Américo Vespúcio (ou Amerigo Vespucci), nasceu em Florença, Itália, no dia 9 de março de 1451. Era filho de Anastácio Vespucci e D. Isabel Mimi, sendo o 3º filho do casal. Foi educado pelo seu tio, o dominicano Jorge Antônio Vespucci, e dedicou-se à astronomia e cosmografia.
No ano 1491 mudou-se para Sevilha, Espanha, onde trabalhou para os Médicis, como auxiliar do gerente de grande firma, Juanoto Berardi. Em 1495, com a morte de Juanoto, assumiu a gerência da filial, especializada em abastecimentos de navios.
Vivendo entre conquistadores espanhóis e suas histórias de descobrimentos e conquistas, tornou-se aprendiz de explorador, já com quase 50 anos de idade, e no dia 18 de maio de 1499 embarcou de Cádiz, Espanha, como piloto e cosmógrafo numa expedição de 4 naus, comandada por Alonso de Hojeda, com a finalidade de explorar as terras de Paria (Venezuela), descobertas por Colombo em sua terceira viagem.
Nessa viagem, a expedição atravessou o Atlântico, chegando à costa da atual Guiana Francesa. Por causa de desavenças, Vespúcio e Hojeda se separaram, cada um com 2 naus. Hojeda seguiu para o norte e Vespúcio para o sul. Costeando o Brasil, Vespúcio alcançou o estuário do rio Amazonas, chegando até o Cabo São Roque; depois inverteu a rota e chegou à Venezuela. Os dois navegantes voltaram a se encontrar no Haiti, e em junho de 1500 voltaram juntos à Espanha.
Em 1501 Vespúcio foi convidado por dom Manuel, rei de Portugal, através de Julião Bartolomeu, para ir a Lisboa, quando recebeu o comando de um navio de uma frota composta de 3, comandada por Gonçalo Coelho, para descobrir os contornos da nova terra descoberta por Pedro Álvares Cabral.
A frota partiu no dia 10 de maio do mesmo ano, e Vespúcio visitou vários pontos da costa, desde o Cabo de Santo Agostinho abaixo, onde teve a oportunidade de batizar os rios de São Miguel (em 29 de setembro), de São Jerônimo (em 30 de setembro), de São Francisco (em 4 de outubro) e Baía de Todos os Santos (em 1º de novembro).
Com dez meses de viagem, convenceu o capitão Gonçalo Coelho para procurar as latitudes antárticas, alcançando o cabo Santa Maria, com a intuição de que, seguindo ao extremo sul alcançaria a passagem para a Índia, pelo ocidente, atingindo a Patagônia. Essa passagem só foi encontrada por Fernão de Magalhães no ano 1519. Mesmo assim, nessa viagem Vespúcio reconheceu que Colombo não havia chegado ao “Arquipélago das Índias”, mas descoberto um novo continente.
Regressou a Lisboa em 7 de setembro de 1502, quando relatou ao rei D. Manuel que achara a nova terra “sem nada de proveito, exceto infinitas árvores de pau-brasil... Com índios antropófagos e vagas promessas de minas que não tivera tempo de procurar”. A notícia não agradou ao rei, que esperava das terras descobertas muito ouro e especiarias.
Em 1503 Vespúcio novamente partiu com a intenção de descobrir a comunicação dos dois oceanos, pelo sul do novo continente, chegando a fundar feitoria de Portugal perto de Porto Seguro, mas retornou a Lisboa e depois seguiu para Sevilha, na Espanha, em 1505.
Em Sevilha visitou Cristóvão Colombo, e preparou-se para seguir a expedição de Vicente Yánes Pinzon, que acabou não se realizando. Lá mesmo em Sevilha recebeu a cidadania espanhola e foi nomeado “piloto-mor”, para ser instrutor de expedições.
Américo Vespúcio faleceu no dia 22 de fevereiro de 1512, e sua esposa Maria Cerezo passou a receber uma pensão de 10.000 marevides. O título de piloto-mor ficou com o navegador Juan Diaz Solis.
O nome de Américo Vespúcio foi referência pela primeira vez como o nome do novo continente pela publicação, na França, do relato “Quator Americi Vesputii Navigationes”, do alemão Martim Waldseemüller, numa “Introdução à cosmografia”. Em 1509 o nome América apareceu num mapa-múndi impresso em Estrasburgo, e em 1516 Leonardo da Vinci registrou-o definitivamente como “América”.
Bibliografia:
ENCICLOPÉDIA Semanal Ilustrada Conhecer. Vol. 5, fascículo 72, págs. 1210 a 1211. São Paulo, Abril Cultural, 1966.
(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)
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