Sentirei saudade, sim, daqui...
Do Sol nascente e do vento soprando meu ouvido,
Das águas do rio Taperoá correndo para o mar...
Sentirei saudade do riso solto do meu pai e da minha mãe,
Das brincadeiras inocentes com meus irmãos e vizinhos;
Dos meus avós dizendo que tudo "é pecado",
E do rosário rezado às seis da tarde...
Sentirei saudade dos poemas que logo cedo aprendi a amar:
"A flor e a fonte", " "Canção do exílio", "Desafio", "Meninos carvoeiros"...
Sentirei saudade do amor primeiro,
Das músicas que tocaram meu coração...
Sentirei saudade dos livros, das comemorações, das fotografias,
Da minha juventude, do meu trabalho,
Da minha carteira assinada e do salário do fim do mês...
Sentirei saudade dos meus amores, dos meus amigos,
Do pôr-do-sol na ponte velha,
Das discussões políticas no Facebook,
Do último amor que arrumei, Alci, meu bem...
(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)
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