Nanaê, Nanã, Naiana, Nanaê (Eh, eh)
Nanaê, Nanã, Naiana. (Refrão)
Como o mano irmana na jangana,
Como o mano irmana na jangana, Nanaê. (Auá!)
Nanaê cantava pra sinhazinha dormir ao luê,
Pra ir pra debaixo do pé de café
Fazer canjerê, Nanaê. (Ah!)
Nanaê, Nanã, Naiana, Nanaê (Eh, eh)
Nanaê, Nanã, Naiana.
Como o mano irmana na jangana,
Como o mano irmana na jangana, Nanaê. (Auá!)
Se sinhazinha acordasse antes de Nanaê chegar
E começasse a chorar
Senhor mandava amarrar Nanaê
E chibatar Nanaê (Ah!)
Nanaê, Nanã, Naiana, Nanaê. (Eh, eh)
Nanaê, Nanã, Naiana.
Como o mano irmana na jangana,
Como o mano irmana na jangana, Nanaê. (Auá)
Mas Nanaê se incorporava de Nanã Buruquê
E não sentia a pancada doer, Nanaê. (Ah!)
Nanaê, Nanã, Naiana, Nanaê. (Eh, eh)
Nanaê, Nanã, Naiana.
Como o mano irmana na jangana,
Como o mano irmana na jangana, Nanaê. (Auá)
Sinhazinha ninada,
Embalada no cantar da negrotina Nanaê
Herdou todo o seu ser.
Hoje em noite de Luana é sinhazinha
Quem vai dançar na Mujungana, Nanaê. (Ah!)
Nanaê, Nanã, Naiana, Nanaê. (Eh, eh)
Nanaê, Nanã, Naiana.
Como o mano irmana na jangana,
Como o mano irmana na jangana, Nanaê. (Auá)
Canta: Clara Nunes
Compositor: Sidney da Conceição
Disco: Alvorecer - 1974
Odeon SMOFB 3835
domingo, 23 de julho de 2017
Nação: letra - música de Clara Nunes
Dorival Caymmi falou pra Oxum
Com Silas to em boa companhia
O céu abraça a terra
Deságua o rio na Bahia.
Jêje
Minha sede é dos rios
A minha cor é o arco-íris
Minha fome é tanta
Planta flor-irmã da bandeira
A minha sina é verde-amarela feito a bananeira.
Ouro cobre o espelho esmeralda
No berço esplêndido
A floresta em calda, manjedoura d’alma
Labaragua, sete-queda em chama
Cobra de ferro, Oxum-maré
Homem e mulher na cama.
Jêje
Tuas asas de pomba
Presas nas costas com mel e dendê
Aguentam por um fio.
Sofrem o bafio da fera
O bombardeio de caramuru
A sanha d’anhanguera.
Jêje
Tua boca do lixo
Escarra o sangue
De outra hemoptise
No canal do Mangue.
O uirapuru das cinzas chama
Rebenta a louça
Oxum-maré
Dança em teu mar de lama.
Canta: Clara Nunes
Compositores: João Bosco/Aldir Blanc/Paulo Emílio
Disco: Nação - 1982
EMI-Odeon 062 421236
Com Silas to em boa companhia
O céu abraça a terra
Deságua o rio na Bahia.
Jêje
Minha sede é dos rios
A minha cor é o arco-íris
Minha fome é tanta
Planta flor-irmã da bandeira
A minha sina é verde-amarela feito a bananeira.
Ouro cobre o espelho esmeralda
No berço esplêndido
A floresta em calda, manjedoura d’alma
Labaragua, sete-queda em chama
Cobra de ferro, Oxum-maré
Homem e mulher na cama.
Jêje
Tuas asas de pomba
Presas nas costas com mel e dendê
Aguentam por um fio.
Sofrem o bafio da fera
O bombardeio de caramuru
A sanha d’anhanguera.
Jêje
Tua boca do lixo
Escarra o sangue
De outra hemoptise
No canal do Mangue.
O uirapuru das cinzas chama
Rebenta a louça
Oxum-maré
Dança em teu mar de lama.
Canta: Clara Nunes
Compositores: João Bosco/Aldir Blanc/Paulo Emílio
Disco: Nação - 1982
EMI-Odeon 062 421236
Na linha do mar: letra - música de Clara Nunes
Galo cantou
Às quatro da manhã
Céu azulou
Na linha do mar
Vou me embora desse mundo de ilusão
Quem me vê sorrir
Não há de me ver chorar.
Flechas sorrateiras, cheias de veneno,
Querem atingir o meu coração
Mas o meu amor, sempre tão sereno,
Serve de escudo pra qualquer ingratidão.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Paulinho da Viola
Disco: Esperança - 1979
EMI-Odeon 062 421168
Às quatro da manhã
Céu azulou
Na linha do mar
Vou me embora desse mundo de ilusão
Quem me vê sorrir
Não há de me ver chorar.
Flechas sorrateiras, cheias de veneno,
Querem atingir o meu coração
Mas o meu amor, sempre tão sereno,
Serve de escudo pra qualquer ingratidão.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Paulinho da Viola
Disco: Esperança - 1979
EMI-Odeon 062 421168
sábado, 22 de julho de 2017
Mulata do balaio: letra - música de Clara Nunes
Ê banana ouro,
Ê banana prata,
Bamboleando o balaio
Lá vai a mulata.
Balançando por onde passa
A prata dos balangandãs,
Deixando um cheirinho tão bom
De banana maçã.
Quando ela passa na praça
Com seu samburá pelo chão,
Deixa um chamego
Que é pra nego escorregar.
E na ginga,
Quando se endominga pra ir passear,
Deixa branco e nego zonzo
Gemendo nos gonzos, morrendo de amar.
Ê banana ouro,
Ê banana prata,
Bamboleando o balaio
Lá vai a mulata.
Ela, de bata rendada sobre o camisu,
Leva dois fios de conta:
Um de ouro e outro azul,
E o balaio vai bamboleando pra lá e pra cá,
Pondo branco e nego zonzo,
Gemendo nos gonzos e morrendo de amar.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Wilson Moreira/Nei Lopes
Disco: Esperança - 1979
EMI-Odeon 062 421168
Ê banana prata,
Bamboleando o balaio
Lá vai a mulata.
Balançando por onde passa
A prata dos balangandãs,
Deixando um cheirinho tão bom
De banana maçã.
Quando ela passa na praça
Com seu samburá pelo chão,
Deixa um chamego
Que é pra nego escorregar.
E na ginga,
Quando se endominga pra ir passear,
Deixa branco e nego zonzo
Gemendo nos gonzos, morrendo de amar.
Ê banana ouro,
Ê banana prata,
Bamboleando o balaio
Lá vai a mulata.
Ela, de bata rendada sobre o camisu,
Leva dois fios de conta:
Um de ouro e outro azul,
E o balaio vai bamboleando pra lá e pra cá,
Pondo branco e nego zonzo,
Gemendo nos gonzos e morrendo de amar.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Wilson Moreira/Nei Lopes
Disco: Esperança - 1979
EMI-Odeon 062 421168
Morrendo verso em verso: letra - música de Clara Nunes
Sem você sou só metade,
Sinto falta do seu beijo;
Tenho boca, pouco falo,
Tenho olhos, pouco vejo.
Sambei na cidade com um cordão,
Ganhei na verdade a consagração,
Mas pra mim foi só a metade;
Faltou-me a sua mão.
Anda, amor,
Vê se dá pra voltar agora;
A Lua derramou tristeza,
E a brisa, que é uma beleza,
Esfria o coração que chora.
