domingo, 31 de março de 2013

Péricles


Péricles nasceu em Atenas, Grécia, possivelmente no ano 490 a.C. e pertencia a uma rica e aristocrática família ateniense. Foi discípulo de Zenão e Anaxágoras. Tinha traços regulares e finos, de fisionomia serena, porém tinha uma cabeça saliente, que chamava a atenção. Culto, hábil polemista, artista, simples, porém tinha pensamentos grandiosos em relação à sua pátria. 

Democrata por herança familiar, vivia cercado pelas poderosas oligarquias atenienses. Foi escolhido para ser um dos dez estrategos ou generais, no ano 460 a.C., eleito pelo conselho dos 500 membros. Tornou-se chefe do Partido Popular e subiu ao poder da cidade-estado de Atenas, quando então combateu as oligarquias que o cercava. Com a economia ateniense baseada no comércio, Péricles a transformou numa cidade armada para garantir sua posição geográfica, política e econômica. Em discurso explicou sua intenção de usar as armas apenas para defesa: “A cidade, provida de todos os meios de defesa que a guerra exige, deve empregar suas riquezas em obras que, uma vez realizadas, lhe assegurarão glória imortal”. Naquela época, Atenas liderava a Liga ou Confederação de Delos, fundada em 478 a.C., que reunia cerca de duzentas cidades gregas, para a proteção das cidades contra invasões externas. 

Entre os anos 450 e 449 a.C., através de um decreto aprovado pela Assembleia, Péricles empregou o dinheiro do Tesouro de Delos na reconstrução dos templos e edifícios públicos, destruídos no tempo da guerra contra os persas, vencida pela Grécia no ano 479 a.C. A partir daí, Atenas passou a enriquecer seus traços urbanísticos, com o intuito de se tornar a cidade mais bonita do mundo. Para isso Péricles contratou os maiores arquitetos e artistas da época, vindos de diversas partes da Grécia. Reconstruiu o porto, as muralhas, ergueu acima das colinas de Acrópole uma obra que se tornaria imortal: o Partenon, dedicada à deusa Palas Atena, defensora da cidade. 

Construída em mármore, a obra foi idealizada pelos arquitetos Ictino e Calícrates e pelo escultor Fídias, e tinha 69 metros de altura. Atenas também progrediu na filosofia, com os filósofos Anaxímenes, Demócrito, Heráclito, Pitágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles, etc. Péricles também incentivou o estudo da história; surgiram grandes historiadores como Heródoto de Halicarnasso, da Ásia Menor, considerado o fundador da historiografia; também se destacaram Tucídides, Xenofonte, etc. Incentivou o teatro, e todos os anos distribuía certas quantias em dinheiro para que os mais pobres frequentassem o teatro, o que contribuiu para o surgimento de grandes teatrólogos como Aristófanes, Sófocles, Ésquilo (considerado o pai do teatro), etc. 

Também a ciência teve o incentivo de Péricles, destacando-se Hipócrates de Gós, considerado o fundador da ciência médica; Demócrito, que intuiu a existência do átomo; Anaxágoras, astrônomo; Empédocles, que estudou física, astronomia, filosofia e medicina. Os últimos anos do governo de Péricles foram difíceis, porque nem todas as cidades gregas aceitavam a supremacia de Atenas sobre elas. No ano 431 a.C., Esparta, bem armada militarmente, liderou uma revolta contra Atenas, numa guerra conhecida como Guerra do Peloponeso. Péricles faleceu nessa guerra, no ano 429 a.C., vitimado por uma epidemia de peste. Atenas saiu derrotada do conflito, porém continuou sua supremacia na Grécia por meio de sua cultura, cedendo seu dialeto ático ou ateniense para a formação da atual língua grega. 

Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA Semanal Ilustrada Conhecer. Vol. 4, fascículo 55, págs. 916 a 917. São Paulo, Abril, 1966. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

As dez maiores cataratas do mundo


1 - Cataratas do iguaçu - As cataratas do Iguaçu estão situadas na fronteira do Paraná (BR) e a Argentina, e é a maior queda-d'água do mundo com uma média de 1,3 milhão de litros por segundo. São 275 quedas-d'água no rio Iguaçu, com alturas entre 60 e 82 m, dentro do Parque Nacional do iguaçu.

2 - Cataratas Vitória - Situadas entre Zâmbia e Zimbabwe, é a maior queda-d'água da África, com uma vazão média de 1 milhão de litros por segundo. Estão localizadas no rio Zambezi, entre os dois países. No idioma local chama-se"Mosi-ao-Tunya" que em português quer dizer fumaça que troveja. Tem uma extensão de 1,708 m e altura de 61 a 128 m. Foram descobertas em 1855 pelo explorador escocês David Livingstone, que batizou-as em homenagem à rainha Vitória.

3 - Cataratas de Niágara - Situadas entre os Estados Unidos da América e Canadá, na divisa de Ontário e o Estado de York, por meio do lago Erie. São 3 quedas-d'água, que juntas somam uma vazão de 4,5 milhões de litros por segundo, que deságuam no rio Niágara. A origem do nome se dá na palavra indiana - Onguiaahora - que significa em português "grande trovão de águas".

4 - Cachoeira Angel - Situada na Venezuela, no Planalto das Guianas, na montanha Auyantepui e no rio Churum, que entornam a cachoeira, é considerada pela ONU "Patrimônio da Humanidade" desde o ano de 1994.

5 - Cataratas de Yosemite - Situadas na Califórnia, Estados Unidos da América, no Parque Nacional de Yosemite, na Sierra Nevada,  possuem uma queda-d'água de 739 m. São 3 cachoeiras.

6 - Cachoeira Kaieteur - Situada na Guiana, no rio Potaro, no Parque Nacional de Kaieteur, possui uma altura de 226 a 251 m e uma largura de 113 m. Considerada a maior cachoeira de queda única do mundo.

7 - Cachoeira de Gullfoss - Situada na Islândia, no cânion do rio Hvítá, no sudoeste do país. Tem queda-d'água de 150 m³ de vazão no verão e 80 m³ no inverno, por segundo.

8 - Cataratas Dettifoss - Também situadas na Islândia,  no rio Jökulsá á Fjöllum, dentro do Parque Nacional de Jökulsárgljúfur, na área de Mývatn, ao noroeste do país. Possui 100 m de largura e 44 m de altura, com um fluxo de água de 500 m³/s.

9 - Cataratas Sutherland - Situadas na Nova Zelândia, na Trilha Milford, na Ilha sul do país, com uma altura de 580 m.

10 - Cataratas Yellowstone - Situadas no parque Nacional Yellowstone, em Wyoming, Estados Unidos da América, possuem quedas entre 33 e 94 m, com 22 m de largura.          

(Pesquisa e foto: internet - Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB) 

sábado, 30 de março de 2013

Estou falando contigo

 É, estou exausta. Hoje estou exausta. O quê? Estás me perguntando se estou falando contigo? Estou mesmo, estou falando contigo. Estou dizendo que hoje estou exausta... Trabalhei demais, acima de minhas forças... E tu, com essa terrível pose de quem me olha com desdém, não estás cansado? Traseiro no chão, boca aberta, olhar tristonho... Aposto que já correste pela cidade inteira e ninguém te deu um pedacinho de osso, um golinho d'água... O quê, não gostas de osso, só de carne muçiça, tipo alcatra, coxão mole, duro, etc? Só me faltava essa, agora, um cachorro vira-lata vaidoso, guloso, orgulhoso... Vai, segue teu caminho, some de minhas vistas...

Acho que agora vou falar sozinha... Cachorro danado! A petulância canina é terrível! O quê, ainda estás aí? Some, danado, some da porta de minha casa agora, e sem olhar para trás! Que estás dizendo? Ficarás aí até eu te dar uma pedaço bem torrado de alcatra? Com certeza estou vendo alma de outro mundo, com certeza! Xô, vai-se embora! Não és passarinho para que eu te diga: "xô"? Não estou de brincadeira, hoje, estou exausta, não te falei? Não acreditas? Estás me dizendo que estou assim, pior do que tu, mas é por causa do meu amor? Ah, agora danou-se, um cachorro adivinhão ou um conselheiro amoroso! Xô, não quero mais papo! Sai da minha porta, agora, senão tiro tua foto e a ponho na internet! 

