sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Vasco da Gama

O fidalgo e navegador português Vasco da Gama nasceu em Sines, no ano 1469. Era filho do alcaide-mor Estevão da Gama e de dona Isabel Sodré. 
Ainda jovem lutou na África, nos reinados de dom Afonso IV e dom João II, onde desempenhou importantes missões. Foi designado pelo rei dom Manuel I para comandar uma expedição para encontrar o caminho marítimo para as Índias. 

A frota era composta de 4 caravelas: “São Gabriel”, a capitânia; “Berrio”, comandada por Nicolau Coelho; “São Rafael”, comandada por Paulo da Gama, irmão de Vasco da Gama, e uma quarta, comandada por Gonçalo Nunes, aonde iam os mantimentos. Tinha a bordo 160 tripulantes, além de levarem mapas, aparelhos de utilidades e mantimentos para três anos. 
Antes de partirem, os capitães beijaram a mão do rei, e Vasco da Gama ajoelhou-se diante dele e, tomando em suas mãos a bandeira da Ordem de Cristo, jurou fidelidade ao monarca. Dom Manuel I entregou a Vasco da Gama mensagens ao samorim de Malabar, Calecute, solicitando liberdade de comércio para os lusos.  

A viagem começou no dia 8 de julho de 1497, partindo a frota do rio Tejo, em Lisboa. De início, tudo transcorreu normalmente, até a linha do equador. A partir daí a viagem seguiu rumo desconhecido. Com o avanço no mar, a caravela “São Gabriel” salvou-se milagrosamente de uma tempestade, e logo se avistou a Baía de Santa Helena, e no dia 24 de novembro do mesmo ano grumetes avistaram o Cabo da Boa Esperança. Seguindo viagem, chegaram ao oceano Índico ou “Mar das Índias”. Pelo natal a expedição chegou à parte oriental da África. 

De lá, a expedição partiu costeando até o reino de Monomotapa, sendo bem recebida pelo rei Monoemugi e seu povo – os cafres. Vasco da Gama batizou esse novo mundo de “Terra da Boa Gente”. Seguindo viagem, descobriu a foz do rio Zambese, onde os árabes já negociavam com os nativos. No dia 14 de abril a expedição chegou a Moçambique. Contornando a costa, chegou à Quiloa (atual Tanzânia), Mompaça (atual Quênia). Seguindo para a Índia, as caravelas alcançaram Calecute, na costa do Malabar. Estava no fim da viagem, após dez meses rumo ao desconhecido, no dia 17 de abril de 1498. 

Quando desembarcou em Malabar, Vasco da Gama fez contatos com o samorim (soberano), mas por intrigas dos árabes que temiam a concorrência portuguesa, foram seus tripulantes hostilizados pelos nativos, obrigando a expedição de Vasco da Gama retornar para Lisboa. Durante o retorno, a expedição foi atacada por 8 naus do samorim, saindo-se vencedora do conflito. A primeira caravela a chegar a Lisboa foi a “Berrio”, comandada por Nicolau Coelho, no dia 10 de julho de 1499, dando ao rei a notícia do grande feito. A caravela capitânia chegou ao Tejo no dia 9 de setembro do mesmo ano, depois que o capitão perdeu na viagem o seu irmão Paulo. As embarcações estavam repletas de especiarias e pedras preciosas, porém apenas 35 tripulantes sobreviveram à viagem.

O rei dom Manuel I recebeu Vasco da Gama solenemente, concedendo-lhe o título de “Senhor da conquista, navegação e comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia”, além de grande recompensa em dinheiro, e uma renda anual de 300$000 réis de juros. 
No ano 1502 recebeu o título de “Almirante do mar da Índia” e de dom. No mesmo ano retornou à Índia com 20 embarcações e muita gente armada. Quando chegou a Calecute, atacou os árabes e os nativos de forma implacável, como vingança pelas hostilidades recebidas por ele e seus tripulantes na primeira viagem. Ao retornar a Lisboa, recebeu o título de “Conde de Vidigueira”. 

Em 1524 fez sua terceira e última viagem à Índia, com o título de vice-rei da Índia. Ao desembarcar em Calecute, prendeu o governador dom Duarte de Menezes e alguns fidalgos, mandando-os de volta a Portugal, por causa da desastrosa administração do governador, e fez algumas reformas políticas. 
Na noite do dia 24 de dezembro do mesmo ano Vasco da Gama faleceu em Cochim.  Em 1539 seus restos mortais foram trasladados para Vidigueira e dali para a igreja dos Jerônimos. Deixou sua esposa, dona Catarina de Ataíde, e muitos filhos. 

Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA Ilustrada Semanal Conhecer. Vol. 1, fascículo 15, págs. 232 a 233. São Paulo, Abril Cultural, 1966. 
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. V. Porto Alegre, Globo, 1974. 
ENCICLOPÉDIA Pesquisando na Escola. Vol. 4, pág.78. São Paulo, Ícone, 1988.      

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

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