Ninguém há de saber que eu existi;
Das dores e angustias que senti,
Da falta secular de um carinho.
Nem um único ser, cruel, mesquinho,
Que possa me dizer do que perdi,
Que reviva toda a vida que vivi
E nunca mais eu viverei sozinho.
Mas não, nem um ser sequer me vem,
Tudo em volta me cuida com desdém;
Por décadas é este o meu calvário.
Se o mundo não percebe que eu existo
Cansado de lutar, hoje desisto
E sigo meu destino solitário.
(Poesia: Anacreonte Sordano - Foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)
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