Tudo é mesmo só metade,
Restou somente uma saudade;
Depois que você foi embora
Vou morrendo verso em verso;
Volta, amor, que é hora.
Canta: Clara Nunes
Compositor: João Nogueira
Disco: Clara Nunes - 1971
Odeon MOFB 3667
Sinto falta do seu beijo;
Tenho boca, pouco falo,
Tenho olhos, pouco vejo.
Sambei na cidade com um cordão,
Ganhei na verdade a consagração,
Mas pra mim foi só a metade;
Faltou-me a sua mão.
Anda, amor,
Vê se dá pra voltar agora;
A Lua derramou tristeza,
E a brisa, que é uma beleza,
Esfria o coração que chora.
Tudo é mesmo só metade,
Restou somente uma saudade;
Depois que você foi embora
Vou morrendo verso em verso;
Volta, amor, que é hora.
Canta: Clara Nunes
Compositor: João Nogueira
Disco: Clara Nunes - 1971
Odeon MOFB 3667
Morena do mar: letra - música de Clara Nunes
Morena do mar, oi, eu,
Morena do mar;
Morena do mar sou eu
Que acabou de chegar.
Morena do mar
Eu disse que ia chegar,
Ai, eu disse que ia chegar.
Cheguei.
Para te agradar, ai,
Eu trouxe as conchinhas do mar...
Morena,
Para te enfeitar
Eu trouxe os peixinhos do mar,
As estrelas do céu, morena,
As estrelas do mar, ai,
As pratas e os ouros de Yemanjá... (Bis)
Yemanjá, Yemanjá,
Sou pescador, moro nas ondas do mar,
Também sou filho de Yemanjá... (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositor: Dorival Caymmi
Disco: Clara Clarice Clara - 1972
Odeon MOFB 3709
Morena do mar;
Morena do mar sou eu
Que acabou de chegar.
Morena do mar
Eu disse que ia chegar,
Ai, eu disse que ia chegar.
Cheguei.
Para te agradar, ai,
Eu trouxe as conchinhas do mar...
Morena,
Para te enfeitar
Eu trouxe os peixinhos do mar,
As estrelas do céu, morena,
As estrelas do mar, ai,
As pratas e os ouros de Yemanjá... (Bis)
Yemanjá, Yemanjá,
Sou pescador, moro nas ondas do mar,
Também sou filho de Yemanjá... (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositor: Dorival Caymmi
Disco: Clara Clarice Clara - 1972
Odeon MOFB 3709
Morena de Angola: letra - música de Clara Nunes
Morena de Angola
Que leva o chocalho amarrado na canela
Será que ela mexe o chocalho
Ou o chocalho é que mexe com ela.
Será que a morena cochila
Escutando o cochicho do chocalho,
Será que desperta gingando
E já vai chocalhando pro trabalho?
Será que ela tá na cozinha
Guisando a galinha à cabidela,
Será que esqueceu da galinha
E ficou batucando na panela?
Será que no meio da mata na moita
A morena ainda chocalha,
Será que ela não fica afoita pra dançar
Na chama da batalha?
Morena de Angola
Que leva o chocalho amarrado na canela,
Passando pelo regimento
Ela faz requebrar a sentinela.
Será que quando vai pra cama
A morena se esquece dos chocalhos,
Será que namora fazendo bochicho
Com seus penduricalhos?
Será que ela tá caprichando no peixe
Que eu trouxe de Benguela,
Será que tá no remelexo
E abandonou meu peixe na tigela?
Será que quando fica choca
Põe de quarentena o seu chocalho,
Será que depois ela bota a canela
No nicho do pirralho?
Eu acho que deixei um cacho
Do meu coração na Catumbela.
Morena, bichinha danada,
Minha camarada do MPLA.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Chico Buarque
Disco: Brasil mestiço - 1980
.EMI-Odeon 062 421207
Que leva o chocalho amarrado na canela
Será que ela mexe o chocalho
Ou o chocalho é que mexe com ela.
Será que a morena cochila
Escutando o cochicho do chocalho,
Será que desperta gingando
E já vai chocalhando pro trabalho?
Será que ela tá na cozinha
Guisando a galinha à cabidela,
Será que esqueceu da galinha
E ficou batucando na panela?
Será que no meio da mata na moita
A morena ainda chocalha,
Será que ela não fica afoita pra dançar
Na chama da batalha?
Morena de Angola
Que leva o chocalho amarrado na canela,
Passando pelo regimento
Ela faz requebrar a sentinela.
Será que quando vai pra cama
A morena se esquece dos chocalhos,
Será que namora fazendo bochicho
Com seus penduricalhos?
Será que ela tá caprichando no peixe
Que eu trouxe de Benguela,
Será que tá no remelexo
E abandonou meu peixe na tigela?
Será que quando fica choca
Põe de quarentena o seu chocalho,
Será que depois ela bota a canela
No nicho do pirralho?
Eu acho que deixei um cacho
Do meu coração na Catumbela.
Morena, bichinha danada,
Minha camarada do MPLA.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Chico Buarque
Disco: Brasil mestiço - 1980
.EMI-Odeon 062 421207
Moeda: letra - música de Clara Nunes
Joga a moeda e vê qual a sorte que vai dar;
Se o destino é muito forte
A moeda é um corte
Que dá pra morrer,
E se a vida é meia morte
A morte só vem pra quem quer viver.
Ê, ofício,
Oi, que vida difícil de entender. (Bis)
A minha raça
É o produto da cana e da cachaça,
Café, ouro velho e alcobaça,
É uma rosa acabando de nascer.
A minha terra
É um mosaico de pedra portuguesa
Pintada de sangue, com certeza,
Em volta do mangue, pra se ver.
A minha casa
É uma cabana de palmeira
Que dá palha pra esteira
Onde eu durmo pra esquecer.
Ê, ofício,
Oi, que vida difícil de entender. (Bis)
O meu enfeite
É uma figa, é uma concha, é uma guia,
É uma folha de arruda, é simpatia
Que a gente não pode saber.
O meu amor
É mistura de dengo e de carinho,
É um molho de coentro e de cominho,
É uma reza maldita de benzer.
Minha cantiga
É oração das rezadeiras,
É o canto das lavadeiras
Que eu sempre quis aprender.
Ê, ofício,
Oi, que vida difícil d entender. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Toninho/Romildo
Disco: Guerreira - 1978
EMI-Odeon 062 421096
Se o destino é muito forte
A moeda é um corte
Que dá pra morrer,
E se a vida é meia morte
A morte só vem pra quem quer viver.
Ê, ofício,
Oi, que vida difícil de entender. (Bis)
A minha raça
É o produto da cana e da cachaça,
Café, ouro velho e alcobaça,
É uma rosa acabando de nascer.
A minha terra
É um mosaico de pedra portuguesa
Pintada de sangue, com certeza,
Em volta do mangue, pra se ver.
A minha casa
É uma cabana de palmeira
Que dá palha pra esteira
Onde eu durmo pra esquecer.
Ê, ofício,
Oi, que vida difícil de entender. (Bis)
O meu enfeite
É uma figa, é uma concha, é uma guia,
É uma folha de arruda, é simpatia
Que a gente não pode saber.
O meu amor
É mistura de dengo e de carinho,
É um molho de coentro e de cominho,
É uma reza maldita de benzer.
Minha cantiga
É oração das rezadeiras,
É o canto das lavadeiras
Que eu sempre quis aprender.
