quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Johann Kepler


Johann Kepler nasceu na cidade de Weil, no sul da Alemanha, no dia 27 de setembro de 1571, e era filho de um modesto taverneiro. Sem talento para seguir a carreira do pai, foi preparado para ser pastor protestante. Aos 17 anos saiu do seminário para estudar na Universidade de Tuebingen, e se formou em artes. Depois, foi estudar na Universidade Teológica; durante quatro anos estudou matemática e astronomia, onde se entusiasmou pelas “Teorias Heliocêntricas”, de Copérnico. Não concluiu o curso, pois recebeu um convite para ser professor, no ano 1594. Desiludido do magistério, menos de um ano depois voltou à Universidade de Tuebingen. 

No ano 1599 recebeu convite para ser assistente do astrônomo imperial de Praga, Tycho Brahe. Durante o tempo que passou com Tycho, Kepler aproveitou os estudos do mestre, principalmente o estudo da medida que ele fez da órbita de Marte, e procurou meios de reformulá-lo, até que compreendeu a natureza do movimento planetário. Do seu estudo ele elaborou três leis: a primeira afirmava que os planetas giram em torno do Sol num movimento elíptico e não circular ou ovoide, como se pensava até então. A segunda afirmava que “A velocidade de um planeta em sua órbita em torno do Sol varia conforme a distância entre os dois”. A terceira afirmava que “Os quadrados dos tempos gastos pelos planetas para descreverem suas órbitas completas são proporcionais aos cubos dos eixos maiores das respectivas elipses”. Essas leis são conhecidas por “As três leis de Kepler”. Em seguida Kepler foi admitido no cargo oficial do império da Alemanha e do reino da Boêmia com a função de fazer cálculo de horóscopos, hábito de cortes da época. Mesmo incrédulo com respeito à astrologia, ele se dedicou ao cargo, ao ponto de prever, com 15 dias de antecedência, um violento temporal que, no dia marcado por ele, caiu sobre a cidade. Em meio a ventos violentos, as pessoas clamavam: “Aí vem o Kepler!”. 

Kepler tinha personalidade ambígua: às vezes era orgulhoso, às vezes, humilde; às vezes, mesquinho; às vezes generoso. Ele faleceu num quarto humilde de uma casa de Ratisbona, na Alemanha Meridional, na noite do dia 15 de novembro de 1630. Foi sepultado numa modesta campa no cemitério de São Pedro, sem muitos expectadores. 

Epitáfio, escrito por ele: 
“Os céus medi e agora meço as sombras 
Minh’alma ao céu esteve presa para sempre 
E agora preso à terra jaz meu corpo”. 

Obras: 
“Astronomia nova seu Physica Coelestis tradita commentariis de motibus stellae Martis ex Observationibus Tychonis Brahe” (1609), que contém duas das suas leis fundamentais; “Harmonices mundi” (1619), que contém sua terceira lei; “Prodomus dissertatiomum Cosmographicarum seu mysterium cosmographicum” (1596); “Dioptrice” (1611); “Epítomes Astonomicae Copernicanae” (1618-1622), etc. 

Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA Semanal Ilustrada Conhecer. Vol.4, fascículo 60, págs. 998 a 999. São Paulo, Abril, 1966. 
ENCICLOPÉDIA brasileira Globo. 13ªed. Vol.VII. Porto Alegre, Globo, 1974. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

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