Com meus olhos fechados creio que esse fantasma vai sumir de mim, quando eu abri-los... Um, dois, três e... Não acredito! Tu ainda estás aí, menino, moleque danado? Qual é o teu nome, danado? Lilico? Não, não pode ser! Lilico é o nome do meu gato, que sumiu... Tu sabes que Lilico sumiu de casa? Então já rondas por aqui há muito tempo, e eu nem percebi... Ah, 'tá! Eu só tinha olhos para meu gatinho? Claro, não é, intruso? Lilico era amoroso, inteligente, obediente... E gay... Na juventude Lilico era gay, e transava com Neguinho, o gato da minha vizinha... Foi um louco amor, o dos dois... Depois Lilico se engraçou pela gata siamesa de Chico Queiroz, e Neguinho ficou de escanteio. Neguinho tem esse nome porque ele é quase todo negro, apenas o peito e as patas são brancos, e de charme tem um bigode preto. Queres ver a foto dos dois juntos? Então olha, olha! Voltando ao assunto, Lilico sumiu de casa... Eu me lembro da última vez que eu o vi: comecei a dar banho em Neguinho, e como ele é gasguito e mia muito quando vê água, Lilico por certo pensou: "depois dele serei eu, então vou sumir daqui!" Eu olhei para Lilico, enquanto banhava Neguinho, e notei que ele me olhava com um olhar diferente, um olhar de quem decidiu partir para longe... Lilico se afastava de mim e olhava para trás com aquele olhar de despedida... Eu vi mesmo nos olhos dele uma palavra: "adeus". Foi a última vez que o vi... Não dei mais o banho dele, não dei mais carinho, comida, água, e nem ele me acompanhou mais pelas ruas da cidade, quando eu ia comprar pão, leite...

Tu queres substituir Lilico em meu coração? Jamais, jamais! Nenhum grande amor a gente esquece ou substitui... Para sempre Lilico viverá em minha alma! Chega! Vem! Entra aqui, companheiro, vou te dar água, comida, casinha, etc... Teu nome? Lilico Segundo!

(Texto e fotos: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)    

sexta-feira, 29 de março de 2013

A nossa filiação em Cristo - Gálatas 4, 4 - 7


Digo, pois, que durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo.
2 Mas está sob tutores e curadores até ao tempo pré-determinado pelo pai.
3 Assim também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo;
4 Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,
5 Para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.
6 E, porque vós sois filhos, enviou Deus aos nossos corações o Espírito de Seu Filho, que clama: "Aba, Pai".
7 De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus.  

A nossa filiação em Cristo - Gálatas 4, 4 - 7 
(Foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

quinta-feira, 28 de março de 2013

Quero minha liberdade!

Correr pelos campos,
Saltitar por aí com meus amigos,
Gritar, pular de galho em galho...

Eu quero ser assim,
Eu quero viver assim...

Sentir o gosto de uma fruta no pé,
Beber água de rio,
Tomar banho de rio...

Eu quero ser assim,
Eu quero viver assim...

Piscar o olho para a namorada,
Brincar com ela de esconde-esconde,
Esconder com as mãos o rosto envergonhado...

Eu quero ser assim,
Eu quero viver assim...

Mas estou aqui, preso a uma corda,
Para fazer alguém feliz...

E da minha felicidade, quem cuida?
Olha os meus olhos aflitos,
Olha minha tristeza!
Quem me dará a liberdade?

 (Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)  

quarta-feira, 27 de março de 2013

Montes mais altos do mundo


Segue a sequência: Pico, cordilheira/serra, país onde se situa e altura em metros:

Everest - Himalaia -  Tibet - Nepal - 8.848
Godwin Austen (K-2) - Cara Corum - Tibet - 8.610
Kanchenyunga - Singalila-  Siquim - Nepal - 8.585
Lhotse -  Himalaia -  Nepal -  8.501
Makalu -  Himalaia -  Tibet - Nepal -  8.476
Cho Oyu -  Himalaia - Tibet - Nepal   -  8.194
Dhaulagirl - Himalaia -  Nepal - 8.171
Nanga-Parbat - Himalaia - Índia -  8.125
Manaslu -  Himalaia -  Nepal - 8.125
Anapurna -  Himalaia -  Nepal - 8.078
Gasherbrum - Cara Corum -  Índia -  8.068
Nanda Devi -  Himalaia - Índia - 7.820
Gurla Mandhata - Himalaia - Tibet - 7.727
Tirich Mir -  Indocuche -  Paquistão -  7.700
Comunismo - Alaiski - Rússia -  7.500
Muztagh Ata (K-5) - Pamir - China -  7.429
Istoro Nal - Cara Corum - Paquistão -  7.389
Cromo Lharl -  Himalaia -  Butão - 7.320
Aling Kangri - Himalaia - Tibet - 7.315
Api -  Himalaia -  Nepal -  7.284
Muztagh -  Kulun -  China - 7.281
Nunkun - Cara Corum - Índia - 7.135
Baruntse - Himalaia - Nepal - 7.104
Pawhunri - Himalaia - Índia - Tibet - 7.064
Aconcágua - Andes - Argentina - Chile - 7.023
Macha-Puchra - Himalaia - Nepal - 7.010
Ancohuma - Andes - Bolívia - 6.919
Ilimani - Andes - Bolívia - 6.882
Ojos del Salado - Andes - Chile-Argentina - 6.880
Dos Conos - Andes - Argentina - 6.860
Kangteca - Himalaia  - Nepal - 6.810
Tupungato - Andes -  Argentina - 6.809
Pissis - Andes - Argentina - 6.784
Mercedario - Andes - Argentina-Chile - 6.770
Huascáran - Andes - Peru - 6.767
Tocorpuri - Andes - Bolívia-Chile - 6.754
Llullaillaco - Andes - Argentina-Chile - 6.750
Yerupajá - Andes - Peru - 6.632
Incahuasi - Andes - Argentina-Chile  - 6.620
Coropuna - Andes - Peru - 6.615
Sajama - Andes - Bolívia - 6.555
Illampu (Sorata) - Andes -  Bolívia - 6.502
Cachl - Andes - Argentina - 6.500
Antofalla - Andes - Argentina - 6.443
Potro - Andes -  Chile - Argentina - 6.383
Solimana - Andes - Peru - 6.323
Mexicana - Andes - Argentina - 6.285
Chimborazo - Andes - Equador - 6.267
Salcantay - Andes - Peru - 6.264
Huandoy - Andes - Peru - 6.256
Pumasillo - Andes - Peru - 6.245
Ampato - Andes - Peru - 6.200
Caca-Aca - Andes - Bolívia - 6.195
McKinley  - Alasca - USA - 6.187
Huaynaputina - Andes - Peru - 6.175
Asungate - Andes - Peru - 6.165
Condoriri - Andes - Bolívia - 6.105
Chachani - Andes - Peru - 6.096
Logan - Santo Elias - Canadá - 6.050
Socampa - Andes - Argentina - Chile  - 6.030
Chacraraju - Andes - Peru - 6.000
Lascar - Andes - Chile - 5.990
Tacora - Andes - Peru - 5.982
Kilimanjaro  - Tanzânia - 5.963
Sarasara - Andes - Peru - 5.947
Licancábur - Andes - Chile - Bolívia - 5.930
Cotopaxi - Andes - Equador - 5.897
Cris.Colombo - Santa Maria - Colômbia - 5.875
Ollagüe - Andes - Bolívia - Chile - 5.870
Cayambe - Andes - Equador - 5.840
Simón Bolívar - Santa Maria - Colômbia - 5.794
Tutupaca - Andes - Peru - 5.780
Huila - Andes - Colômbia - 5.750
Orizaba - Sierra Madre Oriental - México - 5.747
Antisana - Andes - Equador - 5.705
Palomani - Andes - Bolívia - 5.680
Demavend - Montes Zagros - Irã - 5.670
Elbrus - Cáucaso - Rússia - 5.658
Tolima - Andes - Colômbia - 5.619
Yacamani  - Andes - Peru - 5.570
Ubinas - Andes - Peru - 5.547
Chita - Andes - Colômbia - 5.500
Antajaska - Andes - Peru - 5.490
Santo Elias - Santo Elias - Alasca -Canadá - 5.488
Vicanota - Andes - Peru - 5.486
Popocatepeti - Anáhuac - México - 5.452
Cerro de Cruz - Andes - Bolívia - 5.433
Pichupichu - Andes - Peru - 5.425
Ruiz - Andes - Colômbia - 5.400
Soirococha - Andes - Peru - 5.355
Ixtaccilhautl - Anáhuac - México - 5.286
Sangay - Andes - Equador - 5.230
Lucania - Santo Elias - Canadá - 5.227
Huayna Potosi - Andes - Bolívia - 5.225
King - Cascadas - Canadá - 5.222
Dikh-Tau - Cáucaso - Rússia - 5.197
Quênia - Rift Valley - Quênia - 5.193
Misti - Andes - Peru - 5.190
Ararat -  Maciço da Armênia - Turquia - 5.160
Margherita - Ruvenzori - Congo - 5.118
Kasbek - Cáucaso - Rússia -  5.043
Tunguragua - Andes - Equador - 5.016
Steele - Santo Elias - Canadá - 5.009
Bona - Wrangel - Alasca - USA - 5.004
Pico Bolívar - Andes - Venezuela - 5.002
Carstensz - Nassau - Nova Guiné - 4.999
Puracé - Andes - Colômbia - 4.970
Humboldt - Andes - Venezuela - 4.942
Cotacachi - Andes - Equador - 4.939
Sanford - Wrangel - Alasca - USA - 4.939
Garza - Andes - Venezuela  - 4.922
Cumbal - Andes - Colômbia - 4.890
Bonpland - Andes - Venezuela - 4.885
Sotará - Andes - Colômbia - 4.850
Savalan - Elburz - Irã - 4.850
Branco - Alpes - França - Itália - 4.810
Idenburg - Nassau - Nova Guiné - 4.799
Pichincha - Andes - Equador - 4.787
Toro - Andes - Venezuela - 4.758
Wilhelmina - Orange - Nova Guiné - 4.750
Léon - Andes - Venezuela - 4.743
Chiles - Andes - Colômbia - 4.720
Rosa - Alpes - Suíça - Itália - 4.637
Ras Dascham - Símem - Etiópia - 4.619
Markham - Rainha Alexandra - Antártida - 4.603
Grand Paradis - Alpes - França - Itália - 4.601
Juliana - Owen Stanley - Nova Guiné - 4.594
Siple -  Wrigley - Antártida - 4.572
Dom - Alpes - Suíça - 4.553
Weisshorn  - Alpes - Suíça - 4.515
Matterhorn  - Alpes - Suíça - Itália - 4.504
Bwahit - Símem - Etiópia - 4.503
Malinche - Sierra Madre - México - 4.461
Kirkpatrik - Rainha Maud - Antártida - 4.450
Whitney - Serra Nevada  - USA (Califórnia) - 4.420
Sierra Negra - Sierra Madre Oriental - México - 4.400
Luitpold - Owen Stanley - Nova guiné - 4.399
Elhert -  Montanhas Rochosas   - USA (Colorado) - 4.398
Massive - Montanhas Rochosas - USA (Colorado) - 4.394
Toluca - Anáhuac - México - 4.382
Rainier - Cascadas  - USA (Washington) - 4.391
Harvard - Montanhas Rochosas - USA (Colorado) - 4.388
Willamson - Serra Nevada  - USA (Califórnia) - 4.384
Dent Blanche - Alpes - Suíça - 4.367
Colima - Sierra Madre Ocidental - México - 4.330
Grand Combin - Alpes - Suíça - 4.316
Shasta  - Serra Nevada - USA (Califórnia) - 4.315
Pikes Peak - Montanhas Rochosas - USA (Colorado) - 4.303
Cofre de Perote - Sierra Madre Oriental - México - 4.282
Finsteraarhorn - Alpes - Suíça - 4.275
Galeras - Andes - Colômbia - 4.270
Colima  - Sierra Madre del Sur  - México - 4.265
Tajamulco - Serra de Cuchumatanes - Guatemala - 4.211
Mauna-Kea - Havaí - USA (Havaí) - 4.200
Breithorn - Alpes - Suíça - Itália - 4.171
Mauna-Loa -  Havaí - USA (Havaí) - 4.167
Jungfrau - Alpes - Suíça - 4.165
Tacaná - Sierra Madre Chiapas - Guatemala - México - 4.117
Camarões - Camarões - Nigéria - 4.075
Lister - Royal Society - Antártida - 4.069
Bernina - Alpes - Itália - 4.052
Erebus - Ilha de Ross - Itália - 4.033
Fridtjof Nansen - Rainha Maud - Antártida - 4.009
Mohinora - Sierra Madre Oriental - México - 3.992
Acatenanga  - Centroamericana - Guatemala - 3.960
Ajusco - Anáhuac - México - 3.929
Tancitaro - Sierra Madre del Sur - México - 3.842
Fuego - Centroamericana - Guatemala - 3.835
Chirripó Grande - Talamanca - Costa Rica - 3.820
San Miguel - Anáhuac - México - 3.775
Fujiama - Ilha Nipón - Japão - 3.775

