transbordava da coroa do rei com a água que transbordava de um peso igual de ouro, colocadas em vasilhas diferentes, e provou a fraude do artesão. Dessa experiência nasceu o princípio de Arquimedes: “Todo corpo mergulhado num fluido (líquido ou gasoso) em equilíbrio, sofre um impulso vertical dirigido de baixo para cima igual ao peso do volume do fluido deslocado”.

Com a morte do rei Hieron II, no ano 216 a.C., o novo rei de Siracusa aliou-se aos cartagineses, então em guerra com Roma. Em represália, Roma mandou uma frota sitiar a cidade. Sem opções de defesa, o povo de siracusa clamou a ajuda do seu sábio, que assumiu as funções de estrategista-chefe da cidade. Arquimedes então construiu um tentáculo mecânico cheio de pinças gigantescas, que ergueu sobre as muralhas de Siracusa, quando a esquadra romana tentou atracar no porto. As naves inimigas foram destruídas sob o impacto de enormes rochas lançadas a partir do seu invento, e com isso recuaram. 

O cerco sobre Siracusa durou 3 anos, numa resistência que teve como fator principal os inventos bélicos de Arquimedes; porém, no ano 212 a. C. as tropas do gen. Marcellus Claudius entraram na cidade. Impressionado com os inventos de Arquimedes, o general romano ordenou aos seus soldados que preservassem a vida e os bens dele. Porém, um dia, quando tentava resolver um problema de geometria, Arquimedes notou tardiamente a presença de um soldado em sua casa. Tranquilamente continuou o seu trabalho, pedindo ao soldado que não estragasse o desenho. Irritado, o soldado desferiu um golpe de espada que o matou imediatamente. 

Obras principais: 
“Da esfera e do cilindro”; “Sobre a medida do círculo”; “Conoides e esferoides”; “Sobre as hélices”; “Equilíbrio dos planos”; “Sobre a quadratura da parábola”; “O arenário”; “Equilíbrio dos corpos flutuantes”. 
Arquimedes fez grandes invenções, como alavancas, roldanas, parafusos ocos, roda dentada. Deixou valiosa contribuição nas áreas da física, mecânica, geometria, óptica e astronomia. 

Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA Semanal Ilustrada Conhecer. Vol. 2, fascículo 26. São Paulo, Abril, 1966. 
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. II. Porto Alegre, 1974. 
DICIONÁRIO Universal de Curiosidades. Vol. I, pág. 168. São Paulo, Cil S.A., 1968.
(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

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