Ê, ofício,
Oi, que vida difícil d entender. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Toninho/Romildo
Disco: Guerreira - 1978
EMI-Odeon 062 421096
sábado, 15 de julho de 2017
Misticismo da África ao Brasil: letra - música de Clara Nunes
Eu venho de Angola,
Sou rei da magia;
Minha terra é muito longe,
Meu gongá é na Bahia.
Agô, ô, ô, ô...
Lua alta,
Som constante,
Ressoam os atabaques
Lembrando a África distante
E o rufar dos tambores
Lá no alto da serra
Personificando o misticismo
Que aqui se encerra.
Saravá, pai Oxalá,
Que o meu samba inspirou;
Saravá todo povo de Angola, agô.
Agô, ô, ô, ô...
Lá na mata tem mironga,
Eu quero ver;
Lá na mata tem um coco
E esse coco tem dendê. (Bis)
Das planícies às coxilhas
O misticismo se alastrou
Num torvelinho de magia
Que preto velho ditou
E o fetiche e o quebranto
Ele nos legou.
Eu venho de Angola,
Sou rei da magia;
Minha terra é muito longe,
Meu gongá é na Bahia.
Tem areia, ô,
Tem areia;
Tem areia no fundo do mar,
Tem areia. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: João Galvão/Vilmar Costa/Mário Pereira
Disco: Clara Nunes - 1971
Odeon MOFB 3667
Sou rei da magia;
Minha terra é muito longe,
Meu gongá é na Bahia.
Agô, ô, ô, ô...
Lua alta,
Som constante,
Ressoam os atabaques
Lembrando a África distante
E o rufar dos tambores
Lá no alto da serra
Personificando o misticismo
Que aqui se encerra.
Saravá, pai Oxalá,
Que o meu samba inspirou;
Saravá todo povo de Angola, agô.
Agô, ô, ô, ô...
Lá na mata tem mironga,
Eu quero ver;
Lá na mata tem um coco
E esse coco tem dendê. (Bis)
Das planícies às coxilhas
O misticismo se alastrou
Num torvelinho de magia
Que preto velho ditou
E o fetiche e o quebranto
Ele nos legou.
Eu venho de Angola,
Sou rei da magia;
Minha terra é muito longe,
Meu gongá é na Bahia.
Tem areia, ô,
Tem areia;
Tem areia no fundo do mar,
Tem areia. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: João Galvão/Vilmar Costa/Mário Pereira
Disco: Clara Nunes - 1971
Odeon MOFB 3667
Minha partida: letra - música de Clara Nunes
É chegada a hora de partir;
Amanhã, quem sabe, eu volto aqui. (Bis)
Vou mas eu volto,
Não precisa ficar triste;
Este adeus é até logo.
Minha partida
Tem que ser entre sorrisos;
Cada qual vai procurar viver sua vida.
Não é propriamente despedida;
É saudade recolhida
E é por isso que eu vou já,
Mas eu vou voltar.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Elizabeth/David Nasser
Disco: Você passa eu acho graça - 1968
Odeon - MOFB 3557
Amanhã, quem sabe, eu volto aqui. (Bis)
Vou mas eu volto,
Não precisa ficar triste;
Este adeus é até logo.
Minha partida
Tem que ser entre sorrisos;
Cada qual vai procurar viver sua vida.
Não é propriamente despedida;
É saudade recolhida
E é por isso que eu vou já,
Mas eu vou voltar.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Elizabeth/David Nasser
Disco: Você passa eu acho graça - 1968
Odeon - MOFB 3557
Minha missão: letra - música de Clara Nunes
Quando eu canto
É para aliviar meu pranto
E o pranto de quem
Já tanto sofreu
Quando eu canto
Estou sentindo a luz de um santo
Estou ajoelhando aos pés de Deus.
Canto para anunciar o dia
Canto para amenizar a noite
Canto para denunciar o açoite
Canto também contra a tirania
Canto porque numa melodia
Acendo no coração do povo
A esperança de um mundo novo
E a luta para se viver em paz.
Do poder da criação
Sou continuação
E quero agradecer
Foi ouvida a minha súplica
Mensageiro sou da música.
O meu canto é uma missão
Tem força de oração
E eu cumpro o meu dever
Aos que vivem a chorar
Eu vivo pra cantar
E canto pra viver.
Quando eu canto, a morte me percorre
E eu solto um canto da garganta
Que a cigarra quando canta morre
E a madeira quando morre canta.
Canta: Clara Nunes
Compositores: João Nogueira/Paulo César Pinheiro
Disco: Clara - 1981
EMI-Odeon - 062 421224
É para aliviar meu pranto
E o pranto de quem
Já tanto sofreu
Quando eu canto
Estou sentindo a luz de um santo
Estou ajoelhando aos pés de Deus.
Canto para anunciar o dia
Canto para amenizar a noite
Canto para denunciar o açoite
Canto também contra a tirania
Canto porque numa melodia
Acendo no coração do povo
A esperança de um mundo novo
E a luta para se viver em paz.
Do poder da criação
Sou continuação
E quero agradecer
Foi ouvida a minha súplica
Mensageiro sou da música.
O meu canto é uma missão
Tem força de oração
E eu cumpro o meu dever
Aos que vivem a chorar
Eu vivo pra cantar
E canto pra viver.
Quando eu canto, a morte me percorre
E eu solto um canto da garganta
Que a cigarra quando canta morre
E a madeira quando morre canta.
Canta: Clara Nunes
Compositores: João Nogueira/Paulo César Pinheiro
Disco: Clara - 1981
EMI-Odeon - 062 421224
Minha gente do morro: letra - música de Clara Nunes
Ontem estive no morro
E voltei chorando
Meu povo sofrendo, crianças penando...
Morro sem malandro
Que já tem senhor (vejam só!).
Disseram que compraram o morro
Estão derrubando os barracos de zinco
Estão se acabando
Pra morar no morro tem que ser doutor.
Mudaram meu povo pra longe,
Bem distante,
Aonde Deus não faz morada
Que culpa tenho eu se nasci pobre
Se não posso levar vida de nobre
Meu salário não dá sequer pra alimentar
E as crianças não entendem o por quê
Que eu nada mais posso oferecer
E nem eu posso entender.
Mas um dia
Hei de ver o meu povo feliz a cantar
Lalalalalalala... (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Jaime/Candeia
Disco: Esperança - 1979
EMI-Odeon 062 421168
E voltei chorando
Meu povo sofrendo, crianças penando...
Morro sem malandro
Que já tem senhor (vejam só!).
Disseram que compraram o morro
Estão derrubando os barracos de zinco
Estão se acabando
Pra morar no morro tem que ser doutor.
Mudaram meu povo pra longe,
Bem distante,
Aonde Deus não faz morada
Que culpa tenho eu se nasci pobre
Se não posso levar vida de nobre
Meu salário não dá sequer pra alimentar
E as crianças não entendem o por quê
Que eu nada mais posso oferecer
E nem eu posso entender.
Mas um dia
Hei de ver o meu povo feliz a cantar
Lalalalalalala... (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Jaime/Candeia
Disco: Esperança - 1979
EMI-Odeon 062 421168
Minha festa: letra - música de Clara Nunes
Graças a Deus
Minha vida mudou
Quem me viu, quem me vê
A tristeza acabou
Contigo aprendi a sorrir
Escondeste o pranto de quem
Sofreu tanto.
