segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Jubileu

Jubileu tem feito um trabalho bonito aqui em Taperoá (PB): incansável, carrega esse tonel d'água, de casa em casa, para quem quiser comprar, para suprir a falta de abastecimento d'água nas torneiras, nessa seca danada que a cidade e todo o nordeste brasileiro tem enfrentado nos últimos dois anos.

Essa água que Jubileu transporta vem de poços artesianos. Se não fosse esses poços para suprir a população, Taperoá estaria em estado de calamidade pública; isso também demonstra que o subsolo taperoaense é misericordioso, com um lençol freático abundante... Quem pode pagar dois, três mil reais, está perfurando poço artesiano em frente de casa; quem não pode, compra água de carros e jegues, como o de Jubileu, que me supre de forma bondosa e paciente, incansável.

Mas eu me preocupo com Jubileu, e pergunto sempre ao seu dono se ele tem alimentado e saciado a sede do heroico jegue. Positivo: Jubileu é bem tratado e amado pelo seu dono e pelo povo servido por ele.    

(Texto e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá (PB) 

Jangada (Juvenal Galeno)

Minha jangada de vela,
Que vento queres levar?
Tu queres vento da terra,
Ou queres vento do mar?

Minha jangada de vela,
Que vento queres levar?
Aqui no meio das ondas,
Das verdes ondas do mar,
És como que pensativa,
Duvidosa a bordejar!


Saudades tens lá das praias,
Queres na areia encalhar?
Ou no meio do oceano
Apraz-te as ondas sulca?
Minha jangada de vela,
Que vento queres levar?

(Poesia: Juvenal Galeno - foto: internet)

Cajueiro pequenino (Juvenal Galeno)

Cajueiro pequenino,  
Carregadinho de flor,  
À sombra das tuas folhas  
Venho cantar meu amor,
Acompanhado somente
Da brisa pelo rumor,
Cajueiro pequenino,
Carregadinho de flor.
 
Tu és um sonho querido
De minha vida infantil,
Desde esse dia... Me lembro...
Era uma aurora de abril,
Por entre verdes ervinhas
Nasceste todo gentil,
Cajueiro pequenino,
Meu lindo sonho infantil.
 

Que prazer quando encontrei-te
Nascendo junto ao meu lar!
— Este é meu, este defendo,
Ninguém mo venha arrancar –
 

Bradei e logo cuidadoso,
Contente fui te alimpar,
Cajueiro pequenino,
Meu companheiro do lar.
 

Cresceste... Se eu te faltasse,
Que de ti seria, irmão?
Afogado nestes matos,
Morto à sede no verão...
Tu que foste sempre enfermo
Aqui neste ingrato chão!
Cajueiro pequenino,
Que de ti seria, irmão?
 

Cresceste... Crescemos ambos,
Nossa amizade também;
Eras tu o meu enlevo,
O meu afeto o teu bem;
Se tu sofrias... Eu, triste,
Chorava como... Ninguém!
Cajueiro pequenino,
Por mim sofrias também!
 

Quando em casa me batiam,
Contava-te o meu penar;
Tu calado me escutavas,
Pois não podias falar;
Mas no teu semblante, amigo,
Mostravas grande pesar,
Cajueiro pequenino,
Nas horas do meu penar!
 

Após as dores... Me vias
Brincando ledo e feliz
O-tempo-será e outros
Brinquedos que eu tanto quis!
Depois cismando a teu lado
Em muito verso que fiz....
Cajueiro pequenino,
Me vias brincar feliz!
 

Mas um dia... Me ausentaram...
Fui obrigado... Parti!
Chorando beijei-te as folhas. . .
Quanta saudade senti!
Fui-me longe... Muitos anos
Ausente pensei em ti...
Cajueiro pequenino,
Quando obrigado parti!
 

Agora volto, e te encontro
Carregadinho de flor!
Mas ainda tão pequeno,
Com muito mato ao redor...
Coitadinho, não cresceste
Por falta do meu amor,
Cajueiro pequenino,
Carregadinho de flor.

(Poesia: Juvenal Galeno - Foto: internet)

Xenônio

Símbolo: Xe
Massa atômica: 131,29  
Número atômico: 54
Ponto de fusão: 161,36 K (-111,79º)
Ponto de ebulição: 165,03 K (-108,12º)
Descoberta: Sir  William Ramsay e Morris W. Travers.
Origem do nome: Grega: Xénos
Significado: Estrangeiro.
Utilidades: Lâmpada ultravioleta, laser, ultravioleta, etc.

Características:
O xenônio é um gás nobre, inodoro, pesado e incolor.  Adquire incandescência azulada quando submetido a um campo elétrico de alta voltagem. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet) 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Minha avó dizia...

Minha avó Inácia era muito católica, e, por isso, lia sobre a vida dos santos, embora fosse quase analfabeta. E hoje estou me lembrando de uma história que ela sempre me contava sobre Santo Antônio.

Ela disse que, depois que o pai de Santo Antônio morreu, ele sentia saudades dele, e em suas orações pedia a Deus um sinal sobre seu pai na eternidade, se estava bem ou não. Passou-se muito tempo, e sempre o santo pedindo um sinal, até que um dia ele teve um sonho, e viu apenas a língua do pai, queimando em fogo...

Daquele dia em diante Santo Antônio se arrependeu e nunca mais pediu sinais a Deus sobre seu pai, pois o que ele viu em sonho foi assustador...      


(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)

sábado, 14 de dezembro de 2013

Bem-te-vi

Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Tyrannidae
Gênero: Pitangus
Espécie: P. Sulphuratus
Nome binomial: Pitangus sulphuratus

Características:
É também conhecido por pituã, pitaguá ou puintanguá, triste-vida, bentevi, bem-te-vi verdadeiro, bem-te-vi coria, tiuí, teuí, tic-tiuí, e siririca, no caso das fêmeas. O índios brasileiros tupi-guaranis o chamavam de pitanga grande.

É de fácil adaptação, podendo ser encontrado em cidades, matas, e ambientes aquáticos como lagoas e rios. Típico da América latina, pode ser visto  nos seguintes países: Argentina, Colômbia, Paraguai, Guiana, Peru, Uruguai, Equador, Venezuela, Bolívia, Brasil, Ilhas Malvinas, Chile, Guiana Francesa, Geórgia do Sul, Guatemala, Belize, Costa Rica, Bermudas, Honduras, El Salvador, México, Sanduíche do Sul, Nicarágua, Suriname, Panamá e Trinidad e tobago.

Anda sozinho mas pode ser visto em três ou quatro indivíduos nas antenas de TV. Possui uma coloração parda no dorso, amarela viva na barriga, lista branca no alto da cabeça e cauda preta. Seu bico é preto, achatado, longo, resistente e pouco encurvado. Pesa até 60 gramas, mede de 22 a 25 cm de comprimento. Constrói seu ninho com pequenos ramos de vegetais em galhos de árvores bem cerradas. Nas cidades, o bem-te-vi pode usar papel, plástico e fios em seu ninho, que mede 25 cm de diâmetro. Geralmente o ninho fica no topo das árvores altas, mas pode construí-lo nas cidades em geradores de postes, cerca de 3 a 12 metros do solo.

Alimenta-se de insetos, frutas, como: banana, mamão, maçã, laranja, pitanga e outras, além de ovos de passarinho, flores de jardins, cobras, minhocas, lagartos, crustáceos, peixes, girinos de rios e lagos rasos, abelhas. É monogâmico, e o casal divide as tarefas, como a incubação dos ovos, 3 a 4 por ninhada, que medem 31x21 mm cada.  A incubação dura 17 dias, entre setembro e dezembro.      

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá  PB - Foto e pesquisa: internet)

Dicionário - Como surgiu

Os assírios e babilônicos possuíam dicionários, que serviam para interpretar sinais, e chamavam-se Silabários, que explicavam os ideogramas. Os precursores dos dicionários foram os gregos, e o mais antigo dicionário que se tem notícia foi o de Apolônio de Alexandria, organizado no tempo do imperador Augusto, e contém um glossário das palavras usadas por Homero. 

Depois surgiram dicionários que explicavam expressões corruptas, vocábulos bárbaros, estrangeiros e dialetos, que serviam para a interpretação dos poetas trágicos e cômicos. 

Um dicionário famoso que chegou ao nosso tempo foi o “Onomástico”, de Júlio Pólux, em dez volumes, e o “Grande Léxico”, que foi perdido, escrito por Heládio de Alexandria, por volta do ano 400 a.C.. 