Bibliografia:
DICIONÁRIO Universal de Curiosidades, vol. 5, págs. 1151-11154. Comércio e importação de livros S.A., São Paulo, 1968.
ALMANAQUE Abril – 2008. Editora Abril S.A., São Paulo, 2008.

(Texto e pesquisa: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

Montes mais altos do Brasil


Segue a sequência: pico, altura em metros, serra e Estado onde se situa:

Neblina - 2.993,78 - Imeri - Amazonas
31 de Março - 2.972,66 - Imeri - Amazonas (fronteira com a Venezuela).
Bandeira - 2.891,98 - Caparaó - Minas Gerais e Espírito Santo.
Pedra da Mina - 2.798,39 - Mantiqueira - Minas Gerais e São Paulo.
Agulhas Negras - 2.791,55 - Itatiaia - Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Pico do Cristal - 2.769,76 - Caparaó - Minas Gerais.
Monte Roraima - 2.734,06 - Pacaraima - Roraima, na fronteira com a Venezuela e a Guiana.
Morro do Couto - 2.680,0 - Prateleiras - Rio de Janeiro
Pedra do Sino de Itatiaia - 2.670,0 - Mantiqueira - Minas Gerais.
Três Estados - 2.665,0 - Mantiqueira - São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Bibliografia:
DICIONÁRIO Universal de Curiosidades, vol. 5, págs. 1151-11154. Comércio e importação de livros S.A., São Paulo, 1968.
ALMANAQUE Abril – 2008. Editora Abril S.A., São Paulo, 2008.

(Texto e pesquisa: Eliza Ribeiro- Taperoá - PB - Foto: internet)


Hélio


Símbolo: He
Massa atômica: 4,002602
Número atômico: 4
Ponto de fusão: 0,95 K (-272,2 ºC)
Ponto de ebulição: 4,22 K (-268,93 ºC)
Densidade: 0,126 g/cm3
Ano da descoberta: 1868
Autores da descoberta: Júlio Janssen e o astrônomo inglês Sir Norman Lockyer.
Origem do nome: Grega: Hélios
Significado: Sol
Utilidades: Balão, balão dirigível, laser, etc.

Características:
O hélio, à temperatura ambiente, é gasoso, pertencente aos gases nobres, atrás apenas do hidrogênio, pois não se mistura com outros elementos; é monoatômico, incolor e inodoro. O segundo elemento mais encontrado no Universo, é encontrado em 20% da matéria das estrelas, mas na atmosfera existe em pequena quantidade. Tendo sua densidade menor do que o ar, torna-se mais leve do que ele. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

Háfnio


Símbolo: Hf
Massa atômica: 178,49
Número atômico: 72
Ponto de fusão: 2506 K (2236 ºC)
Ponto de ebulição: 4876 K (4603 ºC)
Ano da descoberta: 1923
Autores da descoberta: George von Hevesy e Dick Coster.
Origem do nome: Homenagem à Copenhague, cujo nome em latim é Háfnia.
Significado:  –
Utilidades: Submarino atômico, controle de reator atômico, etc.

Características:
O háfnio é um metal prateado brilhante, dúctil, resistente à corrosão e tem excelentes propriedades mecânicas. Ocorre nos minerais de zircônio, e seus maiores produtores são os Estados Unidos da América, Austrália, Brasil, Índia e Rússia. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

terça-feira, 26 de março de 2013

Rio São Francisco


O rio São Francisco nasce na Serra da Canastra, no município de Medeiros, Minas Gerais, a uma altitude de 1200 metros. Seu nome indígena é Opará e é conhecido também como "Velho Chico", sendo considerado o rio da integração nacional, pois seu curso está totalmente no território brasileiro. 
Seu curso atravessa os estados da Bahia, fazendo divisa ao norte com Pernambuco, depois segue para Sergipe e Alagoas, quando deságua no oceano Atlântico, através do município de Piaçabuçu (AL) atingindo uma área de 641.000 km² e uma extensão de 2.830 km.

Apresenta dois trechos navegáveis: 
O médio, com 1.371 km de extensão, entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA)/Petrolina (PE). 
O baixo, com 208 km de extensão, entre Piranhas (AL) e sua foz, no oceano Atlântico.

Apresenta 168 afluentes: na margem direita são 90, e na margem esquerda, 78, sendo que os principais são: rios Paraopeba, Abaeté, Rio das Velhas, Jequitaí, Paracatu, Urucuia, Verde Grande, Carinhanha, Corrente e Rio Grande. 

Possui 9 hidrelétricas: 
Três Marias, na cidade de Três Marias (MG).
Sobradinho, na cidade de Juazeiro (BA).
Itaparica, na cidade de Glória (BA).
Paulo Afonso I, II, III e IV, e Moxotó, na cidade de Delmiro Gouveia (AL).
Xingó, na cidade de São Francisco do Canindé (SE).   

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

segunda-feira, 25 de março de 2013

A força da fé

Acredito em Deus. Acredito em Sua misericórdia, em Seu poder, em Sua justiça. Vejo a violência e a injustiça imperando sobre o mundo, muitas pessoas sofrendo suas dores sem encontrar amparo na Justiça humana, mas eu creio na Justiça Divina.

