Anhanguera foi o nome dado pelos índios ao bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, que viveu no século XVII, quando ele organizou uma bandeira e partiu para o interior de Goiás em busca de ouro, no ano 1682. Ele levou consigo o seu filho Bartolomeu Bueno da Silva, o Moço, com doze anos de idade.
Diz a lenda que Bartolomeu procurava em vão as minas de ouro, quando se deparou com índios que tentaram impedir a entrada da bandeira em suas terras. O bandeirante teve então a ideia de encher uma pequena bacia com aguardente e tocar fogo nela, ameaçando tocar fogo em todos os rios da Terra se os índios não lhe mostrassem o local das minas de ouro. Assustados, os índios o apelidaram de “Anhanguera”, que quer dizer “diabo velho”, além de lhe revelarem o local das minas. Outra versão diz que Bartolomeu usou uma guampa, um recipiente de chifre para conduzir água, e a encheu de pólvora, encostou-a na superfície de um rio e ateou fogo à pólvora, dando aos índios a impressão de que a água jorrava numa fonte de fogo.
Quarenta anos depois desse fato, o seu filho retornou para Goiás com uma bandeira, mas, não encontrando ouro, retornou para São Paulo. Três anos depois organizou nova bandeira, dessa vez conseguindo fazer amizade com os índios goiases, que o levaram às minas descobertas pelo seu pai. Em 1728, Bartolomeu Bueno da Silva, o Moço, voltou para São Paulo com grande carregamento de ouro. É considerado o fundador de Goiás.
Bibliografia:
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. II. Porto Alegre, Globo, 1974.
ROSA, Prof. Ubiratan. Moderna Enciclopédia Brasileira. Vol. I, pág. 62-63. São Paulo, G. Lopes Ltda., 1979.
CARVALHO, Geraldo Magela de. Atlas Ecos de Biografias, pág. 62-63. João Pessoa, Ecos, 1979.
(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)
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