sábado, 11 de maio de 2013

Bênção


Ao pôr-do-sol
Inebriar-me com as cores do mundo,
Deixar-me envolver com o mistério,
Tentar compreender-me...

O medo despachar para longe,
Introspectar-me, qual monge,
Para além das minhas entranhas...

Nas fendas inumeráveis do meu espírito
Ver, além de mim, o meu Deus,
Aquele que me governa,
Meu princípio, meio e fim...

Ajoelhar-me sobre a terra crua,
Arrancar de mim as vestes ocultas,
Tornar-me totalmente nua
Para receber, das mãos divinas,
A bênção que me fará renascer...

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

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