quinta-feira, 27 de junho de 2013

Tomás Antônio Gonzaga


Tomás Antônio Gonzaga nasceu na cidade do Porto em 1744, sendo filho de pai brasileiro e mãe descendente de ingleses. Veio para o Brasil com oito anos de idade, com o pai, que tinha sido nomeado ouvidor-geral de Pernambuco e depois intendente-geral do ouro na Bahia. 

Voltou para Portugal com dezessete anos, onde estudou na Universidade de Coimbra, formando-se Bacharel no ano 1768. Exerceu o cargo de juiz-de-foro do Beja, e em 1782 foi transferido para o Brasil como ouvidor e procurador de defuntos e ausentes, capelas e resíduos de Vila Rica, onde começou a fazer parte dos poetas da escola mineira. 

Por aquele tempo conheceu Maria Doroteia Joaquina de Seixas, de dezesseis anos, de quem ficou noivo, tendo ele mais de quarenta anos de idade. No ano 1786 foi nomeado desembargador da Relação da Bahia, ficando no cargo até o mês de abril de 1789, quando se licenciou para se casar, no final de maio. Antes do casamento, foi denunciado por Joaquim Silvério dos Reis como um dos chefes do movimento de independência do Brasil, chamado “Inconfidência Mineira”. Foi então preso no dia 21 de maio de 1789 e levado para a Ilha das Cobras, saindo de lá em maio de 1792 para cumprir sua sentença de dez anos de degredo em Moçambique. 

Partiu para Moçambique sem se despedir de sua noiva, no dia 23 de maio daquele ano. Lá, exerceu funções públicas e a advocacia, tornando-se afamado. No ano 1793 casou-se com dona Juliana de Sousa Mascarenhas, filha de abastado comerciante.    

Mesmo casado, não esqueceu sua noiva, escrevendo em sua homenagem o poema “Marília de Dirceu”. Tomás usou o pseudônimo de Dirceu e chamou sua noiva, Maria Doroteia, de Marília. Escreveu ainda uma ode à aclamação de dona Maria I, e um tratado de Direito Natural. Também atribuem a ele a autoria das “Cartas Chilenas”, sátira publicada com o pseudônimo de Critilo. 

Ainda exerceu o cargo de procurador da Coroa e da Fazenda, e um ano antes de falecer foi nomeado juiz de Alfândega. Tomás Antônio Gonzaga faleceu no dia 9 de abril de 1812, sem ter retornado ao Brasil. 

Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA Delta Larousse. Vol. 6, págs. 3245 a 3246. Rio de Janeiro, Delta S.A., 1967. 
ENCICLOPÉDIA Brasileira Globo. 13ª ed. Vol. VII. Porto Alegre, Globo, 1974. 
ROSA, Prof. Ubiratan. Moderna Enciclopédia Brasileira. Vol. 2, pág. 325. São Paulo, G. Lopes Ltda., 1979. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

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