quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

La Fontaine


Jean de La Fontaine nasceu no dia 13 de julho de 1621, em Château-Tierry, na região francesa de Champanha. Desde pequeno não gostava nem de estudar nem de trabalhar, pois o pai ganhava bom salário como superintendente de Águas e Florestas. 

Como lia muitos livros religiosos emprestados pelo seu tio, o cônego de Soissons, resolveu entrar para o Oratório de Reims, em 1641. Depois de 18 meses abandonou a vida eclesiástica e estudou e se formou em Direito, mas não exerceu a profissão. Em 1647, com 26 anos de idade, casou-se com Marie Héricart, com 16 anos e um dote de 20.000 libras, um casamento arranjado por seu pai. Com a morte do pai, em 1658, La Fontaine herdou seu emprego, mas deixou a mulher e os filhos, e vendeu o emprego para ir morar em Paris. Na capital frequentou ambiente literário, onde conheceu poetas, escritores e dramaturgos como Madame de Sévigné, Boileau, Racine e Moliere. Tornou-se amigo dos três últimos e com eles recebeu o apelido de “Sociedade dos quatro amigos”. Sua vocação poética surgiu com a leitura de uma ode de Françoise de Malherbe, mas também gostava de ler Isaac de Neserade e Vincent Voiture. Por esse tempo começou a escrever versos, epístolas, epigramas e baladas. 

Depois de 4 anos em Paris, traduziu o “Eunuco”, de Terêncio (1654), escreveu a comédia “Clymène” (1659) e o poema “Adônis”. Com a proteção do superintendente Fouquet, escreveu o “Sonho de Vaux”, “Ode ao rei”, em homenagem ao seu protetor Fouquet, quando este foi preso por ordem do rei, e a “Elegia às ninfas do Vaux” (1661). 

Tornou-se conhecido a partir do ano 1664, quando publicou seus contos e fábulas, versando temas trabalhados por Boccaccio, Ariosto e outros escritores italianos.  Com suas primeiras fábulas, dedicadas ao filho de Luís XIV, conseguiu do rei uma pensão de 1.000 francos. 

Sem a proteção de Fouquet, passou a ser protegido pela duquesa de Bevillon e pela duquesa de Orléans; em 1672 tornou-se hóspede de Madame de La Sablière até o ano 1693, com o falecimento desta. A partir daí tornou-se hóspede de Madame D’Hervart. Em 1684 foi eleito para a Academia Francesa de Letras, quando o rei Luís XIV deixou de persegui-lo, graças às suas “Fábulas escolhidas postas em verso”, publicadas entre os anos 1668 e 1694. 

Seus últimos escritos literários são “Discurso à Sra. de La Salière” (1684), “Filêmon e Baucis” (1685) e a “Epístola a Huet” (1687). Já velho e doente, em 1692 converteu-se e renegou seus contos. Deixou ainda cartas dirigidas à sua esposa (1663) e ao seu amigo Maucroix. La Fontaine faleceu no dia 13 de abril de 1695, na pensão de Madame D’Hervart. 

Pensamento de La Fontaine: 
* Paciência e tempo dão mais resultado que a força e a raiva. 

Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA Ilustrada Semanal Conhecer. Vol. 8, fascículo 119, pág. 2010. São Paulo, Abril, 1966. 
ENCICLOPÉDIA Delta Larousse. Vol. VII, págs. 3375 a 3376. Rio de Janeiro, Delta S.A., 1967. 
DORÉ, Gustave. Fábulas de La Fontaine. Rio de Janeiro, Ebal S.A., 1993. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

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