sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Álvares de Azevedo


Manuel Antônio Álvares de Azevedo nasceu no dia 12 de setembro de 1831, em São Paulo, na residência do seu avô materno Severo Mota. De família ilustre, seu pai era o fluminense Inácio Manuel Álvares de Azevedo e sua mãe, a goiana Maria Luísa Silveira da Mota Azevedo. Há uma versão não comprovada de que Álvares de Azevedo nasceu na Faculdade de Direito de São Paulo, onde seu pai estudava.  

Em 1833 sua família mudou-se para o Rio de Janeiro. Dois anos depois o poeta perdeu seu irmão caçula, fato que marcou a sua vida, registrado no poema “Anjinho”, da coletânea “Lira dos Vinte Anos”. 

Começou seus estudos aos 5 anos de idade, mas foi considerado incapaz. Em 1840 foi estudar no Colégio Stoll, onde logo se tornou o primeiro da classe. Em 1844 mudou-se para São Paulo com um tio, mas voltou para o Rio no ano seguinte. Lá, matriculou-se no Imperial Colégio Pedro II, formando-se em letras – equivalente ao ensino médio – no ano 1847. Naquele colégio aprendeu alemão, grego e latim. 

Em 1848 entrou para a Faculdade de Direito de São Paulo. Durante os quatro anos de faculdade, publicou vários textos, poemas, artigos e estudos, e fundou a Revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano, onde trabalhou. Também na faculdade tornou-se amigo dos escritores Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães. Gostava de ler as obras de William Shakespeare, Johann Wolfgang Goethe, Lorde Byron e Alfred Musset. 

Em 1850 perdeu seu colega de faculdade Coelho Duarte, que cometeu suicídio; no ano seguinte perdeu outro colega, João Batista da Silva Pereira Júnior, o que ocasionou em Álvares de Azevedo uma ideia mais acentuada sobre a morte, que trouxe para sua vida e sua obra. Durante o discurso do funeral de João Batista, proferiu: “Cada ano uma vítima se perde nas ondas, e a sorte escolhe sorrindo os melhores dentre nós”. 

No final do quarto ano de faculdade o poeta tirou férias, quando foi passear no Rio de Janeiro, onde aproveitou para se tratar contra a tuberculose. Num dos passeios a cavalo, que faziam parte do tratamento, caiu do cavalo, o que o obrigou a fazer uma cirurgia. A partir da cirurgia sua saúde piorou, e ele passou seus últimos dias acamado. No dia 25 de abril de 1852 pediu que celebrassem uma missa em seu quarto, quando se despediu da família, e faleceu naquele mesmo dia.  

Suas obras foram publicadas após sua morte, obras que o tornaram um dos maiores ícones da segunda geração do romantismo brasileiro. 

Suas Obras:    
Lira dos Vinte anos (poesias, 1853). 
Noite na Taberna (contos, 1855). 
Macário (peça, 1855).
Conde Lopo (poesias, 1866). 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

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