Raíces de América – autores: Tony Osanah/Enrique Bergen
A terra nova era um paraíso
O milho alto e os rios puros
Dormia o ouro, a cobiça ausente
Era o índio senhor do continente.
Foram chegando os conquistadores
Os africanos e os aventureiros
O índio altivo se mesclou ao escravo:
Nascia um novo tipo americano.
O interesse fabricou carimbos,
O ódio à toa levantou paredes
A baioneta desenhou fronteiras
E a estupidez nos separou em bandeiras.
Tenho um filho desta terra
Foi um amor sem passaportes
Se o gestar foi brasileiro
Não me chames de estrangeiro.
Cada pedra, cada rua
Tem um toque de imigrantes
Levantaram com seus sonhos
Um país que não tem donos.
O suor fecunda o solo
E a semente não pergunta:
Brasileiro ou imigrante?
Só o fruto é importante.
Não me sintas forasteiro
Não me inventes geografias
Sou tua raça, sou teu povo,
Sou teu irmão no dia a dia.
Tenho um filho desta terra
Foi um amor sem passaportes
Se o gestar foi brasileiro
Não me chames de estrangeiro
Cada pedra, cada rua
Tem um toque de imigrantes
Levantaram com seus sonhos
Um país que não tem donos.
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