segunda-feira, 11 de março de 2013

Louis Pasteur

Louis Pasteur nasceu no dia 27 de dezembro de 1822 na cidade de Dole, leste da França, e era filho de um curtidor que o preparava para ser artesão. Quando atingiu a idade escolar, sua família mudou-se para a cidade de Arbois, onde seu pai alugou um curtume, e Pasteur foi para a escola primária. Dedicado aos estudos, logo chamou a atenção do diretor da escola, que orientou o pai a dar continuidade aos estudos do filho. Assim, quando Pasteur concluiu o curso primário, o pai levou-o para estudar em Paris. Porém, com saudade da família, Pasteur logo voltou para casa, abandonando os estudos.

Em Arbois, logo sentiu falta da cidade grande, e novamente se mudou, dessa vez para a cidade de Besançon, a apenas quarenta quilômetros distante de sua família, onde pôde estudar e visitar frequentemente sua família. Matriculou-se no Colégio Real e concluiu o curso de Letras em 1840. Em seguida fez um curso de ciências, diplomando-se dois anos depois. Com os diplomas, mudou-se novamente para Paris, especializando-se em química na Escola Normal Superior, famosa universidade francesa. Dois anos depois se doutorou em ciências e empregou-se como assistente de Antoine Jerome Balard (1802-1876), grande químico da época.

Em 1849 casou-se com Marie Laurent e foi nomeado suplente da cátedra de química da Universidade de Estrasburgo. Em 1854 mudou-se de Estrasburgo para ser reitor da Faculdade de Ciências de Lille, departamento do norte da França, dedicando-se ao estudo da fermentação, e descobriu que ela acontece pela presença de micro-organismos, mas que tem ligação com a atividade vital dos mesmos. A continuação desses estudos deu origem ao processo de “pasteurização”.

Com seus estudos ligados aos micro-organismos, tornou-se o maior químico de sua época, sendo eleito membro da Academia Francesa de Ciências, no ano 1862. No ano seguinte passou a lecionar física e geologia na Escola de Belas Artes. Em 1865 foi enviado em missão oficial ao sul da França para pesquisar uma doença que estava devastando a criação do bicho-da-seda. Depois de três anos de estudos, conseguiu isolar dois bacilos da doença e desenvolveu um sistema para evitar contágio.

Premiado e condecorado no mundo inteiro por seus trabalhos, devolveu tudo que recebeu dos alemães em 1870, quando a Alemanha entrou em guerra com a França. Paralítico desde 1868, em 1874 começou a receber do governo uma renda de 25 mil francos, votados pela Assembleia Nacional. Seguindo seus estudos, em 1881 isolou o micróbio do carbúnculo, doença dos bovinos, e com a colaboração dos bacteriologistas franceses Pierre Paul Emile Roux e Charles E. Chamberland, criou uma vacina contra a doença. 

Pouco tempo depois Pasteur dedicou-se ao estudo da hidrofobia, ainda sem cura. Depois de muitos testes em ratos, conseguiu com sucesso a vacina contra a raiva canina. O primeiro teste em humanos ocorreu no dia 6 de julho de 1885, quando um menino chamado Meiste, um pequeno pastor alsaciano, foi mordido por um cão raivoso três dias antes, sendo ferido em 14 pontos do corpo, e que estava muito doente. Seu pai levou-o ao laboratório de Pasteur, que o vacinou imediatamente. O menino logo se recuperou e viveu por mais cinquenta anos. 

Cada dia mais famoso, Pasteur idealizou a construção de um centro de pesquisas dedicado ao estudo de doenças infecciosas. Recebeu ajuda internacional, e o centro foi construído; sua inauguração ocorreu em novembro de 1888, que recebeu o nome de “Instituto Pasteur”. A partir daí, o Instituto realizou muitas outras pesquisas em diversos campos, como o tétano, febre amarela, tuberculose, poliomielite, hepatite b e a AIDS, cujo vírus foi descoberto pelo pasteurien Luc Montagnier. Muitos pesquisadores do Instituto Pasteur já receberam o Prêmio Nobel. Louis Pasteur faleceu em Garches no dia 28 de setembro de 1895. 

Pensamento de Pasteur:
* Feliz o que traz sempre no coração Deus, ideal, verdade, bem. 
Bibliografia:
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. VIII. Porto Alegre, Globo, 1974.
ENCICLOPÉDIA Ilustrada Conhecer. Vol. 2, fascículo 16, págs. 260 a 261. São Paulo, Abril Cultural, 1967.
DICIONÁRIO Universal de Curiosidades. Vol. 5, págs. 1271 a 1272. São Paulo, Cil S.A., 1968.  

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

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