As leis penais são injustas, o Código Penal zela pelos mais fortes. Para isso existem as fianças: quem pode paga fiança e responde seus crimes em liberdade; quem não pode, vai para atrás das grades ver o Sol nascer quadrado. Quem tem diploma universitário, se for condenado fica em sela especial, mais confortável, cheia de mimos; quem não tem, divide cela com o dobro da capacidade de lotação.

As prisões brasileiras são cruéis; não que todo detento mereça o melhor em termos de conforto, mas um mínimo ele deve ter. Nenhum ser vivo tem o direito de viver em masmorras, em sujeiras, dividindo seu minúsculo espaço e suas refeições com insetos e doenças de todo tipo...     

Castigar e educar, não castigar, apenas... Pois eu creio que Deus investe na bondade humana; um dia o coração das pessoas baterá mais justo, mais humano, mais semelhante com o Deus que as criou... Não importa quando, um dia não haverá injustiças no mundo. Eu creio na palavra e na promessa de Deus. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: Carlos Diniz - Rio de Janeiro)  

Usinas hidrelétricas do mundo - as principais


1 - Três Gargantas (China) - 18.200 megawatts - MW
2 - Itaipu (Brasil/Paraguai) - 14.000 MW
3 - Belo Monte (Brasil) - 11.233 MW - Em construção
4 - Guri (Venezuela) - 10.000 MW
5 - Tucuruí I e II (Brasil) - 8.370 MW
6 - Grand Coulee (EUA) - 6.494 MW
7 - Sayano-Shushenskaya (Rússia) - 6.400 MW
8 - Krasnoyarsk (Rússia) - 6.000 MW
9 - Churchill Falls (Canadá) - 5.428 MW
10 - La Grande 2 (Canadá) - 5.328 MW

(Pesquisa e foto: internet - Foto: Hidrelétrica Três Gargantas - China) 

Usinas hidrelétricas brasileiras - as principais


01 - Usina Hidrelétrica de Itaipu - Rio Paraná - Paraná - 14 000 MW
02 - Usina Hidrelétrica de Belo Monte - Rio Xingu - Pará - 11 233 MW (em construção)
03 - Usina Hidrelétrica São Luiz do Tapajós - Rio Tapajós - Pará - 8 381 MW (projetada)
04 - Usina Hidrelétrica de Tucuruí - Rio Tocantins - Pará - 8 370 MW
05 - Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira - Rio Paraná - São Paulo - 3 444 MW
06 - Usina Hidrelétrica de Jirau - Rio Madeira - Rondônia - 3 300 MW (em construção)
07 - Usina Hidrelétrica de Xingó - Rio São Francisco - Alagoas e  Sergipe - 3 162 MW
08 - Usina Hidrelétrica Santo Antônio - Rio Madeira - Rondônia - 3 150 MW (em construção)
09 - Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso IV - Rio São Francisco - Bahia - 2 462 MW
10 - Usina Hidrelétrica Jatobá - Rio Tapajós - Pará - 2 338 MW (projetada)

(Pesquisa e foto - internet - foto: Usina de Itaipu) 

Portos brasileiros - os principais


 1 - Porto de Angra dos Reis (Rio de Janeiro)
 2 - Porto de Antonina (Paraná)
 3 - Porto de Aratu (Bahia)
 4 - Porto de Barra dos Coqueiros (Sergipe)
 5 - Porto de Barra do Riacho (Espírito Santo)
 6 - Porto de Belém (Pará)
 7 - Porto de Cabedelo (Paraíba)
 8 - Porto do Forno (Rio de Janeiro)
 9 - Porto de Ilhéus (Bahia)
10 - Porto de Imbituba (Santa Catarina)
11 - Porto de Itaguaí (Rio de Janeiro)
12 - Porto de Itajaí (Santa Catarina)
13 - Porto do Itaqui (Maranhão)
14 - Porto de Jaraguá (Alagoas)
15 - Porto de Macapá (Amapá)
16 - Porto do Mucuripe (Ceará)
17 - Porto de Navegantes (Santa Catarina)
18 - Porto de Natal (Rio Grande do Norte)
19 - Porto de Niterói (Rio de Janeiro)
20 - Porto de Paranaguá (Paraná)
21 - Terminal de Pecém (Ceará)
22 - Porto de Pelotas (Rio Grande do Sul)
23 - Porto do Recife (Pernambuco)
24 - Porto do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro)
25 - Porto de Rio Grande (Rio Grande do Sul)
26 - Porto de Salvador (Bahia)
27 - Porto de Santos (São Paulo)
28 - Porto de São Sebastião (São Paulo)
29 - Porto de São Francisco do Sul (Santa Catarina)
30 - Porto de Itaguaí (Rio de Janeiro)
31 - Porto de Suape (Pernambuco)
32 - Terminal de Tubarão (Espírito Santo)
33 - Porto de Vitória (Espírito Santo)
34 - Porto de Ubu (Espírito Santo)

(Pesquisa e foto: internet)

sábado, 23 de março de 2013

Evangelho de Lucas 2, 8 - 21


Os anjos e os pastores
8 Havia naquela mesma região pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite.
9 E um anjo do Senhor desceu onde eles estavam e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. 
10 O anjo, porém, lhes disse: "Não temais: eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo:
11 é que hoje vos nasceu na cidade de Davi o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
12 E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura".
13 E subitamente apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial louvando a Deus e dizendo:
14 Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na Terra entre os homens, a quem Ele quer bem.
15 E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: "Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer”.
16 Foram apressadamente e acharam Maria e José, e a criança deitada na manjedoura. 
17 E, vendo-o, divulgaram o que se lhes havia dito a respeito deste menino.
18 Todos os que ouviram se admiraram das cousas referidas pelos pastores.
19 Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração. 
20 Voltaram então os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado. 
A circuncisão de Jesus
21 Completados oito dias para ser circuncidado o menino, deram-lhe o nome de Jesus, como lhe chamara o anjo, antes de ser concebido.         

(Texto: Bíblia - Evangelho de Lucas - Foto: internet)

Padre Cícero


Cícero Romão Batista nasceu no dia 24 de março de 1844, na antiga Vila Real do Crato, Ceará. Era filho de Joaquim Romão Batista Mirabô e de Vicença Romana. 

Era estudioso da religião católica e, influenciado pelas leituras biográficas de São Francisco de Sales, aos 12 anos de idade fez seus votos de castidade. Em 1860 o pai matriculou-o no famoso Colégio Padre Inácio de Sousa Rolim, em Cajazeiras (PB), mas dois anos depois o pai morreu acometido por cólera e ele teve que abandonar os estudos para trabalhar pelo sustento da mãe e das duas irmãs solteiras. 

Obstinado, no ano 1865 Cícero conseguiu matricular-se no seminário de Fortaleza, onde se ordenou sacerdote em novembro de 1870. Na tarde do dia 11 de abril de 1872 ele chegou a Juazeiro, também no estado do Ceará, em visita de uns dias. Vinha de Crato, numa difícil viagem de três horas. Rezou a primeira missa numa pobre capela do povoado, dedicada a Nossa Senhora das Dores. Além da capela, Juazeiro tinha uma escola e 32 casas feitas de tetos de palha espalhadas por 2 ruas. 

Depois da missa, confessou homens e mulheres e em seguida foi para seu alojamento, no prédio da escola. Naquela noite sonhou que 13 homens, vestidos como personagens da Bíblia, chegavam à escola e ele se levantou para recebê-los. Repentinamente viu Jesus Cristo que, apontando para seus acompanhantes pobres e maltrapilhos, exclamou: “E você, padre Cícero, tome conta deles!”.

Alguns meses depois ele se mudou definitivamente de Crato para Juazeiro, trazendo consigo a mãe e as irmãs, e foi morar em casa de palha em frente à capela. A partir daí começou a trabalhar pelos pobres, confessando, celebrando e receitando remédios caseiros, o que contribuiu para que os pobres começassem a vê-lo como santo e profeta. Na grande seca de 1877 obrigou homens e mulheres famintos a irem para as altas terras da Chapada do Araripe para plantarem mandioca, o que ajudou a alimentar e salvar a vida de muita gente.        

Na primeira sexta-feira de março de 1889 um fato mudaria a vida de padre Cícero para sempre: ao dar a comunhão à beata Maria Madalena do Espírito Santo de Araújo, a hóstia se transformou em sangue e ela não a conseguiu engolir. Embora o fato já tenha ocorrido outras vezes, daquela vez o povo tomou conhecimento e o considerou um milagre, atribuindo ao sangue de Cristo o vermelho da hóstia. A partir daí cresceram as romarias religiosas em torno do padre e de Juazeiro, quando chegaram ao conhecimento do bispado do Ceará todo o ocorrido e as romarias. O bispo dom Joaquim José Vieira, após entrevistar o padre, declarou que não foi milagre o ocorrido com a beata. 