Organizaste uma festa em mim
É por isso que eu canto assim.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Nelson Cavaquinho/Guilherme de Brito
Disco: Clara Nunes - 1973
Odeon - SMOFB 3767
Minha vida mudou
Quem me viu, quem me vê
A tristeza acabou
Contigo aprendi a sorrir
Escondeste o pranto de quem
Sofreu tanto.
Organizaste uma festa em mim
É por isso que eu canto assim.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Nelson Cavaquinho/Guilherme de Brito
Disco: Clara Nunes - 1973
Odeon - SMOFB 3767
Meus tempos de criança: letra - música de Clara Nunes
Eu daria tudo que tivesse
Pra voltar ao tempo de criança;
Eu não sei pra que que a gente cresce
Se não sai da gente essa lembrança.
Aos domingos, missa na matriz
Da cidadezinha onde nasci,
Ai, meu Deus, eu era tão feliz
No meu pequenino Miraí!
Que saudade da professorinha
Que me ensinou o be-a-bá;
Onde andará Mariazinha,
Meu primeiro amor, onde andará?
Eu, igual a toda meninada,
Quanta travessura eu fazia:
Jogo de botões sobre a calçada;
Eu era tão feliz e não sabia.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Ataulfo Alves
Disco: A beleza que canta - 1969
Odeon - MOFB 3594
Pra voltar ao tempo de criança;
Eu não sei pra que que a gente cresce
Se não sai da gente essa lembrança.
Aos domingos, missa na matriz
Da cidadezinha onde nasci,
Ai, meu Deus, eu era tão feliz
No meu pequenino Miraí!
Que saudade da professorinha
Que me ensinou o be-a-bá;
Onde andará Mariazinha,
Meu primeiro amor, onde andará?
Eu, igual a toda meninada,
Quanta travessura eu fazia:
Jogo de botões sobre a calçada;
Eu era tão feliz e não sabia.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Ataulfo Alves
Disco: A beleza que canta - 1969
Odeon - MOFB 3594
segunda-feira, 10 de julho de 2017
Meu sofrer: letra - música de Clara Nunes
Meu sofrer
Não tem fim
Oh! Meu Deus,
Tenha pena de mim.
Eu vivo no mundo penando como um condenado
Talvez eu esteja pagando o meu grande pecado:
De um amor eu zombei;
Peço perdão ao meu Deus,
Errei.
Eu que vivia sorrindo, zombando da dor,
Julgava ser insensível ao mal do amor,
Hoje também amo alguém
Que não me tem amizade;
Surge mais um sofredor,
Eis a realidade.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Marçal/Bide
Disco: Canto das três raças - 1976
EMI-Odeon - XSMOFB 3915
Não tem fim
Oh! Meu Deus,
Tenha pena de mim.
Eu vivo no mundo penando como um condenado
Talvez eu esteja pagando o meu grande pecado:
De um amor eu zombei;
Peço perdão ao meu Deus,
Errei.
Eu que vivia sorrindo, zombando da dor,
Julgava ser insensível ao mal do amor,
Hoje também amo alguém
Que não me tem amizade;
Surge mais um sofredor,
Eis a realidade.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Marçal/Bide
Disco: Canto das três raças - 1976
EMI-Odeon - XSMOFB 3915
Meu sapato já furou: letra - música de Clara Nunes
Meu sapato já furou
Minha roupa já rasgou
E eu não tenho onde morar
Meu dinheiro acabou
Eu nem sei pra onde vou
Como é que eu vou ficar?
Eu não sei nem mais sorrir
Meu amor me abandonou
Sem motivo e sem razão
E pra melhorar minha situação
Eu fiz promessa pra São Luiz Durão.
Quem me vê assim pode até pensar
Que eu cheguei ao fim
Mas quando a minha vida melhorar
Eu vou zombar de quem sorriu de mim.
Meu sapato já furou...
Canta: Clara Nunes
Compositores: Elton Medeiros/Mauro Duarte
Disco: Alvorecer - 1974
Odeon - XMOFB 3835
Minha roupa já rasgou
E eu não tenho onde morar
Meu dinheiro acabou
Eu nem sei pra onde vou
Como é que eu vou ficar?
Eu não sei nem mais sorrir
Meu amor me abandonou
Sem motivo e sem razão
E pra melhorar minha situação
Eu fiz promessa pra São Luiz Durão.
Quem me vê assim pode até pensar
Que eu cheguei ao fim
Mas quando a minha vida melhorar
Eu vou zombar de quem sorriu de mim.
Meu sapato já furou...
Canta: Clara Nunes
Compositores: Elton Medeiros/Mauro Duarte
Disco: Alvorecer - 1974
Odeon - XMOFB 3835
Meu lema: letra - música de Clara Nunes
La laia La laia
La laia La laia
La laia La laia
La laia La laia...
Vim do cansaço e dos abraços,
De amores idos já perdidos;
Me encontrei, morena,
Em meio à solidão.
Jurei não dar nem mais um passo
Que fosse me levar ao encontro da paixão;
Do mundo muito eu já sei,
Porém muito tenho que aprender.
Não, não quero amar sem paz,
Eu já sofri demais;
Discreto o amor agora tem de ser.
Tudo o que ficou pra trás
Já não importa mais;
O amor é só você.
Não vivo de novelas,
Já vi muitas delas:
Castelos, fantasias, sonhos tão azuis...
A vida me ensinou, morena,
Esse é o meu lema:
Amar demais só faz pesar a cruz.
Canta: Clara Nunes
Compositor:
Disco: Clara Nunes - 1971
Odeon - MOFB 3667
La laia La laia
La laia La laia
La laia La laia...
Vim do cansaço e dos abraços,
De amores idos já perdidos;
Me encontrei, morena,
Em meio à solidão.
Jurei não dar nem mais um passo
Que fosse me levar ao encontro da paixão;
Do mundo muito eu já sei,
Porém muito tenho que aprender.
Não, não quero amar sem paz,
Eu já sofri demais;
Discreto o amor agora tem de ser.
Tudo o que ficou pra trás
Já não importa mais;
O amor é só você.
Não vivo de novelas,
Já vi muitas delas:
Castelos, fantasias, sonhos tão azuis...
A vida me ensinou, morena,
Esse é o meu lema:
Amar demais só faz pesar a cruz.
Canta: Clara Nunes
Compositor:
Disco: Clara Nunes - 1971
Odeon - MOFB 3667
Meu castigo: letra - música de Clara Nunes
Eu tô procurando te esquecer
Mas não consigo,
E andam dizendo que você
Foi meu castigo.
Não, não tô lamentando o nosso amor
Mas já não suporto tanta dor.
E meu coração tá nesse drama
Quanto mais aumenta a mágoa
Mais o amor acende a chama.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Paulo César Pinheiro
Disco: Brasil Mestiço - 1980
EMI-Odeon 062 421207
Mas não consigo,
E andam dizendo que você
Foi meu castigo.
Não, não tô lamentando o nosso amor
Mas já não suporto tanta dor.
E meu coração tá nesse drama
Quanto mais aumenta a mágoa
Mais o amor acende a chama.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Paulo César Pinheiro
Disco: Brasil Mestiço - 1980
EMI-Odeon 062 421207
Meu cariri: letra - música de Clara Nunes
No meu cariri
Quando a chuva não vem
Não fica lá ninguém,
Somente Deus ajuda
Se não vier do céu
Chuva que nos acuda.
Macambira morre,
Xiquexique seca,
A juriti se muda. (Bis)
Se meu Deus der um jeito
De chover todo ano,
Se acaba o desengano,
O meu viver lá é certo.
