quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

James Cook


James Cook nasceu no dia 27 de outubro de 1728, na vila de Morton, em North Yorkshire, no norte da Inglaterra. Era o segundo filho de uma família de lavradores. Aos 5 anos de idade foi educado pela mulher do proprietário da fazenda onde vivia com os pais. Depois estudou matemática na escola local, dividindo seu tempo com o trabalho na agricultura, mas aos 12 anos abandonou os estudos para se dedicar, como servo, ao trabalho na fazenda. 

Aos 16 anos foi trabalhar como empregado no armazém de William Sanderson, na vila de Staithes, um vilarejo de pescadores onde Cook conheceu o mar. Depois de um ano no trabalho, o senhor Sanderson apresentou-o aos Walkers, donos de uma frota de navios carvoeiros, que fazia uma rota até Londres. Em 1747, com 18 anos, ele embarcou no navio carvoeiro Free Love, que fazia a rota desde o estuário do rio Tyne até Londres. 

Enquanto trabalhava, ele sonhava ser capitão de navio e conhecer o mundo. Por isso, observava atentamente os movimentos dos marujos e o funcionamento das máquinas do navio. Em horas de folga estudava álgebra, geometria, trigonometria, navegação e astronomia, matérias importantes para um comandante. Depois de três anos como aprendiz, tornou-se marinheiro formado. Mais três anos e foi promovido a capitão. Em 1755, com 27 anos, foi-lhe oferecido o comando de um pequeno barco, mas ele preferiu ir para a Marinha, servindo como um simples marinheiro. 

Na Marinha Mercante logo foi promovido a capitão, onde aprendeu a navegar entre os perigosos recifes da costa leste inglesa e enfrentou o mar Báltico numa viagem a São Petersburgo, na Rússia. Na época da Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763), entre a Inglaterra e a França, o capitão Cook alistou-se na Marinha de Guerra, como simples marujo, para defender sua pátria. Embarcou no dia 17 de junho de 1755 no HMS Eagle e, um mês depois, já foi promovido a mestre-navegador. Dois anos depois foi aprovado num exame para oficial. 

Na luta pela posse do Canadá, Cook lutou contra os franceses e, no comando do navio Pembroke, participou do cerco naval a Québec, em 1759. No mesmo ano mapeou a região do rio São Lourenço, na fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá, o que ajudou as tropas inglesas a fazerem um ataque-surpresa contra os franceses, na batalha de Campos de Abraão, e o Canadá foi anexado à Inglaterra. 
Cook voltou à Inglaterra em 1762, quando se casou com Elizabeth Balts. Foi morar na zona leste de Londres e com a esposa teve seis filhos, cinco deles vitimados pelo alto índice de mortalidade infantil daquela época. Durante aquele ano levou vida pacata, com sua esposa, quando participava das missas dominicais na igreja de São Paulo. 

No ano 1763 foi encarregado de mapear a ilha de Newfoundland, na costa leste do Canadá, com cerca de 108.860 km2. Essa missão só terminou 5 anos depois. Em 1768 foi promovido a tenente e indicado como comandante do navio “HMB Endeavour”, para uma expedição da Real Sociedade Científica ao Taiti, no oceano Pacífico. Sua principal missão era levar uns cientistas para examinarem a passagem do planeta Vênus pelo Sol, que permitiria aos cientistas calcular a distância da Terra ao Sol. Mas Cook também recebeu a missão secreta de procurar por um continente que se julgava existir no Pacífico, e que tinha o nome de Terra Australis Ignota (Terra Austral Desconhecida). Foi também encarregado de tomar posse da nova terra em nome da coroa britânica. 

A expedição do navio “Endeavour”, que se compunha de 94 marinheiros e cientistas, partiu de Plymouth, Inglaterra, no dia 25 de agosto de 1768. Como ainda não havia o canal do panamá, o “Endeavour” teve que dobrar o cabo Horn, na ponta da América do Sul, para entrar no Pacífico. Em 3 de junho de 1769 chegou ao Taiti, onde os cientistas puderam fazer suas observações astronômicas. 

Em seguida, Cook mapeou e tomou posse das ilhas vizinhas, que batizou de “ilhas Sociedade”. Em 8 de outubro do mesmo ano chegou à Nova Zelândia, visitada por holandeses 30 anos antes. Em meados de 1770 ele mapeou 3,6 mil quilômetros da até então desconhecida costa leste da Austrália, que tomou posse em nome da Inglaterra, batizando-a de “Nova Gales do Sul”. Numa região conhecida como “Grande Barreira de Coral” seu navio quase foi a pique. Cook retornou à Inglaterra em 12 de julho de 1771, sem perdas de marinheiros, pois combateu o escorbuto usando limão pela primeira vez como parte da alimentação deles.  

James Cook viajou mais duas vezes ao Pacífico. Na segunda, com os navios “Resolution” e “Adventure”, partiu da Inglaterra no dia 13 de julho de 1772, com a missão exclusiva de encontrar a “Terra Ignota”. Nessa viagem alcançou o Círculo Polar Antártico, e descobriu as ilhas Marquesas, em Tonga, e a ilha de Páscoa. Manobrando para o norte, passou quase todo o ano de 1773 explorando o Pacífico. Depois de uma tempestade, o navio “Resolution” separou-se do “Adventure”, que retornou para a Inglaterra. O “Resolution” foi para a Antártica. Em janeiro de 1774 Cook alcançou a parte mais meridional, onde descobriu e batizou as ilhas “Novas Hébridas”, a “Nova Caledônia” e a “Geórgia do Sul”. 
O “Resolution” chegou à Inglaterra no dia 30 de julho de 1775, um ano depois do “Adventure”. Na terra natal, tornou-se Colega da Real Sociedade Científica e recebeu o título de “primeiro navegador da Europa”, na Casa dos Lordes. 

A terceira viagem dele ao Pacífico foi para encontrar uma ligação do Atlântico ao Pacífico pelo norte da América. Ele partiu no “Resolution” no dia 12 de julho de 1776, seguido pelo navio “Discovery”. Em dezembro de 1777 descobriu as ilhas “Christmas”, no Pacífico Norte. Em 17 de janeiro de 1778 descobriu as ilhas “Sandwich”, atual Havaí. De 7 de março a 18 de agosto daquele ano mapeou o litoral norte-americano desde o Oregon até além do estreito de Bering. Alguns dias depois os navios fizeram meia-volta e aportaram no Havaí. 

No Havaí, Cook foi recebido gloriosamente pelos nativos, que o confundiram com o deus Lono, cujas festividades eles estavam realizando naquele tempo. Porém, no dia 14 de fevereiro de 1779 os nativos roubaram um dos botes de um navio, o que causou uma briga entre a tripulação e os nativos. Na briga, Cook foi atingido na cabeça por um porrete e caiu de joelhos na água; alguns nativos então o golpearam com facas. Ele e mais 4 marinheiros morreram no episódio, e o corpo do capitão James Cook jamais foi encontrado. 

Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA Semanal Ilustrada Conhecer. Vol. 7, fascículo nº 100, págs. 1690 a 1691. São Paulo, Abril, 1967. 
VILLIERS, Alan. Capitão Cook: o explorador do Pacífico. Revista National Geographic: (104-135), 2003.        

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - B - foto: internet)

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