O primeiro dicionário em português, que se conhece, foi escrito pelo padre Rafael Bluteau, publicado em Lisboa no ano 1721, em dez volumes, intitulado “Vocabulário Português e Latino”. 

Bibliografia:
DICIONÁRIO Universal de Curiosidades, vol. 3, pág. 622. Comércio e importação de livros Cil S.A., São Paulo, 1968.        
(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB  foto: internet)

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Meu nordeste, onde o bode é rei

Aqui, no nordeste brasileiro,
Compadre e comadre são do nosso terreiro,
A vizinhança toda come feijão na mesma panela
E depois vai pro forró na casa dela...

À noite o canto é da coruja, do bacurau e do quero-quero,
Quero mais xamego, quero mais xodó no rodopio do vento
Que invade meu coração e meu pensamento
Para alimentar meu amor e meu mistério...



À luz da Lua e das estrelas,
Do Cruzeiro do Sul e das Três Marias
Vou à casa de Estela,
De Joana, de Rosa e de Daguia...

Quando amanhece o dia, e o galo canta,
Quem quiser se espante, que não me espanta:
Ponho a moto para esquentar, e o bode já se ajeita,
Quer no reboque pelas ruas andar...

Eu mando no bode, e ele manda em mim,
Pois sustento ele traz para a família;
Com ele progrido meu dinheiro sem fim
E ele, satisfeito, segue minha trilha...

No meu roçado, no meu sertão dourado de Sol
Ele é quem reina, pois ele é o rei;
Sabe ele andar de moto, pedir comida, jogar futebol,
Sabe coisas que às vezes nem eu sei...    

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá  PB)

domingo, 8 de dezembro de 2013

Chove. Que fiz eu da vida? (Fernando Pessoa)

Chove. Que fiz eu da vida?
Fiz o que ela fez de mim...
De pensada, mal vivida...
Triste de quem é assim!
Numa angústia sem remédio
Tenho febre na alma, e, ao ser,
Tenho saudade, entre o tédio,
Só do que nunca quis ter...

Quem eu pudera ter sido,
Que é dele? Entre ódios pequenos
De mim, estou de mim partido.
Se ao menos chovesse menos!
 
(Fernando Pessoa, 23-10-1931. Foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Poema do milho (Cora Coralina)

Milho...
Punhado plantado nos quintais.
Talhões fechados pelas roças.
Entremeado nas lavouras,
Baliza marcante nas divisas.
Milho verde. Milho seco.
Bem granado, cor de ouro.
Alvo. Às vezes vareia,
- Espiga roxa, vermelha, salpintada.

Milho virado, maduro, onde o feijão enrama
Milho quebrado, debulhado
Na festa das colheitas anuais.

Bandeira de milho levada para os montes
Largada pelas roças:
Bandeiras esquecidas na fartura.
Respiga descuidada
Dos pássaros e dos bichos.

Milho empaiolado.
Abastança tranquila
Do rato,
Do caruncho,
Do cupim.
Palha de milho para o colchão.
Jogada pelos pastos.
Mascada pelo gado.
Trançada em fundos de cadeiras.

Queimada nas coivaras.
Leve mortalha de cigarros.
Balaio de milho trocado com o vizinho
No tempo da planta.
"- Não se planta, nos sítios, semente da mesma terra".

Ventos rondando, redemoinhando.
Ventos de outubro.

Tempo mudado. Revoo de saúva.
Trovão surdo, tropeiro.
Na vazante do brejo, no lameiro,
o sapo-fole, o sapo-ferreiro, o sapo-cachorro.
Acauã de madrugada
Marcando o tempo, chamando chuva.
Roça nova encoivarada,
Começo de brotação.
Roça velha destocada.
Palhada batida, riscada de arado.
Barrufo de chuva.
Cheiro de terra; cheiro de mato,
Terra molhada, Terra saroia.
Noite chuvada, relampeada.
Dia sombrio. Tempo mudado, dando sinais.
Observatório: lua virada. Lua pendida...
Circo amarelo, distanciado,
Marcando chuva.
Calendário, astronomia do lavrador.

Planta de milho na lua-nova.
Sistema velho colonial.
Planta de enxada.
Seis grãos na cova,
Quatro na regra, dois de quebra.
Terra arrastada com o pé,
Pisada, incalcada, mode os bichos.

Lanceado certo-cabo-da-enxada...
Vai, vem... Sobe, desce...
Terra molhada, terra saroia...
Seis grãos na cova; quatro na regra, dois de quebra
Sobe. Desce...
Camisa de riscado, calça de mescla
Vai, vem...
Golpeando a terra, o plantador.

Na sombra da moita,
Na volta do toco - o ancorote d'água:

Cavador de milho, que está fazendo?
A que milênios vem você plantando.
Capanga de grãos dourados a tiracolo.
Crente da Terra, Sacerdote da terra.
Pai da terra.
Filho da terra.
Ascendente da terra.
Descendente da terra.
Ele, mesmo: terra.

Planta com fé religiosa.
Planta sozinho, silencioso.
Cava e planta.
Gestos pretéritos, imemoriais...
Oferta remota; patriarcal.
Liturgia milenária.
Ritual de paz.
Em qualquer parte da Terra
Um homem estará sempre plantando,
Recriando a Vida.
Recomeçando o Mundo.

Milho plantado; dormindo no chão, aconchegados
Seis grãos na cova.
Quatro na regra, dois de quebra.
Vida inerte que a terra vai multiplicar.

E vem a perseguição:
O bichinho anônimo que espia, pressente.
A formiga-cortadeira - quenquém.
A ratinha do chão, exploradeira.
A rosca vigilante na rodilha,
O passo-preto vagabundo, galhofeiro,
vaiando, sorrindo...
Aos gritos arrancando, mal aponta.
O cupim clandestino
Roendo, minando,
Só de ruindade.

E o milho realiza o milagre genético de nascer:
Germina. Vence os inimigos,
Aponta aos milhares.
- Seis grãos na cova.
- Quatro na regra, dois de quebra,
Um canudinho enrolado.
Amarelo-pálido,
frágil, dourado, se levanta.
Cria sustância.
Passa a verde.
Liberta-se. Enraíza,
Abre folhas espaldeiradas.
Encorpa. Encana. Disciplina,
Com os poderes de Deus.

Jesus e São João
desceram de noite na roça,
botaram a bênção no milho,
E veio com eles
Uma chuva maneira, criadeira, fininha,
Uma chuva velhinha,
De cabelos brancos,
Abençoando
A infância do milho.

O mato vem vindo junto,
Sementeira.

As pragas todas, conluiadas.
Carrapicho. Amargoso. Picão.
Marianinha. Caruru-de-espinho.
Pé-de-galinha. Colchão.
Alcança, não alcança.
Competição.
Pac... Pac... Pac...
A enxada canta.
Bota o mato abaixo.
Arrasta uma terrinha para o pé da planta.
"...- Carpa bem feita vale por duas..."
Quando pode. Quando não... Sarobeia.
Chega terra. O milho avoa.

Cresce na vista dos olhos.
Aumenta de dia. Pula de noite.
Verde Entonado, disciplinado, sadio.

Agora...
A lagarta da folha,
Lagarta rendeira...
Quem é que vê?
Faz a renda da folha no quieto da noite.
Dorme de dia no olho da planta,
Gorda; Barriguda. Cheia.
Expurgo: nada... Força da lua..,
Chovendo acaba - a Deus querê.

"O mio tá bonito..."
"-Vai sê bão o tempo pras lavoras todas."
"- O mio tá marcando..."
Condieionando o futuro:
"- O roçado de seu Féli tá qui fais gosto...
Um refrigério"
"- O mio lá tá verde qui chega a s'tar azur..."
- Conversam vizinhos e compadres.

Milho crescendo, garfando,
Esporando nas defesas...

Milho embandeirado.
Embalado pelo vento.

"Do chão ao pendão, 60 dias vão".

Passou aguaceiro, pé-de-vento.
"- O milho acamou..." "- Perdido?"... Nada...
Ele arriba com os poderes de Deus..."
E arribou mesmo; garboso, empertigado, vertical.

No cenário vegetal
Um engraçado boneco de frangalhos
Sobreleva, vigilante.
Alegria verde dos periquitos gritadores...
Bandos em sequência... Evolução...
Pouso... Retrocesso.