Já no Palácio Episcopal de Fortaleza, o bispo nomeou uma comissão para julgar o caso. No dia 9 de setembro do mesmo ano a comissão se reuniu em busca de provas e, depois de longa investigação, declarou o fato como um milagre. Insatisfeito, o bispo nomeou outra comissão, que logo negou o milagre, em agrado ao bispo. Com o novo parecer, dom Joaquim proibiu o padre Cícero de pregar, confessar, dar conselhos aos fiéis e celebrar missas, e ainda enviou documentos à Congregação do Santo Ofício, em Roma, contando os fatos. 

Em abril de 1894 a Congregação do Santo Ofício também negou o milagre, mas padre Cícero lutou para reverter o parecer. Enviou um recurso ao Santo Ofício, mas a resposta só veio três anos depois, em junho de 1897, quando a cúpula da igreja católica rejeitou a apelação, além de determinar que o padre saísse de Juazeiro num prazo de dez dias, sob pena de excomunhão. Obediente, padre Cícero foi morar em Salgueiro, Pernambuco. Mesmo assim, viajou para Roma em fevereiro de 1898, quando recebeu o perdão da Santa Sé, porém continuou proibido de falar sobre os milagres. De volta a Juazeiro, continuou abençoando os pobres, mas foi proibido de celebrar missas por dom Joaquim José Vieira. 

Como a notícia dos milagres se espalhou pelo Brasil, milhares de peregrinos começaram a vir a Juazeiro, principalmente cegos, surdos, aleijados, todos em busca de cura. Com isso, o padre aparecia atrás da janela graduada de sua casa, sempre às 7h00 e às 21h00, para abençoar a multidão que se formava em frente. Dizia sempre as mesmas palavras: “Quem estiver amancebado, case! Quem bebeu, não beba! Quem preguiçou, não preguice! Quem pecou, não peque! Quem roubou, não roube! Quem brigou, não brigue! Quem matou, não mate, porque Deus que tudo pode perdoar não perdoa nunca ao assassino, e este ficará privado de salvação!”.  

Juazeiro tornou-se um pólo de romaria e se desenvolveu economicamente a partir daí, quando conseguiu sua autonomia política, separando-se de Crato em 4 de outubro de 1911, tendo em padre Cícero seu primeiro prefeito. A cidade ainda desenvolveu plantações de algodão, milho e cana-de-açúcar.   

O padre também se tornou dono de terras, possuindo uma mina de cobre em Coxá, no município de Aurora, mas a posse legal dela só foi possível com a ajuda do Dr. Floro Bartolomeu, médico recém-chegado a Juazeiro, que juntou um grupo de capangas e, após algumas lutas, demarcou a mina pertencente ao padre. 

Sempre perseguido pela igreja, mas visto pelo povo como conselheiro e protetor milagroso, em 1914 foi eleito primeiro vice-governador do Ceará, e, mesmo residindo em Juazeiro, distribuía favores políticos por todo o estado, com o apoio do médico Floro Bartolomeu. Com a morte do médico, em março de 1926, o padre foi perdendo prestígio político, até que, durante a Revolução de 1930, o novo prefeito de Juazeiro, nomeado por Getúlio Vargas, mandou tirar sua foto da prefeitura. 

Em 1930 ele tomou conhecimento da violação do túmulo da beata Maria de Araújo, autorizada pelo padre da cidade, José Alves de Lima. Os objetos encontrados no túmulo foram guardados pelo padre Cícero em uma redoma de vidro como relíquias da mulher que desafiou a igreja. Os objetos foram: um escapulário de Nossa Senhora das Dores, um pedaço de pano e parte do crânio com cabelos. Além disso, ele registrou em cartório a violação do túmulo, com o apoio de 4 testemunhas, lembrando que a beata participou ativamente da transformação da hóstia em sangue. 

Já perto dos noventa anos, quase cego e doente, ainda lutou, em vão, para voltar às atividades da igreja, mas faleceu, em 20 de julho de 1934, sem realizar seu maior sonho. A morte de padre Cícero trouxe mais romaria para Juazeiro, onde os romeiros se encontram, até hoje, em redor do seu túmulo, no altar da capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, principalmente no dia de finados. Na imaginação dos peregrinos, o “padim Ciço” não morreu; apenas mudou-se. Foi erguida uma estátua do padre na serra do Horto, com 25 metros de altura, no ano 1969. Um dos rituais dos romeiros em homenagem ao “santo” é abraçar o monumento ou enrolar-se na ponta da batina e agarrar-se à bengala. 

  
 Conselhos do Padre Cícero: 

1 Não derrube o mato, nem mesmo um só pé de pau. Não toque fogo no roçado, nem na caatinga. 
2 Não crie o boi nem o bode soltos; faça cercados e deixe o pasto descansar para se refazer. 
3 Não plante de serra acima, nem faça roçado em ladeira, muito em pé, para que a água não arraste a terra e não se perca a sua riqueza. 
4 Represe o riacho, de 100 em 100 metros, e construa uma cisterna no oitão da casa, para guardar água de chuva. 
5 – Plante cada dia pelo menos um pé de algaroba, de caju, de sabiá ou outra árvore qualquer, até que o sertão todo seja uma mata só. 
6 – Aprenda a tirar proveito das plantas da caatinga, como a maniçoba, a favela e a jurema; elas podem ajudar você a conviver com a seca. 
Se o sertanejo obedecer estes preceitos, a seca irá aos poucos se acabando, o gado melhorando e o povo terá sempre o que comer.             

Bibliografia: 
JATOBÁ, Roniwalter. Guerras e revoluções brasileiras: Juazeiro – guerra no sertão. São Paulo, Ática, 1996. 
LOPES, Francisco Régis. Padre Cícero: a morte não é o fim. História Viva, V(51): 26-31, 2007.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)
    

Padre Feijó


Padre Diogo Antônio Feijó nasceu em São Paulo, na capitania do mesmo nome, no ano 1784, ignorando-se o dia e o mês, porém se sabe que foi batizado no dia 17 de agosto do mesmo ano. Era filho de Félix Antônio e de Maria Gertrudes de Camargo, mas foi criado pelos tios, os padres Fernando Lopes Camargo e João Gonçalves de Lima, sendo sua origem mantida em segredo. 

Diogo Feijó foi influenciado pelos padres a seguir o sacerdócio, pois São Paulo, naqueles fins do século XVIII, não oferecia estudos avançados para os jovens, sendo a Bahia e o Rio de Janeiro mais desenvolvidos em termos de educação, e os padres não tinham condições financeiras de enviá-lo para aqueles lugares. Seguindo a orientação dos tios, Diogo Feijó ordenou-se padre no dia 25 de fevereiro de 1809. Mudou-se então para São Carlos, onde lecionou retórica e latim, e obteve sua independência financeira. 

Irrepreensível, exercia dignamente seu sacerdócio, celebrando missas, fazendo pregações e confissões, além de se dedicar ao trabalho no campo. Interessou-se depois pela filosofia e pela política, que o ajudaram a ter uma formação liberal. 

Em 1818 mudou-se para Itu, onde suas ideias progressistas fizeram-no líder local. Em 1820 foi eleito deputado pela província de São Paulo. No ano seguinte viajou para Lisboa, com outros brasileiros, como deputado às Cortes Constituintes, visto que o Brasil, como membro do Reino Unido, tinha o direito de enviar representantes às cortes, para a aprovação de uma Assembleia Constituinte. 

Os delegados constituintes lusitanos exigiam a volta do Brasil à condição de colônia; por causa disso, perseguiam os brasileiros, impedindo-os de falar na Assembleia. Numa sessão realizada no dia 25 de abril de 1822, Feijó pronunciou um discurso pedindo que as cortes de Lisboa reconhecessem provisoriamente a independência do Brasil, até que a Constituição fosse promulgada. Ameaçados, os brasileiros tiveram que fugir para a Inglaterra, em outubro de 1822, sem saber que o Brasil já se tornara independente. Dois meses depois eles chegaram ao Rio de Janeiro, já com a nova condição do Brasil.   

De volta a Itu, Feijó retornou às suas atividades no magistério e no sacerdócio, porém continuou exercendo a política, quando criticou José Bonifácio pelo seu autoritarismo e a constituição de 1824, outorgada por dom Pedro I. Em 1826, foi eleito deputado-geral pela província de São Paulo. Em 1827 propôs a abolição do celibato clerical, mas retratou-se no ano seguinte. Durante o seu mandato de deputado (1826 a 1833), criticou o Imperador pelas suas frequentes atitudes arbitrárias. Quando o Imperador abdicou, em 1831, Feijó estava em São Paulo, por problemas de saúde. Em sua volta ao Rio de Janeiro, encontrou a cidade em turbulência, provocada pelos partidos exaltados, que lutavam contra a Trina Permanente e a favor da República. Vendo a cidade tomada pela anarquia, Feijó fez enérgicos discursos na Câmara em favor do governo, o que chamou a atenção da Regência, que o convidou para assumir a pasta do Ministério da Justiça.  

