Bernardo Joaquim da Silva Guimarães nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, no dia 15 de agosto de 1825. Estudou em seminário e aos vinte e dois anos de idade cursou a Faculdade de Direito de São Paulo, tendo como amigos Aureliano Lessa e Álvares de Azevedo.
Colaborou em prosa e verso em publicações de jornais de São Paulo, diplomando-se em Direito no ano 1852. Foi então juiz de Catalão de Goiás por duas vezes, e fez jornalismo e literatura no Rio de Janeiro. Voltou ainda a Catalão e outra vez voltou ao Rio.
Em Catalão, como Juiz, certa vez teve pena dos presos maltratados à espera de julgamento e resolveu agir: suprimiu prazos processuais, convocou onze réus de uma vez em uma sessão de júri, onde todos foram absolvidos por unanimidade.
Mudou-se depois para Ouro Preto, onde se casou com dona Tereza, uma leitora sua. Casado, foi nomeado pelo governo da província professor de retórica e poética no Liceu Mineiro, em Ouro Preto. Constança, uma das filhas do casal, faleceu aos dezessete anos, tornando-se musa de Alphonsus Guimarães.
De temperamento alegre, quase irônico, na literatura e na vida, foi o precursor da literatura sertanista nacional. Faleceu em Ouro preto no ano 1884.
Obras poéticas:
“Cantos de solidão” (1852); “Poesias” (1858); “Novas poesias” (1876); “Folhas de outono” (1883).
Obras de ficção:
“O ermitão Muquém” (1865); “Lendas e romances” (1871); “O garimpeiro” (1872); “Histórias e tradições” (1872); “O seminarista” (1872); “O índio Afonso” (1873); “A escrava Isaura” (1875); “Maurício, ou os paulistas em São João D’El – Rey” (1877); “A ilha maldita” (1879); “Rosaura, a enjeitada” (1883); “O bandido do Rio das Mortes” (1904).
Bibliografia:
PROENÇA, M. Cavalcanti. Clássicos brasileiros: A escrava Isaura. Edições de ouro. Rio de Janeiro, Tecnoprint Ltda., s.d.
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. V. Porto Alegre, Globo, 1974.
(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)
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