Manobras em conjunto.
Desfeita formação.
Roedores grazinando, se fartando,
Foliando, vaiando
Os ingênuos espantalhos.

"Jesus e São João
Andaram de noite passeando na lavoura
E botaram a bênção no milho".
Fala assim gente de roça e fala certo.
Pois não está lá na taipa do rancho
O quadro deles, passeando dentro dos trigais?
Analogias... Coerências.

Milho embandeirado
Bonecando em gestação.
- Senhor!... Como a roça cheira bem!
Flor de milho, travessa e festiva.
Flor feminina, esvoaçante, faceira.
Flor masculina - lúbrica, desgraciosa.

Bonecas de milho túrgidas,
Negaceando, se mostrando vaidosas.
Túnicas, sobretúnicas...
Saias, sobre-saias...
Anáguas... Camisas verdes.
Cabelos verdes...
- Cabeleiras soltas, lavadas, despenteadas...
- O milharal é desfile de beleza vegetal.

Cabeleiras vermelhas, bastas, onduladas.
Cabelos prateados, verde-gaio.
Cabelos roxos, lisos, encrespados.
Destrançados.
Cabelos compridos, curtos,
Queimados, despenteados.
Xampu de chuvas...
Flagrâncias novas no milharal.
- Senhor, como a roça cheira bem!...

As bandeiras altaneiras
Vão se abrindo em formação.
Pendões ao vento.
Extravasão da libido vegetal.
Procissão fálica, pagã.
Um sentido genésico domina o milharal.
Flor masculina erótica, libidinosa,
Polinizando, fecundando
A florada adolescente das bonecas:

Boneca de milho, vestida de palha...
Sete cenários defendem o grão
Gordas, esguias, delgadas; alongadas
Cheias, fecundadas.
Cabelos soltos excitantes.
Vestidas de palha.
Sete cenários defendem o grão,
Bonecas verdes, vestidas de noiva
Afrodisíacas, nupciais...

De permeio algumas virgens loucas...
Descuidadas. Desprovidas.
Espigas falhadas. Fanadas. Macheadas.

Cabelos verdes. Cabelos brancos.
Vermelho-amarelo-roxo, requeimado...
E o pólen dos pendões fertilizando...
Uma fragrância quente, sexual
Invade num espasmo o milharal.
A boneca fecundada vira espiga.
Amortece a grande exaltação.
Já não importam as verdes cabeleiras rebeladas
A espiga cheia salta da haste.
O pendão fálico vira ressecado, esmorecido,
No sagrado rito da fecundação.

Tons maduros de amarelo.
Tudo se volta para a terra-mãe.
O tronco seco é um suporte, agora,
Onde o feijão verde trança, enrama, enflora.

Montes de milho novo, esquecidos,
Marcando claros no verde que domina a roça.
Bandeiras perdidas na fartura das colheitas.
Bandeiras largadas, restolhadas.
E os bandos de passo-pretos galhofeiros
gritam e cantam na respiga das palhadas.

"Não andeis a respigar" - diz o preceito bíblico
O grão que cai é o direito da terra.
A espiga perdida - pertence às aves
Que têm seus ninhos e filhotes a cuidar.
Basta para ti, lavrador,
O monte alto e a tulha cheia.
Deixa a respiga para os que não plantam nem colhem
- O pobrezinho que passa.
- Os bichos da terra e os pássaros do céu.

sábado, 30 de novembro de 2013

Ariranha

Classificação científica:
Reino: Animália
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnívora
Família: Mustelidae
Subfamília: Lutrinae
Gênero: Pteromura
Espécie: Pteromura brasiliensis

Características:
A ariranha é parente próximo da lontra (Lutrinae), porém maior. O macho atinge de 1,5 a 1,8 m e a fêmea, entre 1,5 a 1,7 m, sendo que a cauda mede 65 cm. No quesito peso, o macho atinge entre 32 a 45 kg, e a fêmea, entre 22 a 26 kg.

Em sua aparência mostra olhos grandes, orelhas pequenas e arredondadas, patas curtas e espessas e cauda comprida e achatada. Possui dedos ligados por membranas para ajudar na natação; por sinal, é ótima nadadora. Sua pele também é espessa, aveludada e de cor escura, com exceção da garganta, onde há uma mancha branca.

Vive em grupos de 5 a 10 indivíduos, e alimenta-se de peixes, principalmente traíras e piranhas, porém pode caçar pequenos jacarés e até sucuris, além de aves aquáticas e seus ovos e filhotes. Tem seu habitat em rios, lagos, pântanos e regiões úmidas. Faz suas tocas sob as raízes de árvores ribeirinhas.

Atinge a maturidade sexual entre 2 a 3 anos de idade, e apenas a fêmea dominante reproduz. A gestação dura em média 65 a 70 dias, normalmente na estação seca, quando nasce de 1 a 5 filhotes. Por sua vez, os filhotes ficam na toca até os 3 meses, e todo o grupo ajuda em sua criação, até aprenderem a caçar sozinhos.

Vive em cativeiro até os 17 anos e é encontrada na Venezuela, Guiana, Paraguai, Uruguai e Brasil. No Brasil, habita os rios da Amazônia, bacia do Paraguai e Uruguai.   

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB  foto e pesquisa: internet)

Vanádio

Símbolo: V
Massa atômica: 50,9415  
Número atômico: 23
Ponto de fusão: 2183 K (1.910 ºC)
Ponto de ebulição: 3680 K (3407 ºC) 
Densidade: 6,11 g/cm³
Ano da descoberta: 1801
Autor da descoberta: Andrés Manuel del Rio
Origem do nome: Deriva de Vanadis, deusa da mitologia escandinava.
Significado:       – 
Utilidades: Material para construção, motor a jato, catalisador na produção de ácido sulfúrico, etc.

Características:
O vanádio é um metal de transição, mole, dúctil, de cor cinzenta brilhante. Resiste ao ataque das bases e dos ácidos sulfúrico e clorídrico. É obtido através de vários minerais, incluindo o petróleo. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB  foto e pesquisa: internet) 

Urânio

Símbolo: U
Massa atômica: 238,0289  
Número atômico: 92
Ponto de fusão: 1405,3 K (1.132 ºC)
Ponto de ebulição: 4404 K (4131 ºC)
Ano da descoberta: 1789
Autor da descoberta: Martin Heinrich Klaproth
Origem do nome: Homenagem ao astrônomo Frederico Guilherme Herschel, que, em 1781, descobriu o planeta Urano.
Significado:            –  
Utilidades: Material para reator atômico, combustível para reator atômico, bússola giratória, etc.

Características:
O urânio é o último elemento natural da tabela periódica e é muito comum; à temperatura ambiente encontra-se em estado sólido, metálico e radioativo. Quando refinado apresenta-se branco metálico, fortemente eletropositivo, pouco condutor elétrico, maleável, dúctil. Pode sofrer corrosão dos ácidos clorídrico e nítrico. O urânio possui 3 fases:
1 - Pobre: é utilizado em blindagem de tanques de guerra, etc.
2 - Pouco enriquecido - utilizado em combustível em usinas nucleares para geração de energia elétrica.
3 - Altamente enriquecido - para a construção da bomba atômica. 
Os principais produtores de urânio atualmente são: Cazaquistão, Austrália, África do Sul, Estados Unidos da América, Canadá e Brasil. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto e pesquisa: internet) 

sábado, 23 de novembro de 2013

Como o amanhecer...

Sabe quando você vê sua vida sem interesses? 
Vê o horizonte, vê as pessoas passando...
Nada lhe comove...

Então você diz: preciso mudar!
Passam as horas, os dias, os anos, e nada de mudanças...

Mas um dia você resolve: vou ver o dia amanhecer...
Você passa a noite vendo TV, vai para o Facebook,
Volta para a TV, assiste a filmes o resto da noite...


Quando é 4h30, e o céu começa a clarear,
Abre a porta de casa e vai para a área, sob o assovio dos passarinhos...
Então você vê que é romântico ver o céu mudar de cor... 
E a cantoria dos passarinhos, então...

E você fica olhando o nascente, o clarear do dia chegando,
Galo cantando, passarinhos, gatos passando pela sua calçada...
E quando você avista o Sol, ainda tênue... Hum!

O sono chega, você acha que já amanheceu e vai dormir...

E quando acorda, depois do meio-dia, 
Você sente a sensação dentro de você de que algo mudou lá dentro...
Parabéns!... Você vai começar a viver! 