No Ministério, logo restabeleceu a ordem pública, quando combateu a indisciplina em diversos corpos militares, criando a Guarda Nacional, que ajudou no restabelecimento da ordem no país, no mesmo tempo que combatia, com a ajuda de tropas regulares leais à Regência, uma revolta militar nas Fortalezas de Santa Cruz e Villegaignon. Por causa de desentendimentos, pediu demissão do Ministério.

No dia 1º de julho de 1833 foi nomeado senador. No dia 12 de agosto de 1834, o parlamento aprovou o 
Ato Adicional, e a Regência Trina passou a ser comandada por um só regente, eleito pelo voto censitário, e as províncias passaram a ter assembleias legislativas. O padre Feijó concorreu às eleições e foi eleito Regente do Império, cargo que ocupou a partir do dia 12 de outubro de 1835. Nesse tempo, enfrentou violentas oposições e as revoltas Farroupilha, no Rio Grande do Sul, e Cabanagem, no Grão-Pará. Cansado das lutas que travava contra os inimigos e uma paralisia que começava a enfraquecer sua saúde, renunciou ao cargo no dia 19 de setembro de 1837, passando o poder ao Dr. Araújo Lima. 

Voltando para São Paulo, liderou a Revolução Liberal de Sorocaba, com o brigadeiro Rafael Tobias Aguiar, contra o Partido Conservador, que estava no poder. Já em cadeira de rodas, foi vencido pelas tropas do governo, e preso pelo Barão de Caxias. Levado para o Rio de Janeiro, chegou à Baía da Guanabara no dia 23 de julho de 1842, em companhia do senador Nicolau Vergueiro. Da Baía da Guanabara foi levado para o Espírito Santo, onde permaneceu em Vitória por cinco meses. 

De volta a São Paulo, reassumiu sua cadeira no senado, onde fez um inflamado discurso contra o Ministério no dia 12 de janeiro de 1843. Esperando o resultado da sua sentença, condenatória ou não, e já debilitado pela doença, o padre Feijó faleceu, no dia 10 de novembro de 1843. 

Pensamento do padre Antônio Feijó:
* O coração nunca envelhece. Basta um sorriso, um nada, um alvoroço, e tudo nele se ilumina e aquece.  

Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA de Educação Moral, Cívica e Política. Vol. IV, págs. 406 a 410. São Paulo, Michalany, 1971. 
ROSA, Prof. Ubiratan. Moderna Enciclopédia Brasileira. Vol. II, pág. 290. São Paulo, G. Lopes Ltda., 1979. 
ENCICLOPÉDIA brasileira Globo. 13ª ed. Vol. V. Porto Alegre, Globo, 1974. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

Pascoal Ranieri Mazzili


Pascoal Ranieri Mazzili nasceu em Caconde, São Paulo, no dia 27 de abril de 1910. Advogado, foi coletor federal, quando se especializou em Direito Fiscal e Legislação Fazendária. Foi diretor do Tesouro Público Nacional em 1942 e secretário-geral de Finanças da prefeitura do Distrito Federal em 1946. Em 1947 foi diretor da Caixa Econômica Federal do Rio de Janeiro e em 1948 foi diretor do Banco da prefeitura do Distrito Federal. 

Ainda em 1948 foi chefe de gabinete do ministro da Fazenda, cargo que ocupou até o ano 1950. Em seguida foi eleito diversas vezes deputado federal pelo Partido Social Democrático (PSD) de São Paulo, legislaturas que exerceu entre os anos 1951 e 1966, tendo sido presidente da Câmara dos Deputados entre os anos 1951 a 1965, assumindo, em consequência disso, a presidência da República no ano 1960, em substituição a Juscelino Kubitschek, que visitava Portugal; em 1961, assumiu a presidência da República por ocasião da renúncia de Jânio Quadros; assumiu também quando João Goulart visitou os Estados Unidos em 1962, o Chile e o Vaticano em 1963 e, finalmente, quando João Goulart foi deposto, em 1964, até a posse do novo presidente, Humberto de Alencar Castelo Branco. 

Pascoal Ranieri introduziu no Brasil o sistema parlamentarista de governo, no ano 1946. Em 1965, com a extinção dos partidos políticos e a instalação do bipartidarismo pelo Ato Institucional n.º2, ingressou no Movimento Democrático Nacional (MDB) e candidatou-se, sem sucesso, a deputado federal em 1966.  
Pascoal Ranieri Mazzili faleceu no dia 21 de abril de 1975.     

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)   

Paracelso


Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, conhecido como Paracelso, nasceu no dia 17 de dezembro de 1493, em Einsiedeln, Suíça. Era filho de um fidalgo que exercia a arte da cura, e de uma camponesa, que morreu quando Paracelso ainda era menino. 

Um dia, quando Paracelso e o pai fugiam da guerra, um soldado encontrou o menino vagando pelas serras e resolveu castrá-lo. Mesmo mutilado, o menino jamais perdeu o ânimo e enfrentou a vida com luta e estudos, recebendo do pai instruções sobre botânica, seguindo-o em visitas aos doentes. Aprendeu latim e filosofia com padres beneditinos de Val-de-Lavant, e o prior Trilhemius ensinou-lhe magia e alquimia, e com operários e contramestres aprendeu química mineralógica. 

Aos dezesseis anos foi estudar Medicina na universidade, mas logo desistiu, tornando-se autodidata quando leu livros latinos, gregos, hebraicos, árabes, alquimia, filosofia e quiromancia. 

Tornou-se depois andarilho e frequentou faculdades da Itália, Alemanha, França, as minas da Boêmia e do Tirol. Em alguns lugares recebeu ajuda de reis, e em outros foi preso por charlatanismo. Em Ferrara recebeu insígnia de doutor. Sábio, relacionava o homem com o Universo e via relações entre climas e estações na propagação de doenças. Entendeu que a sujeira afeta mais uma ferida do que o humor, como se pensava em sua época. 

Por causa dos seus conhecimentos em astrologia e alquimia, usava o ferro, o enxofre, o sal e o mercúrio no combate a grandes epidemias e a sífilis, comuns naquele tempo. Tornou-se professor da universidade da Basileia, porém se vestia humildemente, intitulando-se “médico dos pobres”, sendo humilhado pelos seus colegas de profissão.        

Ficou célebre por causa de algumas curas e introduziu o ópio, o mercúrio, o antimônio e uso de extratos de tinturas em suas terapêuticas. Foi o introdutor da química na prática farmacêutica. 
Para ele, a experiência é a fonte do saber, e a caridade, a base da prática médica. Paracelso faleceu vitimado por uma doença sutil, no dia 24 de setembro de 1541, no hospital de Salzburgo, deixando muitos inimigos e vários livros escritos. 

Bibliografia:
DICIONÁRIO Universal de Curiosidades, vol.5, págs. 1258-1260. Comércio e importação de livros Cil S.A., São Paulo, 1968.     

(Texto: Eliza Ribeiro - Foto: internet)

sexta-feira, 22 de março de 2013

Um ser especial


Há situações que nos comovem; por exemplo, outra noite, voltando para casa, no meio do caminho encontrei uma cadelinha. Por ela estar sozinha, na rua, imaginei que ela havia sido abandonada por alguém, simplesmente por ser fêmea, como é de costume se abandonar cadelas e gatas bebês, pelo fato de um dia procriarem e encher os lares de novos seres.


Então, eu voltava para casa, envolta em meus pensamentos, quando esta figurinha aí ficou à minha frente dando pulinhos e me olhando triste assim... Tirei minha câmera fotográfica da bolsa e comecei a fotografá-la, e ela começou a correr de um lado para outro, me acompanhando, enquanto eu seguia meu caminho. Fiquei logo imaginando como eu faria para cuidar dela, já que me seguia, enquanto ia para casa e ela me seguia na frente, dando pulinhos e fazendo caretas, talvez pensando que eu quisesse brincar. Mil pensamentos me ocorreram, inclusive com qual nome eu a chamaria...

Mas em nosso caminho havia uma poça d'água de uma chuva caída no dia anterior, e ela parou para beber água... Água suja, não importa, ela se deparou com algo que lhe ajudaria muito mais do que eu, naquele momento... E ao por sua linguinha naquela água esqueceu-se de mim; chamei-a várias vezes porém ela não me olhou, sequer... Segui meu caminho, cheguei em casa e aquela cadelinha não saiu mais do meu pensamento. Passo muitas vezes por aquele mesmo caminho, mas não a vi mais... Ficou triste meu coração, ficou uma saudade para sempre... Espero que ela esteja bem, onde estiver, e que tenha encontrado um lar de verdade, não as ruas tão cheias de armadilhas, fome e sede...

(Texto e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

quinta-feira, 21 de março de 2013

E a seca do nordeste?

Dois anos sem chover no nordeste provoca um caos sem precedentes na história brasileira: mais de doze milhões de pessoas estão sem água sequer para beber, quanto mais para cozinhar e manter a higiene de seus lares e de si mesmas... De quem é a culpa?

