Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, conhecido como Paracelso, nasceu no dia 17 de dezembro de 1493, em Einsiedeln, Suíça. Era filho de um fidalgo que exercia a arte da cura, e de uma camponesa, que morreu quando Paracelso ainda era menino.
Um dia, quando Paracelso e o pai fugiam da guerra, um soldado encontrou o menino vagando pelas serras e resolveu castrá-lo. Mesmo mutilado, o menino jamais perdeu o ânimo e enfrentou a vida com luta e estudos, recebendo do pai instruções sobre botânica, seguindo-o em visitas aos doentes. Aprendeu latim e filosofia com padres beneditinos de Val-de-Lavant, e o prior Trilhemius ensinou-lhe magia e alquimia, e com operários e contramestres aprendeu química mineralógica.
Aos dezesseis anos foi estudar Medicina na universidade, mas logo desistiu, tornando-se autodidata quando leu livros latinos, gregos, hebraicos, árabes, alquimia, filosofia e quiromancia.
Tornou-se depois andarilho e frequentou faculdades da Itália, Alemanha, França, as minas da Boêmia e do Tirol. Em alguns lugares recebeu ajuda de reis, e em outros foi preso por charlatanismo. Em Ferrara recebeu insígnia de doutor. Sábio, relacionava o homem com o Universo e via relações entre climas e estações na propagação de doenças. Entendeu que a sujeira afeta mais uma ferida do que o humor, como se pensava em sua época.
Por causa dos seus conhecimentos em astrologia e alquimia, usava o ferro, o enxofre, o sal e o mercúrio no combate a grandes epidemias e a sífilis, comuns naquele tempo. Tornou-se professor da universidade da Basileia, porém se vestia humildemente, intitulando-se “médico dos pobres”, sendo humilhado pelos seus colegas de profissão.
Ficou célebre por causa de algumas curas e introduziu o ópio, o mercúrio, o antimônio e uso de extratos de tinturas em suas terapêuticas. Foi o introdutor da química na prática farmacêutica.
Para ele, a experiência é a fonte do saber, e a caridade, a base da prática médica. Paracelso faleceu vitimado por uma doença sutil, no dia 24 de setembro de 1541, no hospital de Salzburgo, deixando muitos inimigos e vários livros escritos.
Bibliografia:
DICIONÁRIO Universal de Curiosidades, vol.5, págs. 1258-1260. Comércio e importação de livros Cil S.A., São Paulo, 1968.
(Texto: Eliza Ribeiro - Foto: internet)
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