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

Deus o fiel guarda dos homens (salmo 121)

Elevo os olhos para os montes:
de onde me virá o socorro?
2 O meu socorro vem do Senhor,
que fez o Céu e a Terra.
3 Ele não permitirá que os teus pés vacilem;
não dormitará  Aquele que te guarda.
4 É certo que não dormita nem dorme o guarda de Israel.
5 O Senhor é quem te guarda;
o senhor é a tua sombra à tua direita.
6 De dia não te molestará o Sol,
nem de noite, a Lua.
7 O Senhor te guardará de todo mal;
guardará a tua alma.
8 O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada,
desde agora e para sempre.

(Texto: Bíblia - foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB) 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Pezinhos (Gabriela Mistral)

Pezinhos de criança
Azulados de frio
Como os veem e não os cobrem,
Deus meu!

Pezinhos feridos
Pelas pedras todas,
Ultrajados de neves
E lodos!

O homem cego ignora
Que por onde passais,
Uma flor de luz viva
Deixais;

Que ali, onde colocais
A plantinha sangrante,
O narco nasce mais perfumado.

Sede, posto que marchais
Pelos caminhos retos,
Heroicos como sois
Perfeitos.

Pezinhos de criança,
Duas joinhas sofridas,
Como passam sem ver
As pessoas!

(Poesia: Gabriela Mistral - foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

sábado, 16 de novembro de 2013

Os hunos (Amiano Marcelino - oficial do exército romano)

"Quando ainda muito jovens, fazem-lhes com um ferro profundos ferimentos no rosto, a fim de que as cicatrizes que nele se formarem impeçam a saída do primeiro pelo: envelhecem desfigurados e sem barba. Todos eles têm, aliás, os membros vigorosos  e o pescoço grosso; têm aspecto extraordinário e tão curvado que poderão ser tomados por animais de dois pés ou por esses pilares grosseiramente esculpidos em figuras humanas que se vêem nas bordas das pontes. 


Não têm eles necessidade do fogo nem de comidas temperadas, mas vivem de raízes selvagens e de toda a espécie de carne que comem meio crua, depois de tê-la aquecida levemente sentando-se em cima durante algum tempo quando estão a cavalo. Não têm casas, não se encontra entre eles nem mesmo uma cabana coberta de caniço. Vestem-se de pano ou peles de ratos dos campos; têm apenas uma única roupa e não tiram a túnica senão quando cai em farrapos. Cobrem a cabeça com pequenos bonés caídos com peles de bode. São colados a seus cavalos, que são, na verdade, robustos mas feios; não existe nenhum dentre eles que não possa passar a noite e o dia sobre a montaria; é a cavalo que bebem, comem e, abaixando-se sobre o pescoço estreito do animal, dormem. Nenhum cultiva a terra nem toca mesmo um arado. Sem morada fixa, sem casas, erram por todos os lados e parecem sempre fugir com as suas carriolas. Como animais desprovidos de razão, ignoram inteiramente o que é o bem e o que é o mal; não têm religião, nem superstição; nada iguala a sua paixão pelo ouro."

(Texto - escrito pelo oficial do exército romano Amiano Marcelino - e foto: internet) 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Mais uma vez...

Mais uma vez um beijo,
Mais uma vez uma companhia;
Um amor nascido do desejo,
Um amor, uma poesia...

Num apartamento tudo pode rolar:
Por uma janela aberta
Entram raios da Lua,
Uma nova fase para a vida...

Outra vez o nosso amor explode
Por todos os cantos,
Expulsando os jarros de flores,
Trazendo para o ambiente a traquinagem
De um amor selvagem...

(Poesia e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Torricelli

Evangelista Torricelli nasceu em Faenza ou Midigliano da Emília, norte da Itália, no dia 15 de outubro de 1608. Estudioso, surpreendeu seus contemporâneos quando publicou, em 1641, um tratado que comentava a obra de Galileu Galilei. Por causa disso, foi convidado pelo Grão-duque de Toscana para integrar a equipe de colaboradores de Galileu em Florença, já que o sábio cientista estava com mais de 78 anos de idade e quase cego. 

Três meses depois, no dia 8 de janeiro de 1642, com a morte de Galileu, Torricelli tornou-se seu sucessor, sendo nomeado matemático do Grão-duque. Aproveitou a oportunidade e dedicou-se ao trabalho nas áreas da matemática, física, mecânica, hidráulica, astronomia e arquitetura. Trabalhava num laboratório bem equipado, que possuía aparelhos para pesquisas em hidráulica, dinâmica, balística, óptica e engenharia militar. 

No ano 1643 ele descobriu o barômetro e estudou e planejou vários aparelhos: telescópios, microscópios, instrumentos ópticos de precisão. Também era grande matemático e geômetra. Segundo alguns, ele teria sido o verdadeiro descobridor do cálculo infinitesimal, fato atribuído a Isaac Newton. 

Durante grande parte de sua vida foi membro da Academia Del Cimento, clube científico dedicado aos estudos dos conhecimentos humanos, protegido pelo duque de Toscana, e dissolvido por ele quando se tornou cardeal de Roma. 

Em 1644 algumas obras foram reunidas sob o título de “Ópera Geométrica”, porém só foram publicadas totalmente no ano 1919. Nos últimos tempos de vida, Torricelli trabalhou dando aulas a cientistas italianos e de outros países europeus, até falecer, no dia 25 de outubro de 1647. 

Obras: 
“De Motu gravium Naturaliter Descendentium et Projectorum” (comentário sobre as obras de Galileu Galilei); “Dialoghis Delle Nuove Scienze”, etc. 
Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA Semanal Ilustrada Conhecer. Vol 2, fascículo 34. São Paulo, Abril, 1966.  

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)  

domingo, 10 de novembro de 2013

O ninho (Alberto de Oliveira)

O musgo mais sedoso, a úsnea mais leve
Trouxe de longe o alegre passarinho,
E um dia inteiro ao Sol paciente esteve
Com o destro bico a arquitetar o ninho.

Da paina os vagos flocos cor de neve
Colhe, e por dentro o alfombra com carinho;
E armado, pronto enfim, suspenso, em breve,
Ei-lo, balouça à beira do caminho.



E a ave sobre ele as asas multicores
Estende e sonha. Sonha que o áureo pólen
E o néctar suga às mais brilhantes flores;

Sonha… Porém, de súbito, a violento
Abalo acorda. Em torno as folhas bolem…
É o vento! E o ninho lhe arrebata o vento!

(Poesia: Alberto de Oliveira - Foto: internet)

sábado, 9 de novembro de 2013

Santa Margarida Maria de Alacoque

Margarida Maria Alacoque nasceu no dia 22 de julho de 1647, território de Verosvres, cidade de Paray-le-Monial, França. Quando ainda era criança sentiu-se atraída pela oração, dedicando-se diariamente diante do Santíssimo Sacramento. Aos oito anos de idade perdeu o seu pai, sendo a partir daí criada por sua mãe e mais duas pessoas da família. 

Um dia foi acometida por inexplicável doença que a deixou paralítica por quatro anos. Prometeu a Nossa Senhora que, se fosse curada, seria uma de suas filhas. Recebida a graça, restabeleceu-se a sua saúde, e a partir daí levou uma vida normal, vestindo-se bem, enfeitando-se com joias e levando ativa vida social. 

Um dia renunciou a tudo para ensinar catecismo às crianças e fazer caridade aos pobres de sua terra. Atraída pela vida religiosa, no dia 20 de junho de 1671 apresentou-se ao Mosteiro da Visitação e, no dia 25 de agosto do mesmo ano, vestiu o hábito religioso. 

Levando a partir daí uma vida austera, no dia 1º de julho de 1673 alcançou outra graça quando se curou de forte afonia durante a “Te Deum”, na capela das irmãs da Visitação. Naquela ocasião sentiu-se envolvida por uma luz divina sob forma de criança em seus braços.

No dia 27 de dezembro de 1673 recebeu sua primeira revelação, quando estava diante do Santíssimo Sacramento: sentiu-se invadida pela presença de Jesus Cristo, quando Ele a fez se recostar sobre o seu peito e disse: “Meu Coração divino está tão inflamado de amor pelos homens e por ti, em particular, que já não consigo reter as chamas de sua ardente caridade. Necessito difundi-las aos homens por teu intermédio, a fim de enriquecê-los com os preciosos tesouros do Meu Coração. Eu te escolhi para a consecução deste grande desígnio...”.  

