sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Vital Brazil

Vital Brazil Mineiro da Campanha nasceu em Campanha, Minas Gerais, no dia 28 de abril de 1865. Era filho do tabelião José Manuel dos Santos Pereira Júnior e dona Maria Carolina. 

Mudando-se para São Paulo com a família, lá estudou humanidades e trabalhou como ferroviário, tipógrafo, condutor de bonde e nivelador. Mudou-se depois para o Rio de Janeiro, onde se matriculou na Faculdade de Medicina. Concluiu o curso em 1891, tendo apresentado tese sobre as funções do baço. Fez uma rápida visita à família em São Paulo e viajou para a Europa, especializando-se nos laboratórios de Paris, com os professores Roux, Metchnikoff, Borrel e Mesnil. De volta ao Brasil, montou laboratório em Botucatu, São Paulo, onde clinicou. Interessou-se pela pesquisa do soro antiofídico, ao observar muitas mortes, no interior, causadas pela mordedura de cobras jararaca e cascavel. Casou-se com sua prima Maria conceição Filipina de Magalhães. 

Em 1890 lutou, ao lado de Oswaldo Cruz, contra epidemias de varíola, febre amarela e malária, quando contraiu a doença. Em 1897 foi nomeado ajudante do Instituto Bacteriológico do estado de São Paulo, e encarregado de produzir soro contra a peste bubônica no laboratório do Instituto Bacteriológico na Fazenda Butantã, na periferia da capital paulista. Em 1901 o Instituto passou a chamar-se Instituto Butantã, do qual ele se tornou diretor. Retornou então às pesquisas sobre cobras cascavel e jararaca, quando descobriu o soro antiofídico.  

Em 1915 foi hóspede oficial do Congresso Científico Pan-americano, reunido em Washington, quando salvou um operário do Bronx Park, mordido por cobra venenosa. De volta ao Brasil, em 1919 deixou a direção do Instituto Butantã e fundou no Rio de Janeiro o Instituto Vital Brazil, especializado em higiene, soroterapia e veterinária. 

Em 1924 retornou à direção do Instituto Butantã, ficando no cargo até 1927, quando reassumiu o Instituto Vital Brazil, ficando no cargo até seu falecimento, ocorrido no dia 8 de maio de 1950. 

Deixou escritas várias obras especializadas: 
“Contribuição para o estudo do envenenamento ofídico”, “Envenenamento ofídico e seu tratamento”, “Tratamento do ofidismo”, “O ofidismo no Brasil”, “Dosagem do valor antitóxico dos soros antipeçonhentos” e “As cobras em geral”. 

Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. III. Porto alegre, Globo, 1974. 
PROJETO Memória: Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, Fundação Banco do Brasil/Odebrecht, 2003.  

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

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