No meu cariri
Pode se ver de perto
Quanta boniteza,
Pois a natureza
É um paraíso aberto. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Dilu Neto/Rosil Cavalcante
Disco: Clara Nunes - 1973
Odeon - SMOFB 3767
Quando a chuva não vem
Não fica lá ninguém,
Somente Deus ajuda
Se não vier do céu
Chuva que nos acuda.
Macambira morre,
Xiquexique seca,
A juriti se muda. (Bis)
Se meu Deus der um jeito
De chover todo ano,
Se acaba o desengano,
O meu viver lá é certo.
No meu cariri
Pode se ver de perto
Quanta boniteza,
Pois a natureza
É um paraíso aberto. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Dilu Neto/Rosil Cavalcante
Disco: Clara Nunes - 1973
Odeon - SMOFB 3767
Mente: letra - música de Clara Nunes
Mente,
Ainda é uma saída,
É uma hipótese de vida;
Mente,
Sai dizendo que me ama,
Mente,
Espalha essa fama.
Me chama de meu amor constantemente,
No meio de toda gente e a sós,
Entre nós dois,
Mente.
Mente,
Para dar um novo início,
Ninguém liga sacrifício
Quando ele é o único meio.
Pois na mentira, meu amor,
Crer, eu não creio;
Só pretendo que, de tanto mentir,
Repetir que me ama,
Você mesma acabe crendo.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Paulo Vansolini/Eduardo Gundin
Disco: Guerreira - 1978
EMI-Odeon 062 421096
Menino velho: letra - Música de Clara Nunes
Iê, iê, iê, iê
Iê, iê, iê, iê
Menino velho,
Quem te disse que eu não vou
Jogar búzios e capoeira
Pra prender o meu amor.
Na peneira de Sabrina
Vi minha casa de barro
Com a luz da lamparina
Tremelicando no jarro,
Num copo de água clara.
Eu vi meus olhos lá dentro
Mostrando pra minha cara
A face do sofrimento
Na casca do caramujo
Das praias de Porto Seguro;
Vi o pó do meu refúgio
Lá no fim do meu futuro.
Iê, iê, iê, iê,
Iê, iê, iê, iê.
Era eu, era eu, meu mano,
Era eu, meu mano mais eu;
Meu mano alugou uma casa
Nem ele pagava nem eu
Por sentir medo ou preguiça;
O dono montou num jumento
Foi direto pra polícia
Reclamar seu pagamento.
Era um cabo e um soldado
A força do destacamento,
Era meu mano mais eu
Dando pernada no vento.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Toninho/Romildo
Disco: Nação - 1982
EMI-Odeon 062 421236
Iê, iê, iê, iê
Menino velho,
Quem te disse que eu não vou
Jogar búzios e capoeira
Pra prender o meu amor.
Na peneira de Sabrina
Vi minha casa de barro
Com a luz da lamparina
Tremelicando no jarro,
Num copo de água clara.
Eu vi meus olhos lá dentro
Mostrando pra minha cara
A face do sofrimento
Na casca do caramujo
Das praias de Porto Seguro;
Vi o pó do meu refúgio
Lá no fim do meu futuro.
Iê, iê, iê, iê,
Iê, iê, iê, iê.
Era eu, era eu, meu mano,
Era eu, meu mano mais eu;
Meu mano alugou uma casa
Nem ele pagava nem eu
Por sentir medo ou preguiça;
O dono montou num jumento
Foi direto pra polícia
Reclamar seu pagamento.
Era um cabo e um soldado
A força do destacamento,
Era meu mano mais eu
Dando pernada no vento.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Toninho/Romildo
Disco: Nação - 1982
EMI-Odeon 062 421236
Menino grande: letra - música de Clara Nunes
Dorme, menino grande,
Que eu estou perto de ti;
Sonha o que bem quiseres
Que eu não sairei daqui.
Oh, vento, não faz barulho,
Meu amor está dormindo!
Oh, mar, não bata com força
Porque ele está dormindo!
Dorme, menino grande,
Que eu estou perto de ti
Sonha o que bem quiseres
Que eu não sairei daqui.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Antônio Maria
Disco: Brasileiro Profissão Esperança - 1974
Odeon - SMOFB 3838
Que eu estou perto de ti;
Sonha o que bem quiseres
Que eu não sairei daqui.
Oh, vento, não faz barulho,
Meu amor está dormindo!
Oh, mar, não bata com força
Porque ele está dormindo!
Dorme, menino grande,
Que eu estou perto de ti
Sonha o que bem quiseres
Que eu não sairei daqui.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Antônio Maria
Disco: Brasileiro Profissão Esperança - 1974
Odeon - SMOFB 3838
Menino Deus: letra - Música de Clara Nunes
Raiou, resplandeceu, iluminou
Na barra do dia o canto do galo ecoou
A flor se abriu
A gota de orvalho brilhou
Quando a manhã surgiu
Dos dedos de Nosso senhor
A paz amanheceu sobre o país
E o povo até pensou que já era feliz
Mas foi porque pra todo mundo pareceu
Que um Menino Deus nasceu.
A tristeza se abraçou com a felicidade
Entoando cantos de alegria e liberdade
Parecia um carnaval no meio da cidade
Que me deu vontade de cantar pro meu amor.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Paulo César Pinheiro/Mauro Duarte
Disco: Alvorecer - 1974
Odeon - SMOFB 3835
Na barra do dia o canto do galo ecoou
A flor se abriu
A gota de orvalho brilhou
Quando a manhã surgiu
Dos dedos de Nosso senhor
A paz amanheceu sobre o país
E o povo até pensou que já era feliz
Mas foi porque pra todo mundo pareceu
Que um Menino Deus nasceu.
A tristeza se abraçou com a felicidade
Entoando cantos de alegria e liberdade
Parecia um carnaval no meio da cidade
Que me deu vontade de cantar pro meu amor.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Paulo César Pinheiro/Mauro Duarte
Disco: Alvorecer - 1974
Odeon - SMOFB 3835
Marinheiro só: letra - Música de Clara Nunes
Eu não sou daqui
Coro: marinheiro só
Eu não tenho amor
Coro: marinheiro só
Eu sou da Bahia
Coro: marinheiro só
De São Salvador. (Bis)
Marinheiro, marinheiro,
Marinheiro só,
Quem te ensinou a nadar?
Coro: marinheiro só
Foi o tombo do navio
Coro: marinheiro só
Ou foi o balanço do mar? (Bis)
Lá vem lá vem,
Coro: marinheiro só
Como ele vem faceiro
Coro: marinheiro só
Todo de branco
Coro: marinheiro só
Com o seu bonezinho
Coro: marinheiro só.
Ahahahahahahahahahhaha
Coro: marinheiro só (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositora: Clementina de Jesus
Coro: marinheiro só
Eu não tenho amor
Coro: marinheiro só
Eu sou da Bahia
Coro: marinheiro só
De São Salvador. (Bis)
Marinheiro, marinheiro,
Marinheiro só,
Quem te ensinou a nadar?
Coro: marinheiro só
Foi o tombo do navio
Coro: marinheiro só
Ou foi o balanço do mar? (Bis)
Lá vem lá vem,
Coro: marinheiro só
Como ele vem faceiro
Coro: marinheiro só
Todo de branco
Coro: marinheiro só
Com o seu bonezinho
Coro: marinheiro só.
Ahahahahahahahahahhaha
Coro: marinheiro só (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositora: Clementina de Jesus
sábado, 8 de julho de 2017
Manhã de carnaval: letra - música de Clara Nunes
Manhã, tão bonita manhã
De um dia feliz que chegou
Em cada cor o amor,
Em cada amor um bem,
O bem do amor
Faz bem ao coração.