A partir daí o Sagrado Coração de Jesus visitou-a com frequência, especialmente nas primeiras sextas-feiras do mês. Algumas vezes Ele apareceu “mais radiante que o Sol e transparente como o cristal, com sua chaga adorável semelhante a uma fornalha de chamas vivas”, e convidou-a à confissão, à comunhão nas primeiras sextas-feiras de cada mês, à hora santa, e a honrar sua imagem. 

A aparição mais famosa aconteceu um junho de 1675, durante a oitava de Corpus Christi, quando Margarida Maria rezava diante do Santíssimo Sacramento. Na aparição Jesus revelou-lhe o seu Coração e lhe disse: “Eis este coração que tanto tem amado os homens, a ponto de exaurir-se para demonstrar-lhes Seu amor. Em retorno recebo da maior parte senão ingratidões, desprezos, ultrajes, sacrilégios, indiferenças... Eis que te peço que a primeira sexta-feira depois da oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa especial para honrar o meu Coração, comungando neste dia e dando-lhe a devida reparação por meio de um ato de desagravo, para reparar as indignidades que recebeu durante o tempo em que esteve exposto sobre os altares; e prometo-te que o Meu Coração se dilatará para derramar com abundância as influências de Seu divino Amor sobre os que tributem esta divina honra e que procurem que ela lhe seja prestada”.  

A partir daquela aparição Margarida Maria pediu o apoio do padre jesuíta Cláudio de La Colombière, seu diretor espiritual, que, ao ouvir a santa, logo na sexta-feira seguinte, dia 21 de junho de 1675, consagrou-se ao Coração de Jesus, juntamente com Margarida, e os dois, juntos, começaram a difundir a nova devoção ao Sagrado Coração de Jesus. 

Por causa do seu trabalho, Margarida Maria logo foi eleita assistente da comunidade e, depois, nomeada mestra das noviças. Em 20 de julho de 1685 conseguiu a adesão das noviças sob seu comando ao Sagrado Coração de Jesus, quando elas se ajoelharam diante Dele. Em 21 de junho do ano seguinte a devoção ao Sagrado Coração já irradiava por toda a sua comunidade. Em 7 de setembro de 1688 foi erguida a primeira capela em honra do Sagrado Coração, com bênção solene, no Mosteiro da Visitação. A partir daí a devoção espalhou-se pelo mundo, e o Vaticano começou a receber cartas pedindo a oficialização da festa. O Papa Clemente XIII concedeu a primeira licença para a Polônia, em 1765; em 23 de agosto de 1856 Pio IX estendeu a devoção para a Igreja universal. 

No dia 22 de julho de 1690, dia de seu aniversário, Margarida Maria iniciou um retiro espiritual extraordinário de quarenta dias. São delas essas palavras: “É preciso que eu tenha minhas contas sempre prontas”. Em outubro do mesmo ano renovou seu retiro anual, mas foi acometida por uma grande febre. No dia 16 do mesmo mês recebeu a comunhão dizendo que seria a última de sua vida. No dia seguinte, por volta das 17h00, seu estado de saúde se agravou; às 19h00 teve uma forte crise, que a fez dizer à sua superiora: “Agora só preciso de Deus e de abismar-me no Coração de Jesus Cristo”. Margarida Maria Alacoque faleceu naquela mesma noite (17 de outubro de 1690), enquanto recebia de um sacerdote a unção dos enfermos.  

Em 13 de maio de 1920 Margarida Maria Alacoque foi canonizada oficialmente pela Igreja, pelo Papa Bento XV.        

Promessas do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque:

    1 – Darei às almas dedicadas ao meu Coração todas as graças necessárias ao seu estado.
    2 – Farei reinar a paz em suas famílias.
    3 – Eu as consolarei em suas penas.
    4 – Serei seu refúgio seguro durante a vida e, sobretudo, na hora da morte.
    5 – Derramarei copiosas bênçãos sobre todas as suas empresas.
    6 – Os pecadores acharão em Meu Coração a fonte e o oceano infinito da misericórdia.      
    7 – As almas tíbias se tornarão fervorosas.
    8 – As almas fervorosas elevar-se-ão rapidamente a uma grande perfeição.
    9 – Abençoarei as casas em que se achar exposta e for venerada a imagem do Meu Coração.
  10 – Darei aos sacerdotes o dom de tocar os corações mais endurecidos.
  11 – As pessoas que propagarem esta devoção terão seus nomes escritos indelevelmente no Meu Coração.
  12 – O amor todo-poderoso do Meu Coração concederá a todos os que, por nove meses seguidos, confessarem-se e comungarem na primeira sexta-feira, a graça da perseverança final.

 Oração escrita por santa Margarida Maria Alacoque:

Despedaçado de dor
Senhor, por que não me concedes ser, por um só momento, a dona do coração de todos os homens, a fim de ressarcir, por meio do sacrifício que farei por eles, o esquecimento e a insensatez de todos os que não quiseram conhecer-te ou que, embora conhecendo-te, tão pouco te amaram? 
Tu, meu Deus, que vês o fundo do meu coração, olha a dor que sofro pelas minhas ingratidões e por te ver tratado tão indignamente. 
Eis-me, pois, Senhor, com o coração despedaçado de dor, humilhado, inclinado, pronto a receber de Tua mão tudo o que quiseres exigir de mim em reparação de tantos ultrajes. Amém.

Outra oração de Santa Margarida Maria Alacoque:

Eterno padre, permiti que eu vos ofereça o Coração de Jesus Cristo, Vosso amado Filho, como Ele se Vos oferece a si mesmo neste sacrifício.
Se é de Vosso agrado recebei, Senhor, esta oferta assim como todos os desejos, todos os sentimentos, todas as afeições, todos os movimentos, todos os atos deste Sagrado Coração.
São todos meus, pois Ele se imola por mim, e de ora avante recebei-os em satisfação de meus pecados em ação de graças por todos os Vossos benefícios. 
Recebei-os para me concederdes, por seus merecimentos, todas as graças que me são necessárias, principalmente a graça da perseverança final.
Recebei-os como outros tantos atos de amor, de adoração e de louvor, que ofereço à Vossa divina Majestade, pois é por Ele só que Vós sois dignamente honrado e glorificado. Amém.

Oração ao Bispo Cláudio de La Colombière – de Santa Margarida M. Alacoque:
                                  (Festa no dia 15 de fevereiro).   

Deus eterno e todo poderoso, que nestes últimos tempos nos destes um modelo perfeito de toda santidade na pessoa do bem-aventurado Pe. Cláudio de La Colombière, Vosso fiel servo da Companhia de Jesus, suplicamo-Vos, pela sua santa e poderosa intercessão junto ao Sagrado Coração de Jesus, que nos concedais a graça de imitá-lo na prática das virtudes da caridade, simplicidade e humildade, afim de que possamos alcançar também nós a felicidade eterna; por Jesus Cristo que vive e reina nos séculos dos séculos. Assim seja. (Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai). 
   
Tríduo a Santa Margarida Maria Alacoque
(Festa no dia 17 de outubro)

Primeiro dia

I – Ó grande Santa Margarida Maria, que só ao ouvirdes a palavra pecado, sentíeis o coração traspassado de profunda dor, impetrai para mim e para todos os pecadores grande horror ao pecado, e a graça de não tornar a contristar o amantíssimo Coração de Jesus com as minhas infidelidades e ingratidões. 
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai).   
   
II – Ó grande Santa Margarida, que pela vossa sincera humildade tanto agradaste ao dulcíssimo Coração de Jesus, alcançai-me a graça de imitar-vos e de gravar profundamente em meu coração estas palavras do divino Mestre: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. 
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai).

III – Ó grande Santa Margarida, que tanto amaste o sofrimento por amor de Jesus, alentai a minha fraqueza, obtendo-me a graça de sofrer, quando não com alegria, ao menos com paciência, as tribulações e adversidades que me afligem e as que aprouver ao Senhor enviar-me no futuro... 
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai).
   
Depois pode-se rezar a ladainha de Nossa Senhora, com o versículo e oração de Santa Margarida.   
         
Segundo dia

I – Ó grande Santa Margarida, que fostes escolhida para promover a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, alcançai-me grande amor a esse Coração adorável, de sorte que possa gozar dos frutos de tão salutar devoção.
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai). 
  
