Em Arbois, logo
sentiu falta da cidade grande, e novamente se mudou, dessa vez para a cidade de
Besançon, a apenas quarenta quilômetros distante de sua família, onde pôde
estudar e visitar frequentemente sua família. Matriculou-se no Colégio Real e
concluiu o curso de Letras em 1840. Em seguida fez um curso de ciências,
diplomando-se dois anos depois. Com os diplomas, mudou-se novamente para Paris,
especializando-se em química na Escola Normal Superior, famosa universidade
francesa. Dois anos depois se doutorou em ciências e empregou-se como
assistente de Antoine Jerome Balard (1802-1876), grande químico da época.
Em 1849 casou-se com
Marie Laurent e foi nomeado suplente da cátedra de química da Universidade de
Estrasburgo. Em 1854 mudou-se de Estrasburgo para ser reitor da Faculdade de
Ciências de Lille, departamento do norte da França, dedicando-se ao estudo da
fermentação, e descobriu que ela acontece pela presença de micro-organismos, mas
que tem ligação com a atividade vital dos mesmos. A continuação desses estudos
deu origem ao processo de “pasteurização”.
Com seus estudos
ligados aos micro-organismos, tornou-se o maior químico de sua época, sendo
eleito membro da Academia Francesa de Ciências, no ano 1862. No ano seguinte
passou a lecionar física e geologia na Escola de Belas Artes. Em 1865 foi
enviado em missão oficial ao sul da França para pesquisar uma doença que estava
devastando a criação do bicho-da-seda. Depois de três anos de estudos,
conseguiu isolar dois bacilos da doença e desenvolveu um sistema para evitar
contágio.
Premiado e
condecorado no mundo inteiro por seus trabalhos, devolveu tudo que recebeu dos
alemães em 1870, quando a Alemanha entrou em guerra com a França. Paralítico
desde 1868, em 1874 começou a receber do governo uma renda de 25 mil francos,
votados pela Assembleia Nacional. Seguindo seus estudos, em 1881 isolou o
micróbio do carbúnculo, doença dos bovinos, e com a colaboração dos
bacteriologistas franceses Pierre Paul Emile Roux e Charles E. Chamberland,
criou uma vacina contra a doença.
Pouco tempo depois
Pasteur dedicou-se ao estudo da hidrofobia, ainda sem cura. Depois de muitos
testes em ratos, conseguiu com sucesso a vacina contra a raiva canina. O
primeiro teste em humanos ocorreu no dia 6 de julho de 1885, quando um menino
chamado Meiste, um pequeno pastor alsaciano, foi mordido por um cão raivoso
três dias antes, sendo ferido em 14 pontos do corpo, e que estava muito doente.
Seu pai levou-o ao laboratório de Pasteur, que o vacinou imediatamente. O
menino logo se recuperou e viveu por mais cinquenta anos.
Cada dia mais
famoso, Pasteur idealizou a construção de um centro de pesquisas dedicado ao
estudo de doenças infecciosas. Recebeu ajuda internacional, e o centro foi
construído; sua inauguração ocorreu em novembro de 1888, que recebeu o nome de
“Instituto Pasteur”. A partir daí, o Instituto realizou muitas outras pesquisas
em diversos campos, como o tétano, febre amarela, tuberculose, poliomielite,
hepatite b e a AIDS, cujo vírus foi descoberto pelo pasteurien Luc Montagnier.
Muitos pesquisadores do Instituto Pasteur já receberam o Prêmio Nobel. Louis Pasteur
faleceu em Garches no dia 28 de setembro de 1895.
Pensamento de Pasteur:
*
Feliz o que traz sempre no coração Deus, ideal, verdade, bem.
Bibliografia:
ENCICLOPÉDIA
Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. VIII. Porto Alegre, Globo, 1974.
ENCICLOPÉDIA Ilustrada Conhecer. Vol. 2,
fascículo 16, págs. 260 a
261. São Paulo, Abril Cultural, 1967.
DICIONÁRIO Universal de Curiosidades. Vol. 5, págs. 1271 a 1272. São Paulo, Cil
S.A., 1968.
(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)
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