E então vamos juntos viver
O azul da manhã que nasceu;
É nossa manhã tão bela, afinal,
Manhã de carnaval.
Manhã, tão bonita manhã,
De um dia feliz que chegou
Em cada cor o amor,
Em cada amor um bem,
O bem do amor
Faz bem ao coração.
Canta o meu coração
A alegria voltou
Tão feliz na manhã desse amor!
Canta: Clara Nunes
Compositores: Antônio Maria/Luiz Bonfá
Disco: Brasileiro profissão Esperança - 1974
Odeon SMOFB 3838
De um dia feliz que chegou
Em cada cor o amor,
Em cada amor um bem,
O bem do amor
Faz bem ao coração.
E então vamos juntos viver
O azul da manhã que nasceu;
É nossa manhã tão bela, afinal,
Manhã de carnaval.
Manhã, tão bonita manhã,
De um dia feliz que chegou
Em cada cor o amor,
Em cada amor um bem,
O bem do amor
Faz bem ao coração.
Canta o meu coração
A alegria voltou
Tão feliz na manhã desse amor!
Canta: Clara Nunes
Compositores: Antônio Maria/Luiz Bonfá
Disco: Brasileiro profissão Esperança - 1974
Odeon SMOFB 3838
Mandinga: letra - Música de Clara Nunes
Até mandinga eu vou fazer
Pra fazer você voltar;
Fiz promessa, rezei tanto,
Me ajuda, meu pai Oxalá.
Quem não foi nunca, vai ser,
Quem já é, sempre será;
Gira o mundo, roda vida,
Na volta você vai voltar.
D’Angola, maleime pra ela,
D’Angola, a rosa amarela,
D’Angola, levo ao Senhor do Bonfim,
D’Angola, Xangô na pedreira,
D’angola, a minha aroeira,
D”angola, saravá meu pai Joaquim.
Dim, dim, dim, dim, dim, dim, dim,
Vamos, saravá, pai Joaquim,
Dim, dim, dim, dim, dim, dim, dim,
Vamos, saravá, pai Joaquim.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Carlos imperial/Ataulfo Alves
Disco: Alvorecer - 1974
Odeon SMOFB 3835
Pra fazer você voltar;
Fiz promessa, rezei tanto,
Me ajuda, meu pai Oxalá.
Quem não foi nunca, vai ser,
Quem já é, sempre será;
Gira o mundo, roda vida,
Na volta você vai voltar.
D’Angola, maleime pra ela,
D’Angola, a rosa amarela,
D’Angola, levo ao Senhor do Bonfim,
D’Angola, Xangô na pedreira,
D’angola, a minha aroeira,
D”angola, saravá meu pai Joaquim.
Dim, dim, dim, dim, dim, dim, dim,
Vamos, saravá, pai Joaquim,
Dim, dim, dim, dim, dim, dim, dim,
Vamos, saravá, pai Joaquim.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Carlos imperial/Ataulfo Alves
Disco: Alvorecer - 1974
Odeon SMOFB 3835
Mamãe: letra - Música de Clara Nunes
Mamãe!
Quantas vezes, distante,
Eu fiquei a chamar-te: mamãe!
Com saudade de ti a chorar.
Hoje aqui de pé em tua frente
O meu pranto é tão diferente,
Pois eu estou feliz porque vou te abraçar
Como em criança eu fiz
Nas horas de ninar.
Mamãe!
Quantas vezes, distante,
Eu fiquei a chamar-te: mamãe!
Com saudade de ti a chorar.
A quanto tempo de ti eu me afastei;
Tu sofreste, eu sei, e eu sofri também
Lembrando uma canção que para mim cantavas
Quando me embalavas junto ao teu coração.
Quantas vezes, distante,
Eu fiquei a chamar-te: mamãe!
Com saudade de ti a chorar.
Hoje aqui de pé em tua frente
O meu pranto é tão diferente,
Pois eu estou feliz porque vou te abraçar
Como em criança eu fiz
Nas horas de ninar.
Mamãe!
Quantas vezes, distante,
Eu fiquei a chamar-te: mamãe!
Com saudade de ti a chorar.
A quanto tempo de ti eu me afastei;
Tu sofreste, eu sei, e eu sofri também
Lembrando uma canção que para mim cantavas
Quando me embalavas junto ao teu coração.
Magoada: letra - Música de Clara Nunes
No Ceará quando chove
Fartura tem a granel,
Tem muito arroz e feijão,
Tem cana pra fazer mel.
Mas dói que só magoada,
Amarga que nem jiló
Ver o rio secando
E a terra levantar pó.
E ver nas primeiras chuvas
Todo mundo plantando,
Dizendo que esse ano
Nós vamos ter bom inverno;
A seca vem, mata tudo,
Deixa o sertão num inferno.
Mas dói que só magoada,
Amarga que nem jiló
Ver o rio secando
E a terra levantar pó.
A seca é muito invejosa, seu moço,
Eu não gosto dela;
Secou o rio Jaguaribe
E os olhos de Anabela.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Julinho do Acordeon/João do Vale
Disco: Clara Nunes - 1981
EMI-Odeon 062 421224
Fartura tem a granel,
Tem muito arroz e feijão,
Tem cana pra fazer mel.
Mas dói que só magoada,
Amarga que nem jiló
Ver o rio secando
E a terra levantar pó.
E ver nas primeiras chuvas
Todo mundo plantando,
Dizendo que esse ano
Nós vamos ter bom inverno;
A seca vem, mata tudo,
Deixa o sertão num inferno.
Mas dói que só magoada,
Amarga que nem jiló
Ver o rio secando
E a terra levantar pó.
A seca é muito invejosa, seu moço,
Eu não gosto dela;
Secou o rio Jaguaribe
E os olhos de Anabela.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Julinho do Acordeon/João do Vale
Disco: Clara Nunes - 1981
EMI-Odeon 062 421224
Mãe África: letra - Música de Clara Nunes
No sertão, mãe que me criou
Leite seu nunca me serviu
Preta Bá foi que me amamentou
Filho meu e o filho de meu filho.
No sertão, mãe preta me ensinou
Tudo aqui nós que construiu
Filho, tu tem sangue nagô
Como tem todo esse Brasil.
Oiê, pros meus irmãos de Angola, África,
Oiê, pra Moçambique – Congo, África
Oiê, pra toda nação banto, África,
Oiê, do tempo do quilombo, África.
Pelo bastão de Xangô
E o caxangá de Oxalá,
Filho Brasil pede a bênção, Mãe África;
Pelo bastão de Xangô
E o Caxangá de Oxalá,
Filho Brasil pede a bênção de Mãe África.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Paulo César Pinheiro/Sivuca
Disco: Nação - 1982
EMI-Odeon 062 421236
Leite seu nunca me serviu
Preta Bá foi que me amamentou
Filho meu e o filho de meu filho.
No sertão, mãe preta me ensinou
Tudo aqui nós que construiu
Filho, tu tem sangue nagô
Como tem todo esse Brasil.
Oiê, pros meus irmãos de Angola, África,
Oiê, pra Moçambique – Congo, África
Oiê, pra toda nação banto, África,
Oiê, do tempo do quilombo, África.