II – Ó grande Santa Margarida, que nos deixaste escrito: “A devoção ao Coração de Jesus não consiste só na oração, mas é principalmente uma devoção de perfeita imitação”, alcançai-me a graça de imitar as virtudes deste divino Coração e especialmente a Sua doçura, humildade e caridade.
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai). 

III – Ó grande Santa Margarida, que fostes vítima de obediência ao vosso celeste Esposo e aos vossos superiores, alcançai-me a graça de triunfar do orgulho e de obedecer docilmente a todos os que fazem para comigo as vezes de Deus.
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai).  

Terceiro Dia

   I – Ó grande Santa Margarida, que pela vossa fidelidade à graça de Deus chegastes à mais sublime e heroica santidade, compadecei-vos de minha inconstância; e fazei que eu compreenda que da docilidade e fidelidade depende a minha santificação e eterna felicidade.
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai).     

II – Ó grande Santa Margarida, que pelas vossas virtudes merecestes o privilégio de ter sempre a Deus intimamente presente e de ter a vossa morada no Coração de Jesus, com a vossa intercessão alcançai-me o desapego de qualquer afeto ao mundo e a mim mesmo, para que ande sempre na presença de Deus em união com o Coração de Jesus.
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai). 
   
III – Ó grande Santa Margarida, que na oração, e especialmente na adoração ao Santíssimo Sacramento, acháveis as vossas delícias, alcançai-me sólida e constante devoção a este augustíssimo mistério, de modo que seja a minha consolação na vida e o meu refúgio na hora da morte. Assim seja.
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai). 

Oração para o dia da festa

Bem-aventurada Santa Margarida, honra e glória da Ordem da Visitação de Nossa Senhora, insigne propagadora do culto do Sagrado Coração de Jesus, quem melhor que vós me poderá alcançar esta devoção tão doce, tão santa e tão salutar? Vós fostes por Jesus declarada a discípula predileta do Seu Santíssimo Coração, herdeira Dele e de todos os Seus tesouros no tempo e na eternidade. Vós quisestes antes sofrer neste mundo, propagando as Suas glórias, do que ir gozá-lo no céu entre os Serafins; e com quanto júbilo, quando ainda vivíeis, vistes venerado por toda a parte o Sagrado Coração de Jesus! Se aqui na Terra fostes tão caridosa com quem contrariava o vosso zelo em promover as glórias do Sagrado Coração a ponto de alcançar-lhe prodígios de graça, que não fareis agora por quem vos pede chamas de amor para poder com amor retribuir a quem tanto nos tem amado? Ah! Intercedei para que cresça em nós cada vez mais este santo fervor, e se estenda por todo o mundo esta devoção, para que voltem os desgarrados ao bom caminho e reapareçam na Terra dias serenos e de paz. Assim seja.     

Oração a Santa Margarida Maria Alacoque

Ó Santa Margarida Maria, a quem o Sagrado Coração de Jesus fez participante de seus tesouros divinos, nós vos suplicamos que nos alcanceis deste Coração adorável as graças de que temos necessidade. Nós lhas pedimos com ilimitada confiança. Digne-se o Coração divino nos conceder, pela vossa intercessão, afim de que Ele seja mais uma vez glorificado e amado por vosso meio. Assim seja.
Rogai por nós, santa Margarida.
Resposta: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos:
Senhor Jesus Cristo, que revelastes maravilhosamente as insondáveis riquezas de vosso Coração à virgem Santa Margarida Maria Alacoque, concedei-nos pelos seus merecimentos e à sua imitação que, amando-vos em tudo e sobre todas as coisas, mereçamos ter perpétua morada neste mesmo vosso Coração. Que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém.  

Bibliografia:
Revista Mensageiro do Coração de Jesus, págs. 24-27, novembro, 1990.
Sciadini, Frei Patrício. Em busca do mesmo Deus, pág. 100. Edições paulinas, São Paulo, 1980.
Manual do Coração de Jesus, 26ª edição, págs. 362-367. Mensageiro do Coração de Jesus, Rio de Janeiro, 1951. 

          
(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: Internet)

Velásquez

Diego Rodríguez de Silva Velásquez nasceu em Sevilha no ano 1599. Seu primeiro professor na arte da pintura foi Herrera, o velho, um homem muito severo que fez Velásquez mudar de atelier e mestre, quando procurou Francisco Pacheco, de quem se tornou genro, ao se casar com sua filha Juana Pacheco. Morou com a família de sua esposa durante cinco anos, quando frequentou a elite de Sevilha. 

As primeiras obras do pintor surgiram nesse período de convívio com os Pacheco, entre os anos 1618 e 1623, com os temas mais concentrados na natureza. Entre essas obras destacam-se “O Aguadeiro”, que o rei Fernando VII presenteou-a ao Duque de Wellington; “A adoração dos pastores” e “Adoração dos reis magos”, usando o claro-escuro como cores do seu estilo, uma tendência da época. 

Velásquez fez sua primeira viagem a Madri em 1622, com cartas de recomendações a algumas personalidades da corte. Recebeu o apoio do Conde-duque de Olivares, mas não pintou o retrato do rei Filipe IV porque ele estava viajando pela Catalunha e Aragão. Voltou então para Sevilha, mas um ano depois foi chamado de volta a Madri pelo Conde-duque, que o apresentou ao rei. Admirado por um retrato que Velásquez fez do cortesão Juan de Fonseca, Filipe IV encomendou um trabalho ao pintor. 

Velásquez pintou o rei Filipe IV montado a cavalo, causando admiração por toda a corte. Alguns meses depois fez outro retrato do rei, além de pintar o infante dom Carlos e outras personalidades da Família Real. No ano 1627 o rei promoveu um concurso pictórico para comemorar a expulsão dos mouriscos, cujo prêmio seria o de se tornar cavaleiro da corte. Velásquez participou desse concurso e venceu concorrentes como Carducci, Caxei e Nardi. A partir daí foi reconhecido como único pintor do rei, tornando-se pintor oficial da corte. 

Em 1630 fez uma viagem à Itália, para estudar as obras dos grandes mestres italianos em seu próprio ambiente, e se dedicou totalmente aos estudos, o que o levou a não produzir nenhuma pintura nesse período. 

Em visita a Veneza, apaixonou-se pelas obras de Ticiano e Tintoretto, quando estudou e copiou algumas delas. Pintou os quadros “A forja de vulcano” e “A túnica de José”. Ainda passou por Nápoles, onde conheceu seu compatriota Ribera, conseguindo, através dele, que o rei de Nápoles lhe comprasse alguns quadros. Em Nápoles pintou um de seus melhores quadros, o da “Infanta dona Maria”, irmã do rei Filipe IV. 

Durante essa viagem à Itália, Velásquez mudou um pouco seu estilo, mudando as cores dos seus quadros, além de imprimir maior elegância no desenho, principalmente nos seus “nus”, e, na sua volta a Madri, ao pintar o rei Filipe IV em trajes de caça e o Conde-duque de Olivares. 

De volta à corte espanhola, retornou também ao seu antigo estilo, trazendo os tons crus aos seus trabalhos. Conheceu então as obras de El Greco, copiando um pouco seu estilo nos novos quadros. A partir daí iniciou uma série de retratos de bufões, idiotas e anões da corte de Filipe IV, obras que ocupavam muito o seu tempo, onde empregou as cores branca, preta, acre e um vermelhidão. Em outros quadros usou cores variadas, como no “Cristo atado à coluna”, “A rendição de Breda” e o “Cristo crucificado”. 

Velásquez voltou novamente à Itália, chegando a Veneza no ano 1649. Dessa vez em viagem oficial, pois iria comprar obras de pintura e escultura para o palácio do rei Filipe IV. Adquiriu obras de Tintoretto, Ticiano e El Veronês; adquiriu outras obras em viagens por Roma, Florença, Nápoles e Bolonha. Aproveitou a oportunidade para pintar o quadro do Papa Inocêncio X, onde o vermelho dominava sobre todo o quadro. 

Voltando a Madri, foi nomeado por Filipe IV como encarregado do palácio, cargo que tomava todo o seu tempo. Obrigado a pintar grandes quadros para a corte, Velásquez simplificou sua técnica, o que levou os críticos a classificarem sua nova fase como sendo ousada e impressionista. 
Nessa nova fase, juntou a sobriedade e a qualidade das cores. Pintou “O coração da virgem”, “As fiandeiras” os eremitas “São Paulo e Santo Antônio Abade”, e os retratos dos anões e bufões “Esopo, Menippo e niño de Vallecas”. O quadro “As meninas”, qualificado como “a teologia da pintura”, trouxe muito prestígio para o artista. 

