Artur Bernardes

Artur da Silva Bernardes nasceu em Viçosa, estado de Minas Gerais, no dia 8 de agosto de 1875. Iniciou seus estudos de Humanidades no Colégio de Caraça, mas abandonou-os para trabalhar no comércio e ajudar sua pobre família. 

Algum tempo depois reiniciou seus estudos, concluindo os preparatórios no Ginásio Mineiro de Ouro Preto. No ano 1896 matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, onde se bacharelou no ano 1900.

Voltou à sua terra natal para trabalhar como jornalista e advogado, e colaborou no periódico “A Cidade de Viçosa”. Em 1906 foi eleito vereador, elegendo-se também presidente da Câmara de sua cidade. No ano seguinte elegeu-se deputado estadual, e em 1909, deputado federal.

Em 1910 renunciou ao mandato de deputado federal para assumir a Secretaria de Finanças do estado de Minas Gerais, cargo que ocupou até o ano 1914. No ano seguinte novamente foi eleito deputado federal e em 1918 foi eleito presidente de Minas Gerais, cargo que ocupou até o ano 1922.

Em 1º de março de 1922 foi eleito presidente da República, derrotando o oposicionista Nilo Peçanha, numa campanha difícil. Houve uma tentativa de golpe através do levante da Escola Militar e do Forte de Copacabana, mas assumiu o cargo em 15 de novembro do mesmo ano.

Seu governo foi mantido através de “estado de sítio”. Em 5 de julho de 1924 houve uma tentativa de depô-lo, por meio de algumas unidades do Exército e da Força Pública de São Paulo, sob o comando do gen. Isidoro Dias Lopes; houve também uma revolta no Rio Grande do Sul, em protesto contra o governo estadual de Borges de Medeiros, e o Couraçado São Paulo ameaçou bombardear o Palácio do Catete. Seu mandato presidencial terminou no dia 15 de novembro de 1926, quando passou o cargo para Washington Luís. 

No ano 1929 foi eleito senador pelo estado de Minas Gerais. Em 1930 participou da Revolução Liberal e em 1932 apoiou a revolução Constitucionalista, quando foi preso e exilado em Lisboa. 

Artur Bernardes retornou ao Brasil no ano 1934, depois de ser anistiado. Assumiu a presidência do Partido Republicano mineiro e novamente se elegeu deputado federal, perdendo seu mandato no dia 10 de novembro de 1937, durante o golpe de estado. Voltou à política no ano 1946, quando se elegeu para a Assembleia Constituinte. Nas eleições de 1950 conseguiu ser apenas suplente de deputado federal.

Morando no Rio de Janeiro, tornou-se presidente nacional do Partido Republicano, cargo que exerceu até seu falecimento, ocorrido no dia 23 de março de 1955.

  

Bibliografia:

ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol III. Porto Alegre, Globo, 1974.

OS PRESIDENTES e a República. 2ª ed. revista e aumentada, págs. 55-57. Rio de Janeiro, O Arquivo Nacional, 2003.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)