domingo, 10 de fevereiro de 2013

Giotto


Ambrogiotto di Bordone nasceu possivelmente em Vespignano, perto de Florença, no ano 1266. Era filho de um pequeno produtor rural e cresceu ajudando o pai na criação de ovelhas, numa pequena propriedade rural da família. 

Diz a lenda que Giotto, ao invés de cuidar das ovelhas, preocupava-se mais em desenhá-las em pedras lisas usando carvão de madeira. Um dia, porém, um dos homens mais conhecidos da época, Cimabue, cujo verdadeiro nome era Cenni Di Pepo, passava perto e viu os desenhos do menino. Surpreso ao ver seu talento, Cimabue convidou-o para se aperfeiçoar na arte da pintura. 

Com a permissão dos pais, Giotto foi estudar no estúdio de Florentino de Cimabue, onde permaneceu por dez anos. Em 1296 partiu para Assis, terra natal de São Francisco, onde pintou 28 afrescos sobre a vida do santo que admirava, e lá ficou até o ano 1300. 

Convidado pelo Papa Bonifácio VIII, Giotto viajou para Roma, onde realizou um grandioso mosaico, intitulado “Cristo passeando sobre as águas”. Pintou um altar para o Cardeal Stefaneschi, além de fazer parte na pintura do mural que homenageava o Papa do ano no jubileu do ano 1300. Nesse tempo fez o retrato de São Francisco recebendo as chagas de Cristo. 

Viajou para Pádua, entre os anos 1304 e 1305, onde pintou uma de suas principais obras: os afrescos da capela dos Scrovegni, na arena de Pádua, a pedido de Enrico Scrovegni, um homem rico e usurário, dono do terreno. Seus afrescos foram batizados de “Último juízo” e “A vida e a paixão de Cristo”. Pintou também a personificação das virtudes e dos vícios. 

Partiu depois para Florença, onde pintou alguns altares e alguns crucifixos para igrejas e murais de várias capelas familiares, como dos Bardi, Spinelli e Peruzzi. Por causa disso, o rei de Nápoles lhe concedeu o título honorífico de membro da Casa Real e o convidou para viver no sul da península. 

Giotto fez outras viagens, passando por Bolonha, Milão, voltou a Assis, e finalmente retornou para Florença, onde foi nomeado capo-maestro (supervisor de construção), na construção de uma monumental catedral da cidade, onde desenhou o campanário, mas faleceu antes do fim da construção, no ano 1336.  É considerado o pai do Renascimento italiano em pintura. 

Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. V. Porto Alegre, Globo, 1974. 
ENCICLOPÉDIA Semanal Ilustrada Conhecer. Vol. 2, fascículo 19, págs. 305 a 307. São Paulo, Abril, 1966.  
ENCICLOPÉDIA Delta Larousse. Vol. VIII, pág. 4044. Rio de Janeiro, Delta S.A., 1967.  

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

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