Velásquez fez uma viagem à ilha dos Faisões, acompanhando o rei Filipe IV com uma comitiva. Por ser o principal encarregado e cavaleiro do Hábito de São Tiago, foi o responsável por toda a decoração do pavilhão real que abrigou a todos. 

De volta a Madri, foi vencido pelo cansaço do trabalho e da viagem, chegando a falecer no dia 6 de agosto de 1660. Foi sepultado com todas as honras de um cavaleiro santiaguista, no jazigo do seu amigo dom Gaspar de Fuensalida, na igreja paroquial de São João. Sua mulher morreria oito anos depois, e sepultada no mesmo local. 

Bibliografia: 
ENCICLOPÉDIA Novo Tesouro da Juventude. Vol. XII, págs. 259 a 266. São Paulo, Opus, 1980. 
ENCICLOPÉDIA Delta Larousse. Vol. VIII, pág. 4130. Rio de Janeiro, Delta S. A., 1967. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB  foto: internet)    

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Acima das águas (Algonquinos, Califórnia)

Pai, Homem de cima,
Nós Te agradecemos por nos permitires
Viver nesta terra.

Que nossos pensamentos e orações
Possam chegar até Tua morada, no céu.
Que a fumaça dos nossos cachimbos suba a Ti.

Ó Senhor, que reinas acima das montanhas,
Das árvores e das águas,
Nós Te agradecemos por todas as coisas que nos deste:
Os frutos,
As caças,
O peixe,
A gordura do urso.

Foste bom para nós,
Estamos contentes Contigo.
Nós Te agradecemos por sermos numerosos
E podermos nos reunir
Para Te invocar.    

(Poesia: Algonquinos, Califórnia - foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

Estás longe...

Estás longe,
E apenas minha lágrima te alcança...
Estou triste,
Mas em mim renova-se a esperança...

Estás longe,
Como um cavaleiro peregrino
Pensando em voltar ao seu ninho...




Outrora
Havia sol no teu rosto,
E o teu riso era explícito,
Sem marcas de desgosto...

Agora... Agora não sei...
Estás longe...
Estás longe, sei, pensando em mim...

Teu silêncio me incomoda,
Tu me fazes muita falta;
Se ainda há algo que te recorda,
Que seja eu, tua amada...

(Poesia: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: Leilane Diniz - Maine - EUA)

Fusos horários dos países e cidades importantes:

Fusos horários dos países e de cidades importantes em relação ao horário de Brasília (BR), fora do horário de verão:

Afeganistão: +7h30
África do Sul: +5h
Albânia: +4h
Alemanha: +4h
Andorra: +4h
Angola: +4h
Anguilla: –1h                                                      
Antígua e Barbuda: –1h  
Antilhas Holandesas: –1h
Arábia Saudita: +6h
Argélia: +4h
Argentina: 0h
Armênia: +7h
Aruba: –1h
Austrália: +11h a 12h30; Camberra:+12h30  
Áustria: +4h
Azerbaidjão: +7h  

Bahamas:  –2h      
Bangladesh: +9h
Barbados: –1h
Barein: +7h
Belarus: +5h
Bélgica: +4h
Belize: –3h
Benin: +4h
Bermudas: –1h
Bolívia: –1h
Bósnia–Herzegóvina: +4h  
Botsuana: +5h
Brunei: +11h
Bulgária: +5h
Burkina Fasso: +3h
Burundi: +5h
Butão: +9h

Cabo Verde: +2h
Camarões: +4h
Camboja: +10h
Canadá: –2h
Catar: +7h  
Cazaquistão: +9h
Ceuta e Melilla: +4h
Chade: +4h
Chile: -1h
China: +11h
Chipre: +5h
Cingapura: +11h
Colômbia: –2h
Congo: +4h
Coreia do Norte: +12h
Coreia do Sul: +12h
Costa do Marfim: +3h
Costa Rica: –3h
Croácia: +4h
Cuba: –2h

Dependência de Ross: +15h
Dinamarca: +4h
Djibuti: +6h
Dominica: –1h

Egito: +5h
El Salvador: –3h
Emirados Árabes Unidos: +7h
Equador: –2h
Eritreia: +6h
Eslováquia: +4h
Eslovênia: +4h
Espanha: +4h
Estados Unidos da América: –2h (Nova York, Washington D.C.); –5h (Costa Oeste); –7h (Havaí); –7h a –8h (Alasca)    
Estônia: +5h      
Etiópia: +6h

Federação Russa: +6h
França: +4h
Fiji: +15h
Filipinas: +11h
Finlândia: +5h

Gabão: +4h
Gâmbia: +3h    
Gana: +3h
Geórgia: +7h
Gilbratar: +4h
Granada:  –1h
Grécia: +5h
Groenlândia: 0h
Guadelupe: –1h  
Guam: +13h            
Guatemala:  –3h  
Guiana: –45mim.
Guiana Francesa: 0h
Guiné-Bissau: +3h
Guiné-Equatorial: +4h

Haiti: –2h
Holanda (Países Baixos): +4h
Honduras: –3h
Hong Kong: +11h
Hungria: +4h

Iêmen: +6h
Ilhas Cayman: –2h
Ilhas do Canal: +3h
Ilhas Christmas: +10h
Ilhas Comores: +6h
Ilhas Cook: –7h30
Ilhas Faroe: +3h
Ilhas Geórgia e Sandwich do Sul: +1h
Ilha de Man: +3h
Ilhas Marianas do Norte: +13h
Ilhas Marshall: +15h
Ilhas Midway: –7h  
Ilha Norfolk: +14h30
Ilhas Salomão: +14h
Ilhas Turks e Caicos: -2h  
Ilhas Virgens Americanas: –1h
Ilhas Virgens Britânicas: –1h
Ilha Wake: +15h
Ilhas Wallis e Futuna: +15h
Índia: + 8h30
Indonésia: +10h (Java e Sumatra); +11h(Bornéu, Sulavesi, Timor e Bali); +12h(Irian Jaia).
Irã: +6h30
Iraque: +6h
Irlanda: +3h
Islândia: +3h
Israel: +5h
Itália: +4h

Jamaica: –2h
Jan Mayen: +2h
Japão: +12h
Jordânia: +5h

Kiribati: +15h
Kuweit: +6h

Laos: +10h
Lesoto: +5h
Letônia: +5h
Líbano: +5h
Libéria: +3h
Líbia: +5h
Liechtenstein: +4h
Lituânia: +5h
Luxemburgo: +4h

Macedônia: +4h
Madagascar: +6h
Malásia: +11h
Malauí: +5h
Maldivas: +8h
Mali: +3h
Malta: +4h
Malvinas (Falklands): –1h
Marrocos: +3h
Martinica: –1h
Maurício: +7h
Mauritânia: +3h
Mayote: +6h
México: –3h
Mianmá: +9h30
Micronésia: +14h
Moçambique: +5h
Moldávia: +5h
Mônaco: +4h
Mongólia: +11h
Montenegro: +4
Montserrat: –1h

Namíbia: +5h
Nauru: +15h
Nepal: +8h45
Nicarágua: –3h
Níger: +4h
Nigéria: +4h
Niue: –9h
Noruega: +4h
Nova Caledônia: +14h
Nova Zelândia: +15h

Omã: +7h

Palau: +11h
Palestina: +5h
Panamá: –2h
Papua Nova Guiné: +13h
Paquistão: +8h
Paraguai: –1h
Peru: –2h
Polinésia Francesa: –7h
Polônia: +4h
Porto Rico:  –2h
Portugal: +3h

Quênia: +6h
Quirguízia (Quirguistão): +8h

Reino Unido: + 3h
República Centro-Africana: +4h
República Dominicana: –1h  
República Tcheca: + 4h
Reunião: +7h    
Romênia: +5h
Ruanda: +5h

Saint-Pierre e Miquelon: –2h
Samoa Americana: –10h
Samoa Ocidental: –8h
San Marino: +4h
Santa Helena: +3h
Santa Lúcia: –1h
São Cristóvão e Névis: -1h
São Tomé e Príncipe: +3h
São Vicente e Granadinas: –1h
Senegal: +3h
Serra Leoa: +3h
Seychelles: +7h
Sérvia: +4h
Síria: +5h
Somália: +6h
Sri Lanka: +8h30
Suazilândia: +5h
Sudão: +5h
Suécia: +4h
Suíça: +4h
Suriname:  –30m
Svalbard: +4h

