terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Jânio Quadros


Jânio da Silva Quadros nasceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, no dia 25 de janeiro de 1917. Ainda jovem mudou-se com a família para São Paulo, onde fez os estudos secundários no Colégio de São Joaquim, de Lorena, e no Arquidiocesano, da capital. Em 1935 ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde concluiu o curso jurídico em 1939. Exerceu o magistério, lecionando no Colégio Dante Alighieri e outros colégios paulistas. 

Iniciou sua carreira política em 1948, como vereador pelo município de São Paulo; em 1951 elegeu-se deputado estadual, e em 1953 elegeu-se prefeito da capital paulista pelo Partido Democrata Cristão (PDC). Em 1955 já era governador do Estado, mandato que cumpriu até o ano 1959. 

Eleito deputado federal pelo estado do Paraná, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), viajou pela Europa e Ásia, quando visitou o Japão e a Rússia. Em 1960 foi eleito presidente da República, apoiado pela União Democrática Nacional (UDN), tendo como vice o candidato da oposição João Goulart. Foi o primeiro presidente a tomar posse em Brasília, no dia 31 de janeiro de 1961. 

Durante sua gestão criou os ministérios das Minas e Energia e da Indústria e Comércio. Desvalorizou o cruzeiro em 100% e reduziu os subsídios às importações de vários produtos, como o trigo e a gasolina, para incentivar as exportações brasileiras, plano aprovado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional). Essas medidas provocaram a elevação dos preços dos transportes e do pão, prejudicando a população pobre. Proibiu o uso do lança-perfume e o uso de biquínis nas praias do Rio de Janeiro. 

Na política externa adotou uma postura independente, aproximando-se, com acordos comerciais e culturais, de vários países do pós-guerra, o que provocou desconfiança de setores que apoiavam um alinhamento automático com os Estados Unidos e condecorou o ministro da Economia cubano Ernesto Che Guevara, com a Ordem do Cruzeiro do Sul. 

Enfrentando pressões internas e externas, inesperadamente Jânio Quadros renunciou ao seu mandato presidencial no dia 25 de agosto de 1961, dia da comemoração do Soldado. Como o seu vice-presidente estava ausente do país, assumiu a presidência da República o deputado Pascoal Ranieri Mazzili. 

Em 1962 candidatou-se ao governo do estado de São Paulo, mas foi derrotado. Com o golpe militar de 1964, teve seus direitos políticos caçados por dez anos, porém continuou fazendo discursos políticos até ser preso por quatro meses, em Corumbá (MTS); depois, viajou para o exterior. 

Escreveu, em seis volumes, a “História do povo brasileiro”, com a colaboração de Afonso Arinos de Melo Franco e Canuto Mendes de Almeida; “Novo dicionário da língua portuguesa”, com a colaboração de Ubiratan Rosa. 

Retornou à vida pública após a anistia, quando se candidatou em 1982, sem sucesso, ao governo do estado de São Paulo, mas em 1985 elegeu-se prefeito da cidade de São Paulo, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Jânio Quadros faleceu em São Paulo no dia 16 de fevereiro de 1992.  

Bibliografia: 
ROSA, prof. Ubiratan. Moderna Enciclopédia Brasileira. Vol. III, pág. 521. São Paulo, G. Lopes Ltda., 1979. 
CARVALHO, Geraldo Magela de. Atlas Ecos de Biografias, págs. 58 a 59. João Pessoa, Ecos, 1977. 
OS PRESIDENTES e a República: Deodoro da Fonseca a Luiz Inácio Lula da Silva. 2ª ed. revista e aumentada. Rio de Janeiro, O Arquivo Nacional, 2003. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

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