Pelo bastão de Xangô
E o caxangá de Oxalá,
Filho Brasil pede a bênção, Mãe África;
Pelo bastão de Xangô
E o Caxangá de Oxalá,
Filho Brasil pede a bênção de Mãe África.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Paulo César Pinheiro/Sivuca
Disco: Nação - 1982
EMI-Odeon 062 421236
Macunaíma: letra - Música de Clara Nunes
Vou-me embora, vou-me embora,
Eu aqui volto mais não;
Vou morar no infinito
E virar constelação. (Bis)
Portela apresenta,
Portela apresenta do folclore tradições,
Milagres do sertão à mata virgem
Assombrada com mil tentações.
Cy, a rainha mãe do mato,
Macunaíma fascinou,
E ao luar se fez poema,
Mas ao filho encarnado
Toda maldição legou.
Macunaíma, índio, branco, catimbeiro,
Negro, sonso, feiticeiro,
Mata a cobra e dá um nó. (Bis)
Cy, em forma de estrela,
A Macunaíma dá um talismã
Que ele perde e sai a vagar.
Canta o uirapuru e encanta,
Liberta a mágoa do seu triste coração;
Negrinho do pastoreio foi a sua salvação
E, derrotando o gigante,
Era o Marquês Piaimã.
Macunaíma volta com o muiraquitã;
Marupiara na luta e no amor
Quando sua pedra para sempre
O monstro levou
O nosso herói assim cantou:
“vou-me embora, vou-me embora,
Eu aqui volto mais não;
Vou morar no infinito
E virar constelação. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: David Correa/Norival Reis
Disco: Clara Nunes - 1981
EMI-Odeon 062 421224
Eu aqui volto mais não;
Vou morar no infinito
E virar constelação. (Bis)
Portela apresenta,
Portela apresenta do folclore tradições,
Milagres do sertão à mata virgem
Assombrada com mil tentações.
Cy, a rainha mãe do mato,
Macunaíma fascinou,
E ao luar se fez poema,
Mas ao filho encarnado
Toda maldição legou.
Macunaíma, índio, branco, catimbeiro,
Negro, sonso, feiticeiro,
Mata a cobra e dá um nó. (Bis)
Cy, em forma de estrela,
A Macunaíma dá um talismã
Que ele perde e sai a vagar.
Canta o uirapuru e encanta,
Liberta a mágoa do seu triste coração;
Negrinho do pastoreio foi a sua salvação
E, derrotando o gigante,
Era o Marquês Piaimã.
Macunaíma volta com o muiraquitã;
Marupiara na luta e no amor
Quando sua pedra para sempre
O monstro levou
O nosso herói assim cantou:
“vou-me embora, vou-me embora,
Eu aqui volto mais não;
Vou morar no infinito
E virar constelação. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: David Correa/Norival Reis
Disco: Clara Nunes - 1981
EMI-Odeon 062 421224
segunda-feira, 19 de junho de 2017
Lama: letra - Música de Clara Nunes
Pelo curto tempo que você sumiu
Nota-se aparentemente que você subiu
Mas o que eu soube a seu respeito
Me entristeceu, ouvi dizer
Que pra subir, você desceu, você desceu.
Todo mundo quer subir
A concepção da vida admite
Ainda mais quando a subida
Tem o céu como limite.
Por isso, não adianta
Estar no mais alto degrau da fama
Com a moral toda enterrada na lama.
Canta: Clara Nunes
Compositores: João Nogueira/Paulo César Pinheiro
Disco: Canto das três raças - 1976
EMI-Odeon XSMOFB 3915
Nota-se aparentemente que você subiu
Mas o que eu soube a seu respeito
Me entristeceu, ouvi dizer
Que pra subir, você desceu, você desceu.
Todo mundo quer subir
A concepção da vida admite
Ainda mais quando a subida
Tem o céu como limite.
Por isso, não adianta
Estar no mais alto degrau da fama
Com a moral toda enterrada na lama.
Canta: Clara Nunes
Compositores: João Nogueira/Paulo César Pinheiro
Disco: Canto das três raças - 1976
EMI-Odeon XSMOFB 3915
Juízo final: letra - Música de Clara Nunes
O Sol há de brilhar mais uma vez
A luz há de chegar aos corações
Do mal será queimada a semente
O amor será eterno novamente.
É o juízo final
A história do Bem e do Mal
Quero ter olhos pra ver
A maldade desaparecer.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Nelson Cavaquinho/Élcio Soares
Disco: Claridade - 1975
Odeon XSMOFB 3884
A luz há de chegar aos corações
Do mal será queimada a semente
O amor será eterno novamente.
É o juízo final
A história do Bem e do Mal
Quero ter olhos pra ver
A maldade desaparecer.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Nelson Cavaquinho/Élcio Soares
Disco: Claridade - 1975
Odeon XSMOFB 3884
Jogo de Angola: letra - Música de Clara Nunes
No tempo em que o negro chegava
Fechado em gaiola
Nasceu no Brasil
Quilombo e quilombola
E todo dia negro fugia
Juntando a corriola.
De estalo de açoite, de ponta de faca
E zunido de bala
Negro voltava pra Angola
No meio da senzala.
E ao som do tambor primitivo,
Berimbau, maharaquê e viola
Negro gritava: “abre ala!”
Vai ter jogo de Angola.
Perna de brigar, Camará,
Perna de brigar, olê...
Ferro de furar, Camará,
Ferro de furar, olê...
Arma de atirar, Camará,
Arma de atirar, olé... Olê...
Dança guerreira,
Corpo do negro é de mola,
Na capoeira, negro embola e desembola.
E a dança que era uma festa
Do dono da terra
Virou a principal defesa do negro na guerra,
Pelo que se chamou “libertação”.
E por toda força, coragem, rebeldia
Louvado será todo dia
Esse povo cantar e lembrar
O jogo de Angola
Na escravidão do Brasil.
Perna de brigar, Camará,
Perna de brigar, olê...
Ferro de furar, Camará,
Ferro de furar, olê...
Arma de atirar, Camará,
Arma de atirar, olê... Olê... (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Mauro Duarte/Paulo César Pinheiro
Disco: Guerreira - 1978
EMI-Odeon - 062 421096
Fechado em gaiola
Nasceu no Brasil
Quilombo e quilombola
E todo dia negro fugia
Juntando a corriola.
De estalo de açoite, de ponta de faca
E zunido de bala
Negro voltava pra Angola
No meio da senzala.
E ao som do tambor primitivo,
Berimbau, maharaquê e viola
Negro gritava: “abre ala!”
Vai ter jogo de Angola.
Perna de brigar, Camará,
Perna de brigar, olê...
Ferro de furar, Camará,
Ferro de furar, olê...
Arma de atirar, Camará,
Arma de atirar, olé... Olê...
Dança guerreira,
Corpo do negro é de mola,
Na capoeira, negro embola e desembola.
E a dança que era uma festa
Do dono da terra
Virou a principal defesa do negro na guerra,
Pelo que se chamou “libertação”.
E por toda força, coragem, rebeldia
Louvado será todo dia
Esse povo cantar e lembrar
O jogo de Angola
Na escravidão do Brasil.
Perna de brigar, Camará,
Perna de brigar, olê...
Ferro de furar, Camará,
Ferro de furar, olê...
Arma de atirar, Camará,
Arma de atirar, olê... Olê... (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Mauro Duarte/Paulo César Pinheiro
Disco: Guerreira - 1978
EMI-Odeon - 062 421096
Jardim da solidão: letra - Música de Clara Nunes
Me enganei redondamente
Com você, oh, flor,
Pois pensava francamente
Que era puro o seu amor!
Só depois que descobri
Que era tudo falsidade;
Prefiro viver tão sozinho,
Porque seu carinho não é de verdade.
