José Maria da Silva Paranhos nasceu no dia 20 de abril de 1845. Era filho do Visconde do Rio Branco com uma filha de um comerciante português, e tinha sete irmãos. Foi educado no Colégio Dom Pedro II, ingressando na Faculdade de Direito de São Paulo, porém concluiu seu curso em Recife, quando apresentou seu primeiro trabalho histórico sob o título “Episódios da Guerra do Prata”.
Em 1867 viajou à Europa, onde aperfeiçoou seus conhecimentos. De volta ao Brasil no ano seguinte, foi nomeado professor de história e corografia do Brasil no Colégio Dom Pedro II, exercendo simultaneamente o cargo de promotor público na cidade de Nova Friburgo.
Acompanhou seu pai numa viagem ao Rio da Prata, em uma missão diplomática entre os governos do Uruguai e da Argentina, quando se interessou pela diplomacia. Era proprietário de um jornal, mas em 1869 preferiu a carreira política, quando se elegeu deputado por Mato Grosso, cargo que ocupou por duas legislaturas. Interessou-se pela Lei do Ventre Livre, proposta apresentada pelo seu pai, então presidente do Conselho de Ministros.
Em 1872 casou-se com Marie Stevens, uma atriz belga. Foi nomeado Cônsul-geral do Brasil na Inglaterra, no consulado de Liverpool, nos anos 1876 a 1889 e 1893 a 1901. Em 1888 recebeu de dom Pedro II o título de Barão do Rio Branco, pelo seu trabalho de pesquisa dos assuntos americanos através de arquivos europeus.
Em 1895 foi nomeado representante do Brasil junto ao presidente americano Cleveland, na questão com a Argentina no processo de limites do Território das Missões, saindo-se vitorioso com laudo favorável ao país no dia 5 de fevereiro do mesmo ano. Com essa vitória, anexou ao Brasil uma área de 30.622 km², consagrando-se como o maior diplomata do continente.
Em 1900 voltou a representar o Brasil, dessa vez na questão de limites entre o Território do Amapá e as Guianas Francesas. Sob a mediação do presidente suíço Hauser, saiu-se novamente vitorioso, anexando ao nosso país uma área de 260.000 km². No dia 31 de dezembro do mesmo ano foi proclamado benemérito brasileiro. No ano seguinte foi nomeado ministro do Brasil na Alemanha.
Em 1902 foi nomeado ministro do Exterior pelo presidente Rodrigues Alves, quando enfrentou novamente outra questão de limites, no Acre, uma fronteira de violentos conflitos entre brasileiros e bolivianos. Depois de muitas negociações, o Acre foi incorporado ao Brasil, através do Tratado de Petrópolis, de 1903, quando foi anexada ao nosso país uma área de 150.000 km². Pouco tempo depois enfrentou questões limítrofes com o Peru, resolvidas em 1908, com vitória para o Brasil.
Foi ministro do Exterior ainda nos governos dos presidentes Afonso Pena, Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca, até seu falecimento, ocorrido no dia 10 de fevereiro de 1912.
Deixou publicadas as obras “Esboço da História do Brasil”, em francês, e a “Biografia de dom Pedro II”.
Bibliografia:
ENCICLOPÉDIA de Moral, Cívica e Política. Vol. IV, págs. 443-445. São Paulo, Michalany, 1988.
ENCICLOPÉDIA Pesquisando na Escola. Vol. 4, págs. 62-63. São Paulo, Ícone, 1988.
CARVALHO, Geraldo Magela de. Atlas Ecos de Biografias, págs. 28-29. João Pessoa, Ecos, 1977.
(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)
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