sexta-feira, 15 de março de 2013

Peço refúgio (Friedrich Nietzsche)


Ainda uma vez, antes que eu me vá,
Com o olhar voltado para a minha frente,
Solitário, elevo a Ti as mãos,
Pedindo-Te refúgio,
A Ti, a quem ergo, nas profundezas do coração,
Grandes altares solenes,
Para que a Tua voz me chame sempre.
Lá no alto resplandece, firmemente inscrita,
Estas palavras: "Ao Deus que não conheço",
E eu sou Dele; ainda que tenha permanecido
Até este momento entre as fileiras ímpias,
Eu sou Dele, e sinto as cadeias
Que querem levar-me à batalha;
E de modo tal que, se fujo, sou forçado a servi-lo. Amém.

(Poesia: Nietzsche - Foto: internet) 

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