segunda-feira, 18 de março de 2013

Olavo Bilac


Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac nasceu no dia 16 de dezembro de 1865, no Rio de Janeiro. Era filho de um médico que serviu na Guerra do Paraguai. Aos quinze anos de idade, por influência e autorização do pai, matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Porém, desistiu do curso quando faltava apenas um ano para se formar, já tendo cumprido cinco anos de estudos. Mudou-se então para São Paulo e matriculou-se na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, cursando apenas dois anos. 

Desistiu da Faculdade para se dedicar ao que realmente amava: literatura, jornalismo e política. De volta ao Rio de Janeiro, tornou-se grande jornalista na capital, e, amigo de José do Patrocínio, dedicou-se às causas abolicionistas e republicanas. 

Com a vinda da República, foi preso na Fortaleza de Lages por seis meses, por fazer oposição ao presidente Floriano Peixoto. Depois, foi confinado em Minas Gerais, mas beneficiou-se de anistia concedida pelo presidente. Retornando ao Rio, recebeu o título de “Príncipe dos poetas brasileiros”. Representante do parnasianismo no Brasil, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras em 1896. Por esse tempo dedicou-se às campanhas de educação infantil, quando foi nomeado inspetor escolar. No cargo, procurou melhorar o nível do ensino e o amor à Pátria nas escolas sob sua jurisdição. 

Profundamente nacionalista, em 1905 compôs a letra do Hino à Bandeira, com música do maestro Francisco Braga. Em 1906 propôs, em vão, a repatriação dos restos mortais de dom Pedro II e de dona Teresa Cristina, que jaziam em Lisboa. Em 9 de outubro de 1915 fez uma oração marcante na Faculdade de Direito de São Paulo, conclamando os jovens a defender a Pátria contra as superpotências mundiais. A partir daí fez campanhas por todo o país em prol do serviço militar obrigatório. Sentiu-se realizado quando houve o primeiro sorteio dos alistados, em 10 de dezembro de 1916. 

Aposentado como inspetor escolar, Olavo Bilac faleceu no Rio de Janeiro em 28 de dezembro de 1918. O Exército brasileiro, em sua homenagem, dedicou a sua data natalícia como o Dia do Reservista.  

Obras:  

Poesia: “Panóplias”, “Via Láctea”, “Sarças de fogo” (1888); edição definitiva: 1902. 
“Sagres” (poemeto, 1898); “Poesias infantis” (1904); “Tarde” (1919). 

Prosa: “Crônicas e novelas” (1894); “Crítica e fantasia” (1904); “Tratado de versificação”, (em colaboração com Guimarães Passos, 1905); “Conferências literárias” (1906); “A defesa nacional” (discursos, 1917); “Bocage” (1917); “Últimas conferências e discursos” (publicados em 1927); “Livros didáticos” (versos, cantos, antologias, alguns em colaboração com Manuel Bonfim). 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

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