Tadjiquistão: +8h
Tailândia: +10h
Tanzânia: +6h
Taiwan: +11h
Terras Austrais e Antárticas da França: +8h (Crozet, Kerguelen, Saint Paul e Amsterdã)
Território Antártico da Noruega: +4h (Bouvet); +2h (Terra da Rainha Maudi); –2h (Pedro I)    
Território Britânico do Oceano Índico: +8h                          
Timor-Leste: +12h
Togo: +3h
Tonga: +16h
Toquelau: –10h
Trinidad e Tobago: –1h
Tunísia: +4h
Turcomenistão: +8h
Turquia: +5h
Tuvalu: +15h

Ucrânia: +5h
Uganda: +6h
Uruguai: 0h
Uzbequistão: +8h (oeste); +9h (Tashkent)

Vanuatu: +14h
Vaticano:+4h
Venezuela: –1h
Vietnã: +10h          

Zâmbia: +5h
Zimbábue: +5h
     
(Pesquisa e foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)

domingo, 3 de novembro de 2013

Tungstênio

Símbolo: W
Massa atômica: 183,85
Número atômico: 74
Ponto de fusão: 3695 K (3.422 ºC)
Ponto de ebulição: 5828 K (5555 ºC)
Densidade: 19,3 g/cm³
Ano da descoberta: 1783
Autores da descoberta: Espanhóis d’Elhuyar, Fausto e Juan José
Origem do nome: Sueca: Tung Sten. Obs.: o símbolo W é do alemão Wolfram ou Wolfrânio.
Significado: Pedra pesada
Utilidades: Eletrodo de solda, fio para lâmpada, tanque de guerra, granada, tubo de jato de foguete, etc.

Características:
Em sua forma pura o tungstênio tem coloração cinza prateada, pode ser cortado com serra, forjado, trefilado, mas em sua forma impura é quebradiço e difícil de trabalhar. É o metal de mais alto ponto de fusão e o de maior resistência a temperaturas acima de 1650 ºC. Sofre oxidação no ar em altas temperaturas, é resistente à corrosão e de baixa toxidade.    

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: Wikipédia - internet)

Harpia

Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Accpitriformes e Falconiformes
Família: Accpitridae
Gênero: Harpia
Espécie: H. harpyja
Nome binomial: Harpia harpyja




Características:
A harpia é também conhecida como gavião-real, gavião-de-penacho, uiraçu, uiruuetê,  uraçu, cutucurim e uiraçu-verdadeiro. É uma das maiores e mais pesadas aves de rapina do mundo. Ambos os sexos têm uma crista de penas largas que levantam quando ouvem algum ruído. Tem olhos pequenos, crista com 2 penas maiores e uma cauda com 3 faixas cinzentas que pode medir 2/3 do comprimento da asa.

Suas asas são longas e redondas, penas curtas e grossas, dedos extremamente fortes, com grandes garras, capazes de levantar um carneiro. A cabeça é cinza, papo e nuca, negros, peito, barriga e dentro das asas, brancos.

Seu voo é acrobático em ambientes florestais de espaços fechados, alternando rápidas batidas de asas com planeio. É encontrada em florestas tropicais do México à Bolívia, Argentina e grande parte do Brasil, principalmente a Amazônia.

Tem um assovio longo e estridente, alimenta-se de até 19 espécies de animais, entre os quais macacos, preguiças e lêmures. Mede 50 a 90 cm de altura, 105 cm de comprimento e 2,5 m de envergadura. O macho pesa 4 a 4,5 kg e a fêmea, 6 a 9 kg; suas unhas medem até 7 cm. 

Ave monogâmica, faz ninho em árvores altas, de até 40 m, com galhos bem separados; seu ninho, por sua vez, feito de galhos, é perene, sendo refeito a cada período reprodutivo, que vai de junho a novembro. O casal dá 1 cria a cada 2 a 3 anos; a incubação dura 2 meses e a fêmea põe de 1 a 2 ovos; porém se os dois obtiverem sucesso, o primogênito mata o menor.           

O filhote testa suas asas aos 6 meses e fica aos cuidados dos pais dos 6 aos 8 meses. Sua maturidade sexual ocorre dos 4 aos 5 anos de idade, e o indivíduo pode retornar ao ninho em que nasceu. A harpia pode viver até os 40 anos.

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - foto: internet)       

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

João Carlos de Villagran Cabrita - militar brasileiro

João Carlos de Villagran Cabrita nasceu na Província Cisplatina, hoje Uruguai, no dia 30 de dezembro de 1820. Aos 20 anos de idade iniciou carreira militar, assentando praça no dia 13 de janeiro de 1840, sendo reconhecido Cadete 22 dias depois. Matriculado na Escola Militar da Corte, foi declarado Alferes no dia 2 de dezembro de 1840. Tornou-se capitão no Batalhão de Engenheiros no dia 24 de julho de 1865, no início da Guerra do Paraguai. Promovido a major, assumiu o comando de sua unidade, logo tornando-se tenente-coronel. 

Durante a guerra, com o seu contingente de cerca de 900 homens, avançou, através da cidade argentina de Corrientes, e transpôs o rio Paraná, parando, com o seu contingente, numa ilhota chamada Redenção ou Cabrita, ilha que já não existe. Naquele lugar foi atacado por um contingente paraguaio de cerca de 11.200 homens, onde pereceu com todos os seus homens, sendo que a maioria por afogamento nas águas do rio Paraná. Já João Carlos foi atingido por uma bala de canhão 68, quando estava num lanchão com seu secretário Alferes Luís Carlos Woolf, no dia 10 de abril de 1866. Ele é patrono da Arma de Engenharia do Exército brasileiro. 

(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)

Planeta Júpiter

O Planeta Júpiter é o maior do Sistema Solar, tanto em diâmetro quanto em massa, sendo o 5º mais próximo do Sol. Faz parte dos planetas gasosos, com Saturno, Urano e Netuno; é composto de hidrogênio e hélio, possui núcleo com elementos mais pesados e tem forma de esfera oblata por causa de sua rápida rotação, de 10 horas. 

Sua atmosfera é dividida em faixas, com várias latitudes, resultando em turbulências e tempestades onde as faixas se encontram; uma dessas tempestades se chama Grande Mancha Vermelha, cujos ventos atingem até 500 km/h, de diâmetro transversal duas vezes maior do que a Terra. Observado a olho nu ele é o 4º objeto mais brilhante no céu, depois do Sol, da Lua e Vênus. Possui tênue sistema de anéis e uma poderosa magnetosfera. Possui 64 satélites conhecidos, sendo 4 descobertos por Galileu em 1610: Ganímedes, o maior do Sistema Solar, Calisto, Io e Europa. O satélite Europa possui um oceano líquido. Já seus anéis apresentam 6.800 km de largura e estão a 50.200 km das nuvens superiores; seu núcleo é muito quente e libera mais energia para o espaço do que recebe do Sol. Júpiter só não é uma estrela porque não possui massa suficiente para elevar a pressão e a temperatura dos gases para produzir reações nucleares.   

Júpiter foi impactado pelo cometa Shoemaker-Levy 9 em 1994, sendo presenciado pela sonda Galileu. Seu nome foi batizado pelos romanos, com o nome de um deus da sua  mitologia.

Ficha técnica de Júpiter:

Área de superfície: 61.418.738.571 km²
Raio: 69.911 km.
Distância do Sol: 778.400.000 km.
Período de rotação (dia): 9 horas e 9 minutos terrestres.
Período de translação (ano): 11 anos e 9 meses terrestres.
Periélio: 740.573.600 km (4,950429 UA).
Afélio: 816.520.800 km (5,458104 UA).
Diâmetro: 142.984 km.
Gravidade: 100 kg na Terra equivalem a 250 kg em Júpiter (24,79 m/s²).
Temperatura média: -165 K (-108 ºC) 
Principais satélites: Adrastea, Amaltea, Ananke, Calisto, Carme, Elara, Europa, Ganímedes, Himalaia, Io, Leda, Lisitea, Metis, Pasiphae, Sínope, Tebe, etc. 
Composição da atmosfera: Hidrogênio, hélio, amônia.        

(Texto: Eliza Ribeiro -Taperoá - PB - Foto e pesquisa: internet)