quarta-feira, 1 de maio de 2013

Rodrigues Alves


Francisco de Paula Rodrigues Alves nasceu no dia 7 de julho de 1848, na cidade de Guaratinguetá, São Paulo. Iniciou seus estudos em sua cidade natal e fez seus cursos preparatórios no Imperial Colégio dom Pedro II, onde se formou em Letras e eleito o primeiro da turma. Matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, concluindo o curso jurídico em 1870. Como estudante, colaborou na “Imprensa Acadêmica” e na “União Conservadora”, ao lado de Afonso Pena, destacando-se na oratória. Após sua formatura, ingressou na Magistratura, em Guaratinguetá, onde exerceu os cargos de juiz de paz, promotor público e juiz municipal e de órfãos, além de se eleger vereador, pelo Partido Conservador. 

Entre os anos 1872 a 1875 e 1878 a 1879 foi deputado provincial. Em 1885 foi eleito deputado geral, cumprindo mandato até 1887. No dia 15 de novembro de 1887 foi nomeado presidente da província de São Paulo, permanecendo no cargo até o dia 23 de junho de 1888. No governo estadual, desenvolveu os setores da educação, colonização e transportes ferroviários. Pelo seu trabalho, recebeu o título de Conselheiro do Estado. 

Ao deixar o governo de São Paulo, voltou à Câmara Temporária. Tornou-se deputado geral entre os anos 1888 e 1889. Com a proclamação da República, elegeu-se deputado à Assembleia Nacional Constituinte, entre os anos 1890 e 1891. Nos anos 1891 e 1892 foi ministro da Fazenda do governo de Floriano Peixoto. Depois, tornou-se senador da República pelo Partido Republicano Paulista, nos anos 1893 e 1894. No ano seguinte foi ministro da Fazenda do governo de Prudente de Morais. Voltou ao senado da República entre os anos 1897 e 1900, quando assumiu novamente a presidência da província de São Paulo, entre os anos 1900 e 1902. No dia 15 de novembro de 1902 elegeu-se presidente da República, em substituição a Campos Sales. 

Seu mandato presidencial foi marcado pela ampliação e modernização dos portos brasileiros, pelo saneamento público, principalmente no Rio de Janeiro. Combateu as epidemias de cólera, peste bubônica e febre amarela, através do sanitarista Oswaldo Cruz. Na política exterior, destacou-se na resolução da questão do limite entre o Brasil e a Bolívia, que, com a mediação do Barão do Rio Branco, foi assinado o Tratado de Petrópolis, no dia 17 de novembro de 1903, que ficou acertada a troca do estado do Acre pela quantia de dois milhões de libras esterlinas e a construção da ferrovia Madeira-Mamoré. 

Com o fim do seu mandato presidencial, em 15 de novembro de 1906, foi novamente eleito senador e em seguida governador do estado de São Paulo entre os anos 1916 e 1918. Concorreu novamente à presidência da República, no dia 15 de novembro de 1918; eleito, não tomou posse, por causa de sua saúde frágil. Foi substituído na cerimônia de posse pelo seu vice-presidente, Delfim Moreira da Costa Ribeiro. Faleceu pouco tempo depois, no dia 16 de janeiro de 1919, sendo sepultado em sua cidade natal. Por causa do seu falecimento, houve novas eleições presidenciais, vencidas pelo Dr. Afonso Pena. 

Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. I. Porto Alegre, Globo, 1974.
OS PRESIDENTES e a República: Deodoro da Fonseca a Luiz Inácio Lula da Silva. 2ª ed. revista e aumentada. Rio de Janeiro, O Arquivo Nacional, 2003.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

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