O fenômeno da estiagem sempre existiu na história brasileira; há relatos dela nos anos de 1660, como também as promessas de se acabar com ela. A tranposição do Rio São Francisco é projeto do tempo do Império; muitos homens passaram pelo governo brasileiro sem sequer imaginar qualquer solução, a não ser a famigerada história dos carros-pipa, que são mais uma humilhação para os nordestinos do que solução. Sem contar que através da história milhões de pessoas morreram de fome, e ainda morrem, por causa da estiagem. 

É certo que muita coisa mudou, depois do governo do presidente Lula. A bolsa-família ajuda um pouco no combate à fome, mesmo não sendo a solução. Pior era antes dele, pois durante as secas os governos mandavam umas cestas básicas que nem mesmo se podia chamar de esmola; devia-se ter posto o nome de: "Cestas-humilhação". Para se ter uma ideia, mandava-se naquela cesta um tipo de feijão que, quanto mais se cozinhava, mais duro ficava... Nem mesmo os porcos mereciam comê-lo... 

É certo que a transposição do rio São Francisco está numa primeira fase quase concluída, mas ainda serão dois anos ou mais para a entrega da obra ao povo nordestino, embora o projeto final ainda seja entregue lá pelo ano 2025, e olhe lá... Mesmo assim é uma humilhação para uma região que contribui de forma soberba com os impostos Federais e passe por um sofrimento tão grande quanto antigo...  

Que tipo de políticos ainda terá o Brasil: incapazes, corruptos, alienados?...          

(Texto e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB) 
  

Enchente no sudeste

Sempre a velha história: chuvas derrubam árvores, interditam pontes, estradas, matam pessoas, no Brasil, principalmente no sudeste... O governo Federal é acionado, solta milhões em verbas, que não aparecem nas mãos dos desabrigados...

Além de tudo há a construção de casas e apartamentos, pela CEF, através do projeto "Minha casa minha vida" que aparecem como obras defeituosas em lugares de mangue, em lugares inadequados...

Diante desse quadro, a pergunta que não quer calar: de quem é a culpa? O Governo Federal solta as verbas e não fiscaliza seu emprego; é omisso, acima de tudo... E é omisso o Ministério Público, que nem se manifesta a respeito, sendo ele um órgão fiscalizador do erário. É omisso o próprio povo que não corre atrás a saber de seus direitos, a saber onde e como está indo a construção de suas casas, a que tanto tem direito. É a CEF confiável em seu dever de honrar o compromisso que recebe do Governo Federal de ser a responsável pelas obras do projeto "Minha casa minha vida?

De quem é a culpa do povo brasileiro morar tão mal, mesmo tendo tantos milhões sendo destinados à construção de moradias populares? O povo se espreme nas periferias das grandes cidades, muitas vezes deixando um certo conforto em sua terra natal, para se aventurar em grandes centros urbanos sem qualquer estrutura física, financeira, para se manter enquanto arruma emprego... De quem é a culpa, afinal, se cidades inteiras são dizimadas pelas enchentes, ano após ano, décadas a perder de vista?

(Texto: Eliza Ribeiro - foto: internet)         

Germânio


Símbolo: Ge
Massa atômica: 72,61
Número atômico: 32
Ponto de fusão: 1211,40 K (938 ºC)
Ponto de ebulição: 3106 K (2820 ºC)
Ano da descoberta: 1886
Autor da descoberta: Clemens Alexander Winkler.
Origem do nome: Homenagem à Alemanha, cujo nome latino é Germânia.
Significado:   –
Utilidades: Prisma infravermelho, refletor de projetor, odontologia, etc.


Características:
O germânio é um metal sólido, duro, cristalino, de coloração branco acinzentada, lustroso, quebradiço. É semicondutor utilizado em transístores e fotodetetores. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

Gálio


Símbolo: Ga
Massa atômica: 69,723
Número atômico: 31
Ponto de fusão: 302,9146 K(29,78 ºC)
Ponto de ebulição: 2477 K (2237 ºC)
Densidade: 5,91 g/cm³
Ano da descoberta: 1875
Autor da descoberta: François Lecoq de Boisbaudran
Origem do nome: Homenagem à França, cujo antigo nome era Gália.
Significado:         –
Utilidades: Termômetro de quartzo, memória para computador, circuitos integrados, detector de tumores, etc.

Características:
O gálio é o metal com menor ponto de fusão que existe até o momento, tanto que derrete na palma da mão. Tem coloração prateada brilhante,quando sólido. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)  

terça-feira, 19 de março de 2013

Furacão

Havia isto em meus olhos:
Solidão...
Vieste qual vento forte
Habitar em mim...
Pensei que seria outra ilusão...

A ferro e fogo lutei contra mim,
Lutei contra os caprichos do coração...
Basta!... Foi como visitar o mar
E morrer na praia: desastre sem perdão!

À mercê da tua palavra, do teu riso,
Fiquei como andarilha em tua mão...
Fiquei sem minha palavra, sem meu riso,
Quando temi pela tua ida sem volta: solidão!

Oh, mas me enganei! Será?
Não tens mais força para partir...
Cabelos grisalhos, os meus e os teus...
Sossega, meu coração,
Pois sem mim ele não sabe aonde ir!

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

Deus (Alexandre Herculano)


Nas horas de silêncio, à meia-noite,
Eu louvarei o Eterno!
Ouçam-me a terra, e os mares rugidores,
E os abismos do inferno.
Pela amplidão dos céus meus cantos soem,
E a Lua resplendente
Pare em seu giro, ao ressoar nest'harpa
O hino do Onipotente.

Antes de tempo haver, quando o infinito
Media a eternidade,
E só do vácuo as solidões enchia
De Deus a imensidade,
Ele existia, em sua essência envolto,
E fora dele o nada:
No seio do Criador a vida do Homem
Estava ainda guardada;
Ainda então do mundo os fundamentos
Na mente se escondiam
De Jeová, e os astros fulgurantes
Nos céus não se volviam.

Eis o Tempo, o Universo, o Movimento
Das mãos solta o Senhor.
Surge no Sol, banha a Terra, desabrocha
Nesta a primeira flor;
Sobre o invisível eixo range o globo;
O vento o bosque ondeia;
Retumba ao longe o mar; da vida a força
A natureza anseia!

Quem, dignamente, ó Deus, há-de louvar-Te,
Ou cantar Teu poder?
Quem dirá de Teu braço as maravilhas,
Fonte de todo o ser,
No dia da Criação; quando os tesouros
Da neve amontoaste;
Quando da Terra nos mais fundos vales
As águas encerraste?!

E eu onde estava quando o Eterno os mundos,
Com destra poderosa,
Fez, por lei imutável, se livrassem
Na mole ponderosa?
Onde existia então ? No tipo imenso
Das gerações futuras;
Na mente do meu Deus. Louvor a Ele
Na Terra e nas alturas!
Oh, quanto é grande o rei das tempestades,
Do raio e do trovão!
Quão grande o Deus, que manda, em seco estio,
Da tarde a viração!
Por Sua providência nunca, embalde,
Zumbiu mínimo insecto;
Nem volveu o elefante, em campo estéril,
Os olhos inquieto.
Não deu Ele à avezinha o grão da espiga,
Que ao ceifador esquece:
Do norte ao urso o sol da Primavera,
Que o reanima e aquece?
Não deu Ele à gazela amplos desertos,
Ao certo a amena selva,
Ao flamingo os pauis, ao tigre o antro,
No prado ao touro a relva?
Não mandou Ele ao mundo, em luto e trevas,
Consolação e luz?
Acaso em vão algum desventurado
Curvou-se aos pés da Cruz?
A quem não ouve Deus? Somente ao ímpio
No dia da aflição,
Quando pesa sobre ele, por seus crimes.
Do crime a punição.

Homem, ente imortal, que és tu perante
A face do Senhor?
És a junça do brejo, harpa quebrada
Nas mãos do trovador!
Olha o velho pinheiro, campeando
Entre as neves alpinas:
Quem irá derribar o rei dos bosques
Do trono das colinas?
Ninguém! Mas ai do abeto, se o seu dia
Extremo Deus mandou!
Lá correu o aquilão: fundas raízes
Aos ares lhe assoprou.
Soberbo, sem temor, saiu na margem
Do caudaloso Nilo,
O corpo monstruoso ao Sol voltando,
Medonho crocodilo.
De seus dentes em roda o susto habita:
Vê-se a morte assentada
Dentro em sua garganta, se descerra
A boca afogueada:
Qual duro arnês de intrépido guerreiro
É seu dorso escamoso;
Como os últimos ais de um moribundo
Seu grito lamentoso:
Fumo e fogo respira quando irado;
Porém, se Deus mandou,
Qual do norte impelida a nuvem passa,
Assim ele passou!

