Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga nasceu no Paço Imperial de São Cristóvão, hoje Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, no dia 2 de dezembro de 1825. Era filho do Imperador dom Pedro I e da Imperatriz dona Leopoldina.
Era o 7º filho, 3º varão, porém seus irmãos mais velhos faleceram, o que o levou a ser herdeiro do trono brasileiro. Com apenas 5 anos de idade herdou o trono brasileiro, pela abdicação do seu pai, o Imperador dom Pedro I, tendo como tutor da sua educação José Bonifácio. O Brasil então passou a ser governado por uma regência, até que ele foi declarado maior, no dia 23 de julho de 1840, quando tinha 15 anos de idade, por decisão do Congresso.
Em 30 de maio de 1843 casou-se com dona Tereza Cristina Maria de Bourbon, filha de Francisco II, das Duas Sicílias. Por seu temperamento terno e bondoso, recebeu ela o título de “mãe dos brasileiros”.
Durante seu governo, que durou quase 50 anos, dom Pedro II enfrentou muitas revoltas populares e 3 guerras externas. Algumas dessas lutas internas foram: a Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul, que durou 10 anos; revolução em São Paulo e Minas Gerais, em 1842; a Revolta Praieira, em Pernambuco, em 1848; de 1849 a 1851 enfrentou a guerra contra Rosas, o ditador da Prata; de 1864 até 1870 enfrentou a Guerra do Paraguai. A partir de 1880 enfrentou a “Questão Militar”, que culminou com a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.
Realizou importantes obras, tais como a instalação do serviço telefônico, a construção da 1ª estrada de ferro, desenvolveu as culturas do café, da cana, algodão e fumo. Investiu nas artes e nas letras e deixou um acervo de mais de 25 mil fotografias, algumas tiradas por ele mesmo ou compradas. Culto, falava várias línguas.
Com a proclamação da República, foi obrigado a deixar o país, com toda a Família Imperial, num prazo de 24 horas, recebendo a proposta de uma pensão vitalícia de 100 mil réis por mês, pensão que não aceitou.
Antes de voltar a Portugal, mandou uma mensagem a Deodoro da Fonseca: “Conservarei do Brasil a mais saudosa lembrança, fazendo ardentes votos por sua grandeza e prosperidade”.
Ao chegar a Portugal, dom Pedro II perdeu sua esposa, dona Tereza Cristina, que faleceu na cidade do Porto, no dia 28 de dezembro de 1889. Depois da perda da esposa, foi morar em Paris, onde viveu pobremente até sua morte, aos 66 anos de idade, num modesto quarto do Hotel Bedford, no dia 6 de dezembro de 1891.
Pouco antes de falecer, disse: “Nunca me esqueci do Brasil. Morro pensando nele. Deus o proteja!”. Foi colocado sob sua cabeça um travesseiro contendo terras brasileiras, que ele levou ao ser exilado. Seus funerais na França foram feitos com muita solenidade, e respeitosamente assistidos pelos parisienses.
Em 1920, com a revogação do ato de banimento da Família Imperial, os seus restos mortais, juntamente com os da sua esposa, foram trazidos para o Brasil, onde estão sepultados no Mausoléu da Catedral de Petrópolis.
A cidade de Petrópolis tem esse nome em sua homenagem, e Teresópolis em homenagem a dona Tereza Cristina.
Bibliografia:
ENCICLOPÉDIA Pesquisando na Escola. Vol. 4, págs. 65 a 66. São Paulo, Ícone, 1988.
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. VIII. Porto Alegre, Globo, 1974.
DICIONÁRIO Universal de Curiosidades. Vol. 5, pág. 1280. São Paulo, Cil Ltda., 1966.
(Texto: Eliza Ribeiro -Taperoá - PB - Foto: internet)
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