quarta-feira, 5 de junho de 2013

Albert Einstein


Albert Einstein nasceu numa sexta-feira, às 11h30 do dia 14 de março de 1879, à Rua Bahnhofstrasse, nº. 135, em Ülm, cidade do estado de Württemberg, sul da Alemanha. Seu pai chamava-se Hermann Einstein e sua mãe chamava-se Pauline Koch. Aos dois anos de idade ganhou uma irmã, chamada Maria Einstein e apelidada de Maja. 

Nasceu com a cabeça pontiaguda, que preocupou sua mãe, mas que depois tomou um formato normal; teve seu desenvolvimento lento, pois começou a falar apenas aos três anos de idade e até aos nove se expressava com dificuldade. Por causa disso, os pais pensavam que tinha algum problema mental, e a empregada o chamava de “burro”. 

Tímido e retraído, não tinha amigos e gostava de brincar sozinho, construindo estruturas espaciais, prédios altos e castelos com cartas de baralho, e não gostava de ler. Às vezes tinha acessos de raiva, e num deles, feriu a cabeça de sua irmã com uma bola de boliche; aos cinco anos de idade, jogou uma cadeira contra sua professora particular. 

Também aos cinco anos ganhou do pai, depois que se recuperou de uma enfermidade, o presente que mais o impressionou: uma bússola. Por causa do ponteiro dela sempre se manter na mesma posição, embora em qualquer direção, fez Albert imaginar uma força misteriosa que movia o ponteiro, e quis saber qual era. Foi então que o magnetismo entrou definitivamente em sua vida. Ainda na infância aprendeu a tocar violino, ensinado por sua mãe, e aprendeu tocar piano vendo sua mãe dedilhar um. Aos seis anos teve aulas sobre o judaísmo, religião dos seus pais, mas logo abandonou as aulas.  

Já morando em Munique desde 1880, com a família, onde seu pai e seu tio abriram uma fábrica, aos sete anos foi estudar em Volksschule, escola pública e católica de Munique, sendo o único judeu da classe. Quando se mudou para outra escola, Luitpold, tinha dificuldade em geografia, história, francês e grego. O professor de grego, Joseph Degenhart, certo dia disse-lhe: “Einstein, você não dará em nada!”. Esforçava-se para tirar notas boas, e seu professor de latim e alemão, Ferdinand Ruess, mostrou-lhe as obras de Shakespeare e Goethe. 

Aos dez anos começou a estudar física e matemática, e estudava filosofia por conta própria. Depois também se tornou autodidata em matemática avançada. Aos doze anos estudava geometria, e lia livros de ciências e filosofia emprestados de um estudante de medicina, Max Talmud, que jantava em sua casa.  

Em 1894 a família mudou-se para a Itália, em busca de melhores condições de vida, mas Albert ficou em Munique, morando numa pensão. Para fugir do alistamento obrigatório alemão, conseguiu um atestado médico alegando estafa mental e uma carta de recomendação de um professor de matemática; abandonou a escola e foi para Pavia, perto de Milão, onde aprendeu italiano e visitou museus. 

Em Milão, reuniu-se à família, cuja fábrica estava falindo. Como ainda não tinha o diploma ginasial, optou em estudar na Escola Politécnica de Zurique, na Suíça, para onde se mudou. Em outubro de 1895 fez exame de admissão para a escola, mas foi reprovado em botânica, zoologia e línguas modernas, e ainda tinha dois anos de idade a menos permitidos para a admissão na escola. Suas boas notas em física e matemática surpreenderam a banca examinadora, e o diretor da Politécnica, professor Albin Herzog, orientou Albert a se inscrever na Kantonsschule, escola secundária de Aarau, na Argóvia, região da Suíça que falava alemão, para terminar seus estudos secundários.         

Em Aarau, morou em casa do professor Jost Winteler. Em setembro de 1896, novamente prestou exames na Escola Politécnica de Zurique, sendo aprovado com notas máximas em matemática, física, canto e violino. A partir daí renunciou à cidadania alemã. 

