Bevenuto Cellini nasceu em Florença, Itália, no ano 1500. Era filho do fabricante de instrumentos musicais, Giovanni Cellini, que desejava que o filho seguisse a carreira musical. Cellini, porém, escolheu a ourivesaria, e seu primeiro emprego foi de aprendiz de joalheiro.
Irreverente, fugiu de casa e foi para Roma, e seu primeiro trabalho como ourives foi um saleiro de prata, encomendado por um cardeal. Feliz com o trabalho de Cellini, o cardeal desafiou outros ourives da cidade a fazer outro igual. A partir daí Cellini começou a receber encomendas da elite romana, e ele mesmo também fez propaganda dos seus trabalhos.
Naquele tempo o centro artístico mais cobiçado era a corte do Papa Clemente VII, que Cellini começou a frequentar. Rodeado pela elite, ele dividia seu tempo entre a arte e a política. Em 1527, a guerra entre a França e a Espanha atingiu a Itália, e em maio Roma foi invadida. Refugiado no Castelo Santo Ângelo, Cellini comandou um pelotão de homens numa batalha que expulsou os invasores. Foi então aclamado herói de Roma.
Depois da guerra ele se dedicou totalmente à arte, produzindo obras-primas para o Papa Clemente VII. Com a morte do Papa, em 1534, seu sucessor, o Papa Paulo III, continuou com o artista em sua corte. Logo depois Cellini mudou-se para Paris e conquistou a simpatia do rei da França, Francisco I, que o convidou para sua corte. Cellini então ofereceu ao rei um saleiro de ouro e esmalte, que se tornou famoso por causa dos motivos decorativos. Precisou fugir de Paris por causa de um ferimento que causou a um nobre durante um duelo, já que foi considerado um dos melhores espadachins da época.
Voltou a Roma, porém envolveu-se em intrigas e conspirações, quando foi preso pelos seus inimigos, sob a acusação de ter roubado joias do tesouro pontifício, durante o cerco de Roma. Acusado sem provas, passou um bom tempo na prisão. Livre, voltou a Paris. Antes de partir, ainda fez um escudo cinzelado para o cardeal Ferrara. Em 1540, mudou-se para Fantainebleau, onde se dedicou à produção de peças de joalheria que atraiu a corte francesa, além de se dedicar à escultura, que não explorava muito.
Mesmo vivendo bem na França, Cellini voltou para a Itália, onde foi trabalhar para o Duque Cósimo de Médici, criando esculturas e ourivesaria. Em 1564, já cansado e velho, casou-se com sua governanta, abandonou a sua arte e se dedicou a escrever sua autobiografia, um livro onde descrevia suas aventuras, principalmente amorosas, o que causou escândalo na sociedade. Cellini faleceu no ano 1571.
Algumas das suas obras foram: “Vita”, “Sopra L’arte Del Diseguo”, “Trattato Sull’Oreficeria”, “Trattato Sulla Scultura”, etc., além das esculturas: Perseu – a mais famosa -, Autoretrato, Apolo, etc.
Bibliografia:
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. III. Porto Alegre, Globo, 1974.
ENCICLOPÉDIA Semanal Ilustrada Conhecer. Vol. 2, fascículo 21. São Paulo, Abril, 1966.
NOVO Tesouro da Juventude. Vol. XVII, págs. 23 a 25. São Paulo, Opus, 1980.
(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)
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