Felipe dos Santos Freire nasceu em Lisboa no ano 1691. Veio para o Brasil já casado com dona Tereza Maria Caetana, em busca de fortuna.
Começou a trabalhar num jornal pertencente a Pascoal da Silva Guimarães, que muito o estimava. No ano 1720 liderou uma revolta em Vila Rica contra o governador da capitania, o capitão-general Conde de Assumar, por causa da criação de uma casa de fundição, considerada lesiva aos mineradores, que recebiam só pequenas quantidades de ouro das grandes quantidades encontradas.
O Conde de Assumar quis enfrentar os rebeldes com seus Dragões, mas usou uma estratégia: cedeu às pressões dos rebeldes entregando a José Peixoto, representante dos rebeldes, uma declaração de perdão autenticada com o selo das Armas Reais. Porém, pouco tempo depois, no dia 16 de julho do mesmo ano, ele entrou na cidade com 1.500 homens, que incendiaram as choupanas dos rebeldes e prenderam todos eles.
Felipe dos Santos estava naquele momento reunido com o povo no adro da igreja da Cachoeira, quando foi preso. Submetido a julgamento sumário, foi condenado à pena de morte, para servir de exemplo.
Na presença do Conde, Felipe dos Santos declarou que “morria sem arrepender-se do que fizera e certo de que o canalha do rei haveria de ser esmagado pelo patriotismo dos brasileiros”. Assim, no mesmo dia foi enforcado em praça pública, depois seu corpo foi descido do patíbulo e amarrado à cauda de um cavalo bravio para ser arrastado pelas ruas da cidade e feito em pedaços.
Bibliografia:
ROSA, prof. Ubiratan. Moderna Enciclopédia Brasileira. Vol. 2, pág. 548. São Paulo, Lopes Ltda., 1979.
CARVALHO, Geraldo Magela de. Atlas Ecos de Biografias, págs. 15 a 16. João Pessoa, Ecos, 1977.
(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)
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