Na Politécnica, Albert começou a faltar aulas e a ler livros sobre física teórica: os livros dos cientistas Boltzmann, Maxwell, Hertz, etc. Seu professor de matemática, o russo-alemão Hermann Minkowski, chamou-o de “cão preguiçoso”, por causa de sua ausência nas aulas. Albert só passava nas provas por causa da ajuda dos amigos Marcel Grossman, Mileva Maric, sua futura esposa, e o engenheiro mecânico Michelangelo Besso. Com os três sempre se reunia para discutir sobre matemática, teorias e ideias científicas, e com eles frequentava cafés e concertos, ao invés de assistir às aulas. Para passar de ano, pedia emprestado os apontamentos de Grossman, e sempre tirava ótimas notas. Para financiar os estudos, recebia uma mesada de uma tia e ensinava física e matemática. 

Quando se formou, não mais contou com a ajuda da tia e ainda ficou sem cidadania. Para sobreviver, dava aulas particulares e no ensino secundário, até se tornar professor, entre maio e julho de 1901, quando substituiu o professor Jakob Rebstein, dando aulas de matemática na Escola Técnica de Winterthur. Entre outubro de 1901 e janeiro de 1902, foi professor no internato de Schaffhaüsen.

Em 1900 apaixonou-se pela colega de classe da Politécnica, Mileva Maric, uma húngara que estudava matemática. Mileva nasceu em 19 de dezembro de 1875, na cidade de Titel, na Vojvodina, região da antiga Iugoslávia, que pertencia à Hungria. Ela falava alemão e francês, e em 1896 foi aprovada para estudar na Universidade de Zurique. A família de Albert não gostava de Mileva e se opôs ao casamento. Quando estava grávida de três meses, Mileva deixou os estudos e voltou para a casa dos pais. Em janeiro de 1902 nasceu a filha do casal, Lieserl, assumida pelos pais de Mileva. Albert e Mileva se casaram em 03 de janeiro de 1903, em cerimônia humilde. O casal ainda teve mais dois filhos: Hans Albert (1904 – 1973) e Eduard (1910 – 1965). Não se teve mais notícias da primeira filha, Lieserl; talvez tenha sido adotada ou tenha morrido de escarlatina, e é possível que Albert jamais a tenha conhecido. O casal viveu até o ano 1914, quando Albert foi transferido para Berlin; Mileva o acompanhou por um tempo, mas depois voltou a morar em Zurique, onde permaneceu pelo resto da vida. Ela faleceu no ano 1948.    

Na páscoa de 1902 Albert foi indicado para trabalhar no escritório de Patentes de Berna; nesse ano formou com os amigos Maurice Solovine, jovem arquiteto romeno, Conrad Habicht, ex-colega da Politécnica, então engenheiro, e Michelangelo Besso, a “Akademie Olympia”, que era uma provocação às academias científicas. A academia funcionou diariamente entre junho de 1902 e julho de 1903. Os amigos se reuniam em cafés, cervejarias e em suas casas. A partir de 1903, depois do casamento de Albert, as reuniões passaram a ser realizadas em seu apartamento, à Rua Kramgasse, 49, onde se debatia filosofia, ciência, literatura e as ideias de Marx e Mach. 

No escritório de Marcas e Patentes de Berna permaneceu até o ano 1909, com um salário de 3.500 francos suíços. No dia 7 de maio de 1909 foi efetivado como professor-assistente de física da Universidade de Zurique, e, no ano seguinte, da universidade de Praga.     

Separado, quase não via os filhos; o divórcio foi realizado em 1919. Albert, porém, correspondia-se, desde 1912, com sua prima Elsa Löwenthal, enfermeira divorciada e mãe de duas meninas, Ilse e Margot. A partir de 1917 Elsa foi cuidar da saúde de Albert, acometido de uma úlcera e séria doença do fígado. Em pouco tempo passaram a morar juntos, e em 2 de junho de 1919 eles se casaram e viveram juntos até a morte de Elsa, em 20 de dezembro de 1936. Mesmo casado com Elsa, ele teve diversas amantes, entre elas Ethel Michanowski, uma socialite de Berlim. Também teve um caso com Margarita, a “amante espiã russa”. 