Teu nome ousei cantar! Perdoa, ó Nume;
Perdoa ao teu cantor!
Dignos de ti não são meus frouxos hinos,
Mas são hinos de amor.
Embora vis hipócritas te pintem
Qual bárbaro tirano:
Mentem, por dominar com férreo ceptro
O vulgo cego e insano.
Quem os crê é um ímpio! Recear-te
É maldizer-te, ó Deus;
É o trono dos déspotas da Terra
Ir colocar nos Céus.
Eu, por mim, passarei entre os abrolhos
Dos males da existência
Tranquilo, e sem temor, à sombra posto
Da Tua Providência.

(Poesia: Alexandre Herculano - Foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

Gadolínio


Símbolo: Gd
Massa atômica: 157,25
Número atômico: 64
Ponto de fusão: 1586 K (1.313 ºC)
Ponto de ebulição: 3546 K (3273 ºC)
Ano da descoberta: 1880
Autores da descoberta: Jean Charles Galissard de Marignac e Boisbaudran
Origem do nome: Homenagem ao químico francês Johan Gadolin.
Significado:             –
Utilidades: Aço cromo, ímã permanente, tubo para raios x, captor de nêutrons, memória para computador, etc.

Características: 
À temperatura ambiente encontra-se em estado sólido, sendo fortemente magnético. É branco prateado, maleável, dúctil, com brilho metálico.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

segunda-feira, 18 de março de 2013

Padre Antônio Vieira


O padre Antônio Vieira nasceu em Lisboa no dia 6 de fevereiro de 1608, de família humilde. Seu pai chamava-se Cristóvão Vieira Ravasco, e sua mãe chamava-se Maria Azedo. Veio para o Brasil, desembarcando na Bahia, quando tinha seis anos de idade, acompanhando seu pai, que foi nomeado escrivão dos Agravos e Apelações da Relação da Bahia. Fez seus primeiros estudos com sua mãe, e depois ingressou no Colégio dos Jesuítas, onde estudou artes e humanidades. Aos quinze anos de idade fugiu de casa para ingressar no noviciado da Companhia de Jesus, no dia 5 de maio de 1623, também na Bahia. Preparando-se para ser jesuíta, suspendeu seus estudos literários por dois anos, quando, em 5 de maio de 1625, fez seus votos de pobreza, castidade e obediência. Aos vinte anos de idade já dominava o latim, a filosofia e a teologia. Depois se mudou para o colégio de Olinda, Pernambuco, onde ensinou gramática e humanidades.  

Ao tornar-se padre jesuíta, novamente na Bahia, depois de celebrar sua primeira missa, viajou pelo interior da Bahia por cinco anos, onde fazia pregações, despertando seu talento para a oratória. No ano 1641 viajou a Lisboa acompanhando dom Fernando de Mascarenhas, filho do governador-geral do Brasil, o Marquês de Montalvão, para saudar, em nome do Brasil, o novo rei de Portugal, dom João IV. Ganhando a confiança do rei, Vieira fez seu primeiro sermão em Portugal no dia 1º de janeiro de 1642, em apoio à monarquia portuguesa. Por causa disso, foi convidado para pregar na Capela Real, onde foi nomeado pregador régio por dom João IV no ano 1644. 

O rei também aproveitou o talento de Vieira para a diplomacia, quando o jesuíta foi encarregado de missões de diplomacia na Holanda, França e Inglaterra, na tentativa de negociar a paz entre os inimigos lusitanos, já que naquele tempo Portugal estava em guerra com a Espanha e a Holanda, que ocupavam territórios portugueses na América e na África. Por quase dez anos Vieira foi emissário do Reino, tendo entrada franca no Paço Real, participava de reuniões com o rei e seus ministros, encontrava-se com a rainha e os infantes e tinha livre acesso às secretarias de estado. Exerceu ainda a função de mestre do príncipe-herdeiro, dom Teodósio. 

Foi nomeado bispo para fazer uma viagem à Europa. Ao voltar para Lisboa, afastou-se da corte e pediu aos seus superiores jesuítas para voltar ao Brasil. Só conseguiu ser atendido um ano depois, através de dom Teodósio, e embarcou para o Brasil no dia 22 de novembro de 1652. Durante a viagem, resolveu ficar um tempo em Cabo Verde, onde seus sermões causaram admiração no povo. Foi convidado a ficar, porém seguiu viagem, quando chegou ao norte brasileiro no ano 1653 e viajou pela Amazônia, onde visitou desde a Serra do Ibiapaba até o rio Tapajós, numa viagem de mais de mil e quatrocentas léguas. Chegou depois ao Maranhão, encontrando o estado independente do Brasil, mas submisso a Portugal. Lá, não foi bem recebido nem pelo governador nem pelo povo, pois os jesuítas defendiam a liberdade dos índios escravizados. Nesse tempo perdeu seu amigo dom Teodósio, que faleceu em Portugal.  

No ano seguinte, em 1654, retornou à Portugal para expor ao rei dom João IV a grave situação dos índios maranhenses, que eram escravizados, torturados e assassinados. Durante a viagem, o navio foi interceptado por corsários holandeses, que saquearam o barco e obrigaram os tripulantes e passageiros a desembarcarem numa ilha dos Açores. Vieira passou algum tempo lá, pregando na Ilha de São Miguel, onde fez sermão de Santa Teresa. Chegando a Portugal, encontrou o rei dom João IV enfermo, mas logo recuperou a saúde e ouviu do padre Vieira a situação dos índios. O rei então organizou uma junta especial de missões com poderes para lutarem em favor dos índios. Com a autorização Real, Vieira regressou ao Brasil, encontrando o Maranhão com um novo governador, André Vidal de Negreiros, que apoiou os jesuítas em questões indígenas. Porém, a violência contra os índios logo foi restabelecida, porque o rei dom João IV faleceu em Portugal, no ano 1656, e em 1657 André Vidal de Negreiros foi transferido do Maranhão, o que motivou Vieira a viajar novamente para Lisboa, no ano 1662. 

Em Portugal, não conseguiu o apoio do novo rei, dom Afonso. Procurou então apoio do partido de dom Pedro, irmão de dom Afonso, que pretendia a regência do reino. Por causa dessa atitude, Vieira foi desterrado para o Porto e preso, ficando encarcerado por três anos, mas foi libertado por dom Pedro, depois da deportação de dom Afonso. 

Livre, mas desiludido, viajou para Roma, quando foi recebido pelo Papa, sagrando-se como grande orador. Recebeu e aceitou o convite para ser o confessor da ex-rainha da Suécia, recém-convertida ao catolicismo, mas não se desligou dos assuntos portugueses, correspondendo-se com importantes personalidades do reino. Recebeu então convite do regente dom Pedro para voltar a Portugal, aonde chegou em 1675, ficando lá por seis anos. Em seguida retornou ao Brasil, no ano 1681, cansado e doente. Retomou sua luta em favor dos indígenas, através dos seus sermões, até seu falecimento, ocorrido no dia 17 de junho de 1697, na Bahia. 

Obras: Padre Antônio Vieira deixou cerca de 200 sermões, 500 cartas e variados estudos literários, históricos e políticos. 

Pensamentos de Padre Antônio Vieira: 
* “A aurora é o riso do céu, a alegria dos campos, a respiração das flores, a harmonia das aves, a vida e alento do mundo”. 
* “Porque nesta vida só a graça de Deus é verdade e tudo que não é graça de Deus, é vaidade e mentira”. 
* “A verdade é filha legítima da justiça, porque a justiça dá a cada um o que é seu”. 
* “O amor que não é de todo o tempo e de todos os tempos, não é amor nem foi amor, porque se chegou ao fim nunca teve princípio”. 
* “Não é miserável a república onde há delitos, senão onde falta o castigo deles, que os reinos e os impérios não os arruínam os pecados por cometidos, senão por dissimulados”. 
* “Da ociosidade nasce a imaginação, da imaginação a suspeita, da suspeita a mentira”. 
* “O tempo tira ao amor a novidade, a ausência tira-lhe a comunicação, a ingratidão tira-lhe o motivo”. 
* “Os homens são como os olhos: vendo tudo não se veem a si próprios”.  
* “Tudo vence um coração que não se deixa vencer”.   
* “Os homens de “havemos de fazer” nunca farão nada”. 
* “A esperança é o último remédio que a natureza deixou a todos os males”.
* “A esperança é um afeto que, suspirando sempre por ver, vive de não ver e morre com a vista”.  

Bibliografia: 
   ENCICLOPÉDIA de Educação Moral, Cívica e Política. Vol. IV, págs. 378 a 381. São Paulo, Michalany, 1971. 
LIVRO Língua Portuguesa. Vol. II, pág. 112. São Paulo, Editora do Brasil S.A., 1969.
   REVISTA Notícias – Jesuítas do Brasil –, n.º 214. Sociedade Cult. e Benef. Pe. Reus, Porto Alegre, (RS), julho de 1997.       

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)