domingo, 10 de fevereiro de 2013

Goethe


Johann Wolfgang Textor Goethe nasceu em Frankfurt no dia 28 de agosto de 1749, ao meio-dia. Era filho de Johann Gaspar e Elisabeth Textor Goethe. 

Ao invés de estudar, Goethe preferia escrever poemas e namorar. Escrevia versos líricos e dramas alexandrinos. Entre os anos 1765 e 1768 estudou Direito em Leipzig. Retornou à sua casa gravemente doente, onde ficou um ano no leito. Aproveitou para ler Shakespeare e escrever uma comédia, intitulada “Os cúmplices”. Nesse tempo conheceu Gretchen, sua primeira esposa.   

Quando se recuperou da doença, o pai mandou-o para Strasburgo, para terminar o curso de Direito, entre os anos 1770 a 1771. Ao invés de frequentar a faculdade, Goethe gastava seu tempo na Escola de Medicina estudando química e conversando com seu companheiro de hospedagem e amigo Johann Gottfried Herder, conhecido escritor. Através de Herder entrou para o movimento “Sturm und Drang” (Tempestade e ímpeto), movimento pré-romântico alemão, baseado na estética, história e filosofia. Por esse tempo lançou a grande peça do movimento, intitulada “Goetz Von Berlichingen”, em 1773, que lhe trouxe muito prestígio. 

No ano seguinte lançou, anonimamente, a novela “Die leiden des Jungen Wethers” (Os sofrimentos do jovem werther), que foi sucesso por toda a Europa. Nessa ocasião apaixonou-se por Charlotte Buf, noiva de um homem chamado Kestner, que se matou ao saber do romance de sua noiva com o poeta. Ela serviu de inspiração para Goethe escrever sátiras, canções e a primeira versão de “Fausto”, naquele mesmo ano. 
Logo depois se envolveu com Lili Shönemann, filha de um banqueiro de Frankfurt. Para fugir do novo romance, aceitou um convite do Duque de Saxe-Weimar, Carlos Augusto, para morar no ducado de Weimar. Lá trabalhou como conselheiro privado do duque, depois foi ministro das Finanças e da Justiça e primeiro-ministro de Estado. 

Alguns meses depois, em Weimar, conheceu Charlote Von Stein, uma mulher casada, cujo marido vivia viajando. Viveu com ela por mais de dez anos, no castelo Gross Kochberg, quando teve inspiração para escrever suas melhores obras. Escreveu a novela “Wilhelm Meister”, publicada somente em 1829; concluiu, em seis semanas, a peça em prosa “Ifigênia em Táurida”, em 1779. Para a encenação dessa peça Goethe pediu ao duque que chamasse Corona Shöter, atriz, cantora, compositora, desenhista e poliglota, para representar o papel de “Ifigênia”, e ele representou o papel de “Oreste”, o que contribuiu para que os dois tivessem um breve romance. Depois da apresentação da peça na cidade de Ettersberg, Corona foi embora. 

Cansado das suas funções de estado, de escritor e, principalmente, do seu romance com Charlotte, Goethe fugiu para a Itália, com passaporte falso, usando o nome de Phillipe Müller, com a profissão de pintor. Lá passou dois anos, de 1786 a 1788, onde escreveu a versão definitiva de “Fausto” e o “Torquato Tasso”, e reescreveu, em versos, “Ifigênia em Táurida”, dando início ao classicismo alemão, que teve seu auge nos anos 1794 a 1805. 

No ano 1788 voltou a Weimar, onde se dedicou totalmente à literatura. Em 1794 conheceu o poeta Schiller, com quem manteria uma amizade até a morte de Schiller, em 1805. Conheceu também a jovem Chistiane Vulpius, primeiramente sua governanta e, depois, sua companheira, com quem se casou em 1806.  

Em 1789 nasceu seu primeiro filho, e Goethe amadureceu como ser humano. Totalmente dedicado à literatura, rico e famoso, escreveu seu poema épico “Herman e Doroteia”, em 1798, e terminou a segunda parte de “Fausto”. Dirigiu o teatro da corte de Weimar entre os anos 1791 a 1817. 

Desviando-se da Revolução Francesa, escreveu a “Filha natural”, em 1803; depois escreveu o poema “Divã ocidental-oriental”, em 1814, concluiu seu romance “Willhel Meister” em 1829, “Elegia de Marienbad”, em 1823. 

Goethe sentiu as perdas de pessoas importantes em sua vida: seu amigo Schiller, em 1805, sua esposa, em 1816, o Duque de Weimar, em 1828, e do seu filho Augusto, morto em 1830. Solitário e infeliz, ele faleceu no dia 22 de março de 1832, na cidade de Weimar. 

    Pensamentos de Goethe:
    * O milagre é o filho predileto da fé. 
   * Que seria o mundo sem amor? Exatamente o mesmo que uma lanterna mágica sem luz: nada. 
   * Só é digno de liberdade quem sabe conquistá-la todos os dias.
   * Temos sempre esperança. Em todas as coisas é melhor ter esperança que desesperar. Quando nos voltarmos para uma fé verdadeira em Deus, nunca mais haverá lugar em nossas almas para o medo.  
   * A conduta é um espelho no qual cada um mostra sua própria imagem. 
   * A amizade é como os títulos honoríficos: quanto mais velha, mais preciosa. 
   * A plenitude da felicidade, cada dia, é uma vida inteira. 
   * Só conhecemos aqueles que nos fazem sofrer. 
   * O que não se compreende, não se possui. 
   * A alegria e o amor são as duas asas para as grandes paixões. 
   * O talento educa-se na calma; o caráter, no tumulto da vida. 
   * A conduta é um espelho no qual todos exibem sua imagem. 
   * Basta a coragem no arriscar para muitas vezes se ter um bom êxito. 
   * Um nobre espírito atrai os espíritos nobres e sabe fixá-los em torno de si.  

Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA Semanal Ilustrada Conhecer. Vol. 8, fascículo 116, págs. 1966 a 1968. São Paulo, Abril, 1966. 
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. V. Porto alegre, Globo, 1974.  

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

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