André Vidal de Negreiros nasceu na capitania da Paraíba do Norte (atualmente Paraíba), em 1620. Era filho de nobre senhor de engenho, mas teve pouca instrução, resolvendo seguir a carreira das armas. No ano 1636 começou a combater os invasores holandeses em seu estado participando de guerrilhas.
Em 1644 desembarcou em Pernambuco, logo após a primeira vitória das Tabocas. Nesse ano, com a volta do governador Maurício de Nassau para a Holanda, as tropas luso-brasileiras planejaram um levante para expulsar os invasores, que ocorreu no ano seguinte, quando André Vidal encontrava-se na Bahia. Esse levante ficou conhecido como Insurreição pernambucana.
O governador-geral do Brasil, Antônio Teles da Silva, recebeu um protesto dos holandeses pela quebra do acordo de paz entre Portugal e Holanda. Numa atitude astuciosa, o governador prometeu reforços aos holandeses, porém confiou a André Vidal, ainda na Bahia, o comando de uma unidade com 1800 homens e o título de mestre-de-campo, para reforçar as tropas luso-brasileiras rebeladas em Pernambuco.
Chegando a Pernambuco, André Vidal assumiu o comando geral das tropas luso-brasileiras, obtendo importantes vitórias sobre o inimigo. Em agosto daquele ano saiu-se vitorioso da batalha da Casa Forte.
Seguiu depois para a Paraíba, para incentivar uma rebelião contra os invasores. De volta a Pernambuco, participou das duas batalhas dos Guararapes, nos anos 1648 e 1649.
Após a segunda batalha, os holandeses se refugiaram em Recife, mas as tropas de André Vidal cercaram a cidade, contribuindo para a definitiva rendição dos invasores, em 1654, com a assinatura do Tratado do Taborda. Encarregado de levar a notícia ao rei dom João IV, recebeu na ocasião a Comenda de Cristo, as alcaidorias-mores de Marialva e Morim e a nomeação para governador do Maranhão.
Em 1657 foi nomeado governador de Pernambuco e em 1661, governador de Angola, quando fortificou a cidade de Luanda, invadida pelo rei do Congo, saindo-se vencedor em Ambuila.
Voltando ao Brasil, faleceu no ano 1680. Seus restos mortais foram depositados na igreja matriz de Goiana, depois trasladados para a igreja dos Prazeres, nos Montes Guararapes.
Bibliografia:
ROSA, Prof. Ubiratan. Moderna Enciclopédia Brasileira. Vol. 3, pág. 30. São Paulo, G. Lopes Ltda., 1979.
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed., Vol. IX. Porto Alegre, Globo, 1974.
(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)
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