Em 1905, publicou, na “Revista Anais da Física”, de Leipzig, Alemanha, três artigos em alemão. Em março, publicou o primeiro, intitulado: “Um ponto de vista heurístico sobre a geração e transformação da luz”. Em maio, o segundo: “Sobre os movimentos de partículas suspensas em líquidos em repouso conforme a teoria cinética do calor”. Em junho, o terceiro: “Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento”. Foi a primeira parte da “Teoria da Relatividade Restrita”. 

A partir desses artigos, Albert elaborou as “Teorias da Relatividade”, derrubando as ideias de Isaac Newton sobre as medidas fixas de tempo e movimento. Ele demonstrou que todo movimento é relativo, que tudo que medimos é a velocidade com que nos movimentamos em relação a alguma coisa. Demonstrou que há uma relação entre a massa e a energia dos objetos em movimento, que expressou na equação: E= mc² que quer dizer que a energia (E) contida em qualquer partícula de matéria é igual à sua massa (m) multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz (c2). Com essa fórmula obtém-se a energia nuclear.      

Em 1914 mudou-se para Berlim, onde se tornou professor da universidade, diretor do Instituto Imperador Guilherme e membro da Academia de Ciências da Prússia. Em 1916 publicou a segunda parte da Teoria da Relatividade, sob o título: “A Teoria da Relatividade Geral”. Em 1921 recebeu o Prêmio Nobel de Física, pelo trabalho sobre o efeito fotoelétrico, que define que a luz se comporta ora como uma onda, ora como uma partícula. 

Acreditava em Deus e era contrário à guerra, e publicou um livro sob o título: “Guerra, por quê?”. Em 1932 visitou a Califórnia e no ano seguinte renunciou aos seus cargos em Berlim, mudando-se para os Estados Unidos, para trabalhar no Instituto de Estudos Avançados de Princeton. 

Por esse tempo os alemães descobriram a fissão nuclear, capaz de liberar imensas quantidades de energia. Alertado pelo cientista Fermi, Albert escreveu uma carta ao então presidente dos Estados Unidos, Roosevelt, que resultou no “Projeto Manhattan” e depois na bomba atômica. 

Em 1946 apoiou projetos de formação de um novo governo mundial e a troca de segredos militares entre as grandes potências para o equilíbrio da paz mundial. 

Albert Einstein faleceu em 18 de abril de 1955, num hospital de Princeton, em Nova Jersey, Estados Unidos, de um aneurisma da aorta.       

 Pensamentos de Albert Einstein:
* “Educação é aquilo que fica, quando se esquece o que ensinou a escola”. 
* “O grande problema da humanidade não está no domínio da ciência, mas no domínio dos corações e das mentes humanas”. 
* “O mais incompreensível no Universo é que ele é compreensível”. 
* “Onde há amor não há perguntas”. 
* “Os intelectuais resolvem problemas, os gênios os evitam”. 
* “A pior coisa da nova geração é que já não pertenço a ela”. 
* “Não se preocupem com os vossos problemas com a matemática. Posso vos assegurar que os meus são maiores ainda”. 
   
Bibliografia:
COHEN, Marleine. Biblioteca Época: personagens que marcaram época – Albert Einstein. São Paulo, Globo, 2007. 
ENCICLOPÉDIA Abril cultural, vol. 1, nº. 9. São Paulo, Abril cultural, 1968.
ATTICO, Chassot. A ciência através dos tempos, pág.158-60. São Paulo, Moderna, 1994. 
BIBLIOTECA Científica Life: A Energia, pág. 193. Rio de Janeiro, José Olympio, 1969.      

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet) 

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