segunda-feira, 11 de março de 2013

Marco Polo


Marco Polo nasceu no ano 1254, em Veneza, Itália. Seu pai se chamava Niccolò Polo, de família de mercadores, possuidora de grande firma na Praça de Veneza, especializada em especiarias e diversidades, com filial em Constantinopla, chamada Polo & Irmão. 

No ano 1261, o pai de Marco, Niccolò, e seu tio, Matteo, enfrentaram uma grande viagem rumo à Ásia Central, para ampliar seus negócios no Oriente. Depois de muitas dificuldades pelo caminho, os irmãos Polo chegaram a Cambaluc (hoje Pequim), no ano 1264, onde causaram grande alvoroço por serem os primeiros ocidentais a pisarem naquelas terras. O Imperador chinês, Kublai Khan, neto de Gengis Khan, recebeu-os em sua corte para conhecer os costumes e a vida dos ocidentais, principalmente a religião cristã. 

Depois do encontro, o Imperador pediu aos irmãos Polo que levassem uma mensagem ao Papa, quando voltassem ao Ocidente, pedindo que o pontífice mandasse para seu reino os cem melhores sábios da religião cristã para debaterem com os sábios chineses, talvez até para a conversão dos orientais ao cristianismo. Ao voltarem à Veneza, no ano 1269, depois de uma viagem mais tranquila por causa dos salvo-condutos dados por Kublai Khan, os irmãos Polo não entregaram a mensagem do Imperador, porque Roma estava sem Papa. Niccolò aproveitou a oportunidade para conhecer seu filho Marco, então com 15 anos, e ao mesmo tempo soube do falecimento da sua esposa. 

Dois anos depois foi eleito o novo Papa, Gregório X, e os irmãos Polo entregaram a ele a mensagem do imperador chinês Kublai Khan. O Papa atendeu em parte ao pedido, e mandou apenas os dois mais sábios monges da época seguirem os irmãos Polo numa nova expedição. Já com 17 anos de idade, Marco Polo acompanhou o pai na viagem. De início, a expedição teve uma viagem difícil, principalmente quando chegou à Turquia Ocidental, pois foi recebida com hostilidade. Os monges desistiram da viagem e fugiram sem deixar rastros. Marco Polo seguiu firme, sem temer o desconhecido. 

Os meios de transportes que a expedição mais usou foram burros, cavalos, barcos, e, principalmente, camelos. Seguindo viagem, a expedição chegou a Toris, no Irã; depois passou por Ormus, à margem do Golfo Pérsico. Seguiu a costa do Mar Cáspio e chegou a Nichapur e mais adiante, à Balk. Atravessou os vales do Pamir, o deserto de Lob Norre até chegar à China, na cidade de Suk Chu. Ainda passou pelo interior do país, até chegar à Cambaluc, na corte do Imperador. 

A viagem durou quatro anos, e Marco Polo amadureceu diante da vida. Aprendeu a língua das terras por onde passou, tornando-se especialista em assuntos orientais. Por isso o Imperador ficou impressionado com a sabedoria do rapaz, e resolveu nomeá-lo seu principal conselheiro, administrador e diplomata. Assim, Marco Polo começou a orientar a política e a economia do império, e era aclamado por onde passava. Sua palavra tinha força de lei; os irmãos Polo expandiram seus negócios por toda a China, tornando-se respeitados. Aproveitando a oportunidade, Marco Polo viajou por todo o país para conhecer sua agricultura, indústria e mineração. 

Depois de alguns anos, o império de Kublai Khan entrou em declínio, e a família Polo começou a ser hostilizada por todo o país. Com o agravamento das hostilidades, os Polo voltaram para Veneza, aonde chegaram, no ano 1295, depois de ficarem 24 anos fora de sua terra natal. Durante a viagem de retorno souberam da morte do imperador Kublai Khan. 

Marco Polo, já rico e famoso, casou-se e entrou para a marinha de Veneza, que estava em guerra com Gênova. Numa batalha naval ele foi preso pelos genoveses, no ano 1296, mas ficou pouco tempo na prisão. Na cela conheceu o escritor Rusticcelo, de quem ficou amigo. Dessa amizade surgiu um livro, escrito por Rusticcelo, onde ele descreve as aventuras do amigo Marco, intitulado “Livro do milhão das maravilhas do mundo”. De início o livro não foi bem recebido, mas fascinou o público, fazendo de Marco Polo um lendário aventureiro invencível. Ainda o livro fascina os que o leem, por causa de narrativas cheias de história, geografia, política, economia, pecuária, agricultura, comércio, indústria e lendas dos povos orientais. O livro deu oportunidade aos europeus conhecerem melhor os orientais e sua região, desconhecida até o século XIII, como também de servir de inspiração para Cristóvão Colombo. 

Por causa do livro, Marco Polo recebeu o título de grande conselheiro da República de Veneza. E em Veneza morou até falecer, rico e feliz, no dia 8 de janeiro de 1324. 

Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA Semanal Ilustrada Conhecer. Vol. 2, fascículo 20, págs. 321 a 323. São Paulo, Abril, 1966. 
MACHADO, Ana Maria. As viagens de Marco Pólo, págs. 3 e 4. São Paulo, Scipione, 1996.
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. IX. Porto Alegre, 1974.    

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

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