Henrique Dias nasceu possivelmente no ano 1600, na capitania de Pernambuco, e era filho de escravos libertos.
Quando os holandeses invadiram o nordeste em 1630, Henrique Dias formou um pequeno batalhão de negros e em 1633 alistou-se nas tropas de Matias de Albuquerque para combater os invasores. Matias de Albuquerque concedeu a Henrique Dias o posto de capitão, antes escolhido por seus comandados. No campo de batalha, destacou-se no combate de Igaraçú, sendo ferido por duas vezes.
Em 1635, com a retirada de Matias de Albuquerque para Alagoas, Henrique Dias caiu prisioneiro dos holandeses, mas logo foi libertado. Voltou ao combate, participando da reconquista de Goiana, e em 1637 participou da batalha de Porto Calvo, sob o comando do índio Poti, batizado com o nome de Antônio Filipe Camarão. Nessa batalha perdeu a mão esquerda, porém continuou na luta depois de alguns curativos.
Em 1645 participou da Insurreição Pernambucana, contra os holandeses, mesmo sem autorização do rei dom João IV; participou das duas batalhas de Guararapes, saindo-se ferido oito vezes em lutas. Por seu heroísmo, o rei dom João IV concedeu-lhe a patente de mestre-de-campo, o título de Cabo e governador dos Crioulos, Negros e Mulatos do Brasil, o Hábito da Ordem de Cristo e o foro de fidalgo.
Henrique Dias faleceu em 1662, oito anos depois da expulsão dos holandeses do Brasil, na capitania de Pernambuco, sua terra natal.
Bibliografia:
ENCICLOPÉDIA de Educação Moral, Cívica e Política. Vol. IV, págs. 376 a 377. São Paulo, Michalany, 1971.
ROSA, Prof. Ubiratan. Moderna Enciclopédia brasileira. Vol. I, págs. 213 a 214. São Paulo, G. Lopes Ltda., 1979.
(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)
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