quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O silêncio ( Faraó Amenemope)


O irrequieto no templo se assemelha
A uma árvore crescendo em lugar fechado.
O brotar de seus ramos
Não dura mais que um breve instante
E termina nas mãos do lenhador.
É transportada por mar para longe de seu devido lugar,
E a chama é sua mortalha.

O verdadeiro silencioso,
Que se mantém de lado,
Se assemelha a uma árvore crescida em campo aberto.

Ele floresce, dobra a sua produção
E se ergue diante  de seu mestre.

Seus frutos são doces,
Sua sombra deliciosa.
Ele vai até o fim
Dentro de seu próprio jardim.

(Poesia: Faraó Amenemope - Foto: Eliza Ribeiro  - Taperoá - PB)

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