sábado, 16 de fevereiro de 2013

Hermes da Fonseca


Hermes Rodrigues da Fonseca nasceu no dia 12 de maio de 1855 na cidade de São Gabriel, Rio Grande do Sul. De família ilustre, era sobrinho de Deodoro da Fonseca. Passou a infância ema sua cidade natal, já demonstrando interesse pela carreira militar. 

Foi para o Rio de Janeiro onde ingressou na Escola Militar no ano 1871, assentando praça como 1º cadete, sendo aluno de Benjamin Constant. Ao concluir o curso de artilharia, foi nomeado 2º tenente, promovido a 1º tenente no ano 1877. Simpatizante do positivismo, em 1878 foi um dos fundadores do Clube Republicano do Círculo Militar. 

Com o tio participou do movimento da Proclamação da República, como comandante do 2º Regimento de Artilharia, no Rio de Janeiro. No dia 13 de novembro de 1891, esteve ao lado do tio na tentativa de golpe militar executado por Deodoro. 

Durante o governo de Floriano Peixoto mudou-se para a Bahia para dirigir o Arsenal de Guerra. De volta ao Rio, lutou em favor do governo na Revolta da Armada, quando foi promovido a coronel, assumindo o comando do 2º Regimento de Artilharia, mais conhecido como o “Regimento dos Fonseca”, e a Brigada Policial. Foi promovido a general-de-brigada aos quarenta e cinco anos de idade; ainda foi chefe de polícia da capital e comandou a Escola Preparatória e de Tática de Realengo.

No ano 1905 foi promovido a general-de-divisão, quando assumiu o comando do 4º Distrito Militar. Em 1906, já como marechal, assumiu a pasta da Guerra, nomeado pelo presidente Afonso Pena. Nesse período reorganizou o Exército, instituiu o serviço militar, através de lei votada em maio de 1908, e criou a Aviação Militar. 

No ano 1908 foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Militar e logo em seguida foi indicado para concorrer à presidência da República, em oposição a Rui Barbosa, saindo-se vencedor depois de árdua campanha. Antes de tomar posse no novo cargo, viajou para a Europa e assistiu a manobras dos exércitos francês e alemão. 

No dia 15 de novembro de 1910 assumiu a presidência da República, num mandato conturbado: enfrentou a Revolta da Chibata, levante de marinheiros que se opunham aos castigos físicos, normas da Marinha; interveio nos estados, para apoiar candidatos leais ao seu governo, intervenção apelidada de “política de salvações”. No ano 1913 enfrentou manifestações populares contra a deportação de sindicalistas, por cumprir a lei que determinava a expulsão do país de estrangeiros envolvidos em greves. Enfrentou também manifestações operárias em vários estados. 

Em 15 de novembro de 1914 deixou a presidência da República, quando se elegeu senador pelo seu estado, mas renunciou ao cargo para viajar pela Europa, de onde retornou no dia 4 de novembro de 1920. Nesse mesmo ano envolveu-se em episódios da campanha presidencial de Epitácio Pessoa, e em 1922 envolveu-se na Revolta do Forte de Copacabana, quando foi preso por seis meses. Em 1923 foi transferido para a reserva com a patente de marechal. 

Hermes da Fonseca mudou-se para sua casa em Petrópolis, onde faleceu no dia 9 de setembro de 1923. Durante seu velório foi visitado por um oficial de justiça com uma intimação para que comparecesse às 17h00 do dia seguinte na 1ª Vara, então Distrito Federal. A intimação foi recebida pelo seu sogro, o Almirante de Tefé. 

Bibliografia: 
OS PRESIDENTES e a República: Deodoro da Fonseca a Luiz Inácio Lula da Silva. 2ª ed. revista e aumentada. Rio de Janeiro, O Arquivo Nacional, 2003.
ENCICLOPÉDIA Pesquisando na Escola. Vol. 4, pág.15. São Paulo, Ícone, 1988.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet) 

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