Michael Faraday nasceu no dia 22 de setembro de 1791 em Newington, subúrbio de Londres, Inglaterra. Filho de ferreiro, frequentou apenas a escola primária. Aos 13 anos de idade foi trabalhar numa livraria, distribuindo recados e jornais, onde pôde ler livros científicos.
Um dos frequentadores da livraria percebeu o interesse dele pelos livros científicos e em março de 1812 arranjou para ele ingressos para assistir a 4 conferências de Humphry (1778-1819), inventor da lanterna e estudioso da condução elétrica, sobre “Os recém-descobertos fenômenos elétricos”. As palestras realizaram-se na sala de conferências da Royal Institution, entidade inglesa dedicada à pesquisa científica.
Faraday vestiu-se humildemente, em contraste com os outros presentes, mas não se abateu. Anotou tudo o que o orador dizia complementando com desenhos os fenômenos descritos e o material usado na experimentação. Alguns dias depois das palestras enviou o material que produziu, juntamente com uma carta pedindo emprego na Instituição, ao famoso palestrante Davy Humphry.
Ao receber a correspondência, Davy ficou impressionado com o talento de Faraday para a experimentação científica, e o admitiu como assistente de laboratório em março de 1813. No mesmo ano levou-o consigo para uma série de viagens pela Europa como assistente e criado de quarto. Com dedicação ao trabalho científico, em 1816 Faraday publicou seu primeiro trabalho sobre a análise química de um calcário da região italiana da Toscana. Em 1821 casou-se com Sarah Barnard, e se converteu à seita protestante sandemaniana, de rígidas doutrinas.
Em 1823 conseguiu liquefazer o gás cloro conjugando o abaixamento da temperatura com o aumento da pressão, façanha que Davy não conseguiu realizar. Talvez por isso Davy tenha se oposto à admissão de Faraday como sócio da Royal Society, mas em vão, pois ele foi admitido em 1824. No ano seguinte foi promovido a diretor do laboratório, mas precisou tirar umas férias de recuperação na Suíça devido a problemas de saúde causados pelo estresse do trabalho e da vida austera que vivia. Na volta ao trabalho, em 1825 isolou o benzeno a partir do alcatrão da hulha, estudou diversas reações dessa substância e publicou um trabalho sobre o ácido benzoico e seus sais metálicos.
No campo da Física, Faraday estudou a influência da corrente elétrica sobre os ímãs e vice-versa, quando descobriu a “indução eletromagnética”, em 1831. Criou a “Gaiola de Faraday”, uma blindagem metálica para proteger aparelhos científicos de descargas eletromagnéticas externas. Em eletroquímica descobriu as duas “Leis quantitativas da eletrólise”.
Com a saúde frágil, Faraday requereu sua aposentadoria e retirou-se da vida pública. Seu falecimento ocorreu no dia 25 de agosto de 1867, na cidade de Hampton Court e foi enterrado ao lado do túmulo de Isaac Newton, na Abadia de Westminster.
Bibliografia:
ENCICLOPÉDIA Conhecer Universal, págs. 1570 a 1571. São Paulo, Abril, 1982.
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. V. Porto Alegre, Globo, 1974.
CHASSOT, Attico. A ciência através dos tempos. 4ª ed. págs. 134 a 135. São Paulo, Moderna, 1994.
(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)
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