domingo, 10 de fevereiro de 2013

Goya


Francisco José de Goya y Lucientes nasceu no ano 1746, na cidade aragonesa de Fuendetodos, Saragoça. Era de família humilde e desejava ser pintor. Recebeu aulas do professor Luzán, mas em determinado momento abandonou a pintura para ser toureiro. Essa profissão lhe ajudou a conhecer gente importante, lugares diferentes e costumes populares que influiria sua arte. 

Em 1767 viajou para Roma, onde retornou ao trabalho da pintura, quando pintou o retrato do Papa Benedito XIV. Na pintura, foi influenciado pelo pintor francês Louis David, mas essa influência se reteve à política. Também aproveitou a oportunidade para estudar os grandes escritores italianos e aprimorar seus estudos. 

De volta a Saragoça, Goya começou a copiar os retratos de antigos mestres, como os de Velásquez, o que ajudou a conseguir fama em Madri, para onde se mudou. De Velásquez, copiou “As meninas”, “Niño de Vallecas”, “Os Borrachos”, “Esopo”, etc., em água-forte. Genioso, tornou-se amigo dos pintores Maella e Bayeu, ambos formados na escola de Mengs. Depois, tornou-se cunhado de Bayeu quando se casou com sua irmã Josefa Bayeu. 

Ficou mais prestigiado quando recebeu uma encomenda da casa de Osuna para a capela de São Francisco do Borja, na Catedral de Valença. Para a capela pintou duas telas: “O Marquês de Lombay despedindo-se de sua família” e “São Francisco do Borja assistindo um moribundo impenitente”, de características realistas. 
Por causa da amizade com os pintores Maella e Bayeu, Goya foi nomeado pintor do palácio, pelo rei Carlos III, em 1776. Entre os anos 1776 e 1791 pintou numerosos cartões para a Fábrica Real de Tapetes, com motivos populares. Em 1780 foi aceito na Academia de São Bernardo, e sua arte invadiu suntuosos palácios. Nesse período pintou cenas populares, como as touradas e temas históricos e religiosos. 

Em agosto de 1790 viajou para Valença, por causa da saúde frágil de sua esposa que precisava tomar banhos de mar. Naquela cidade pintou o retrato do seu cunhado e pintor Bayeu. De volta a Madri, Goya pintou obras-primas que enriqueceram os museus de Valença, Madri e Paris, além de coleções particulares, igrejas e museus estrangeiros. Destaca-se destas obras os afrescos da ermida de Santo Antônio da Flórida e as “Duas Mayas”, do museu do Prado. Outra obra-prima de Goya foi o retrato do guerrilheiro dom Juan Martín Díaz, pintado em 1812, quando ele visitou Madri em companhia do general britânico Wellington, que também foi retratado. 

Goya pintou uma coleção de oitenta estampas. Alguns trabalhos são geniais, como “Tântalo”, “Que sacrifício”, “Deus a perdoe, era sua mãe”, “Noite má”, etc. Também em sua arte retratou as atrocidades da guerra da independência que assolava o seu país naquele período. O quadro “Os fuzilamentos do 3 de maio” foi um deles. Mesmo sendo patriota, Goya foi exilado em 1814. Foi morar em Bordéus, e, acometido por uma surdez e uma cegueira, faleceu no exílio em 1828. Seus restos mortais foram sepultados, algum tempo depois, na ermida de Santo Antônio da Flórida, em Madri. 

Bibliografia: 
NOVO Tesouro da Juventude. Vol.XII, págs. 259 a 266. São Paulo, Opus, 1980. 
ENCICLOPÉDIA Delta Larousse. Vol.VIII, págs. 4131 a 4132. Rio de Janeiro, Delta S.A., 1967.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet) 

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