sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Caramuru


O aventureiro português Diogo Álvares Correia nasceu em Viana do Castelo em 1475 e foi radicado no Brasil. No ano 1509, quando fazia uma viagem para São Vicente, sofreu um naufrágio nas proximidades da Bahia de Todos os Santos. Seus companheiros foram devorados pelos índios tupinambás, mas Diogo se escondeu num penhasco à beira-mar. Ao encontrá-lo, os índios apelidaram-no “Caramuru”, que significa “moreia”, um peixe facilmente encontrado no litoral baiano.  

Segundo a lenda, Diogo foi poupado porque teria atirado em uma ave com uma escopeta que ele encontrou no navio naufragado. Vendo-o atirar, os índios teriam ficado amedrontados e o chamaram de “filho do trovão”. Conviveu com os índios durante 51 anos, tendo-se apaixonado pela índia Paraguaçu, filha de um cacique tupinambá. 

No ano 1526 o casal foi à Europa num navio de Jaques Cartier, cuja mulher, Catarina des Granches, batizou a índia com o nome de Catarina. De volta ao Brasil, Diogo prestou serviços a Francisco Pereira Coutinho, donatário da Capitania de Todos os Santos, como também a Martim Afonso de Sousa e Tomé de Sousa. 

Caramuru teve muitos filhos com sua esposa Paraguaçu, numa união longa e feliz. Faleceu no ano 1557, na povoação de Pereira da Aldeia Velha, sendo sepultado no Mosteiro de Jesus. 
Seus feitos foram contados pelo poeta Frei José de Santa Rita Durão, no poema épico “Caramuru”, no mesmo estilo de “Os lusíadas” de Camões, em oitava rima, tornando-se uma obra-prima da nossa literatura.  

Bibliografia: 
CARVALHO, Geraldo Magela de. Atlas Ecos de Biografias. João Pessoa, Ecos, 1977. 
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. III. Porto alegre, Globo, 1974. 
ROSA, Prof. Ubiratan. Moderna Enciclopédia Brasileira. Vol. I, págs. 142-143. São Paulo, G.Lopes Ltda., 1979.
(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

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