Havia flores enfeitando meu jardim,
Gorjeando a passarada;
Era tudo para mim,
Mas vieram os dissabores,
Frutos de uma traição,
Murcharam todas as flores
No jardim da solidão.
Hoje vivo implorando
De joelhos ao criador
Para esquecer a mágoa
Que sinto em meu peito por um falso amor.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Monarco
Disco: Esperança - 1979
EMI-Odeon 062 421168
Com você, oh, flor,
Pois pensava francamente
Que era puro o seu amor!
Só depois que descobri
Que era tudo falsidade;
Prefiro viver tão sozinho,
Porque seu carinho não é de verdade.
Havia flores enfeitando meu jardim,
Gorjeando a passarada;
Era tudo para mim,
Mas vieram os dissabores,
Frutos de uma traição,
Murcharam todas as flores
No jardim da solidão.
Hoje vivo implorando
De joelhos ao criador
Para esquecer a mágoa
Que sinto em meu peito por um falso amor.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Monarco
Disco: Esperança - 1979
EMI-Odeon 062 421168
sábado, 17 de junho de 2017
Iracema: letra - Música de Clara Nunes
Iracema,
Eu nunca mais eu te vi,
Iracema, meu grande amor, foi embora;
Chorei, eu chorei de dor porque,
Iracema, meu grande amor foi você.
Iracema,
Eu sempre dizia:
“cuidado ao atravessar essas ruas”,
Eu falava
Mas você não me escutava, não;
Iracema,
Você atravessou contramão.
E hoje ela vive lá no céu,
E ela vive
Bem juntinho de Nosso senhor;
De lembranças
Guardo somente suas meias e seus sapatos;
Iracema, eu perdi o seu retrato.
(Iracema, fartavam vinte dias pro nosso casamento,
Que nóis ia se casá,
Você atravessô a São João,
Vem um carro, te pega
E te pincha no chão.
Você foi pra assistência,
Iracema,
O chofer não teve curpa, Iracema,
Paciência, Iracema, paciência!)
E hoje ela vive lá no céu,
Bem juntinho de Nosso Senhor;
De lembranças
Guardo somente suas meias e seus sapatos;
Iracema, eu perdi o seu retrato.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Adoniran Barbosa
Disco: Guerreira - 1978
EMI-Odeon 062 421096
Eu nunca mais eu te vi,
Iracema, meu grande amor, foi embora;
Chorei, eu chorei de dor porque,
Iracema, meu grande amor foi você.
Iracema,
Eu sempre dizia:
“cuidado ao atravessar essas ruas”,
Eu falava
Mas você não me escutava, não;
Iracema,
Você atravessou contramão.
E hoje ela vive lá no céu,
E ela vive
Bem juntinho de Nosso senhor;
De lembranças
Guardo somente suas meias e seus sapatos;
Iracema, eu perdi o seu retrato.
(Iracema, fartavam vinte dias pro nosso casamento,
Que nóis ia se casá,
Você atravessô a São João,
Vem um carro, te pega
E te pincha no chão.
Você foi pra assistência,
Iracema,
O chofer não teve curpa, Iracema,
Paciência, Iracema, paciência!)
E hoje ela vive lá no céu,
Bem juntinho de Nosso Senhor;
De lembranças
Guardo somente suas meias e seus sapatos;
Iracema, eu perdi o seu retrato.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Adoniran Barbosa
Disco: Guerreira - 1978
EMI-Odeon 062 421096
Insensatez: letra - Música de Clara Nunes
A insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
O seu amor
Um amor tão delicado
Ah, por que você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração
Quem nunca amou
Não merece ser amado.
Vai, meu coração, ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão,
Colhe sempre tempestade
Vai, meu coração,
Pede perdão
Perdão apaixonado
Vai, porque quem não pede perdão
Não é nunca perdoado.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Antônio Carlos Jobim/Vinícius de Morais
Disco: Clara canta Tom e Chico - 1968
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
O seu amor
Um amor tão delicado
Ah, por que você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração
Quem nunca amou
Não merece ser amado.
Vai, meu coração, ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão,
Colhe sempre tempestade
Vai, meu coração,
Pede perdão
Perdão apaixonado
Vai, porque quem não pede perdão
Não é nunca perdoado.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Antônio Carlos Jobim/Vinícius de Morais
Disco: Clara canta Tom e Chico - 1968
Ilu-ayê: letra - Música de Clara Nunes
Ilu-ayê, Ilu-ayê, odara,
Negro cantava na nação Nagô,
Depois chorou lamento de senzala
Tão longe estava de sua Ilu-ayê.
Tempo passou
E no terreirão da casa grande
Negro diz tudo que pode dizer;
É samba, é batuque, é reza,
É dança, é ladainha;
Negro joga capoeira e faz louvação à rainha. (Bis)
Hoje negro é terra, negro é vida
Na mutação do tempo,
Desfilando na avenida;
Negro é sensacional,
É toda a festa de um povo,
É o dono do carnaval.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Norival Reis/Cabana
Disco: Clara Clarice Clara - 1972
Odeon - MOFB 3709
Negro cantava na nação Nagô,
Depois chorou lamento de senzala
Tão longe estava de sua Ilu-ayê.
Tempo passou
E no terreirão da casa grande
Negro diz tudo que pode dizer;
É samba, é batuque, é reza,
É dança, é ladainha;
Negro joga capoeira e faz louvação à rainha. (Bis)
Hoje negro é terra, negro é vida
Na mutação do tempo,
Desfilando na avenida;
Negro é sensacional,
É toda a festa de um povo,
É o dono do carnaval.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Norival Reis/Cabana
Disco: Clara Clarice Clara - 1972
Odeon - MOFB 3709
Ijexá: letra - Música de Clara Nunes
Filhos de Gandhi, badauê,
Ilê-aiyê, male-dabalê, otum-obá
Tem um mistério que bate no coração,
Força de uma canção
Que tem o dom de encantar.
Seu brilho parece um Sol derramado,
Um céu prateado, um mar de estrelas;
Revela a leveza de um povo sofrido,
De rara beleza,
Que vive cantando profunda grandeza.
A sua riqueza vem lá do passado,
De lá do congado,
Eu tenho certeza.
Filhas de Gandhi, ê, povo grande!
Ojuladê, catendê, baba-obá;
Netos de Gandhi, povo de Zâmbi,
Traz pra você um novo som: ijexá.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Edil Pacheco
Disco: Nação - 1982
EMI-Odeon 062 421236
Ilê-aiyê, male-dabalê, otum-obá
Tem um mistério que bate no coração,
Força de uma canção
Que tem o dom de encantar.
Seu brilho parece um Sol derramado,
Um céu prateado, um mar de estrelas;
Revela a leveza de um povo sofrido,
De rara beleza,
Que vive cantando profunda grandeza.
A sua riqueza vem lá do passado,
De lá do congado,
Eu tenho certeza.
Filhas de Gandhi, ê, povo grande!
Ojuladê, catendê, baba-obá;
Netos de Gandhi, povo de Zâmbi,
Traz pra você um novo som: ijexá.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Edil Pacheco
Disco: Nação - 1982
EMI-Odeon 062 421236
Hora de chegar: Letra - Música de Clara Nunes
Estrada do luar no mar,
Convite a caminhar;
Não sei aonde vou, mas sei o que quero.
Fico esperando...
Ondas cantam na areia,
Areia vai pro mar
E o vento vem de lá.
O tempo passou,
À beira-mar fiquei;
Amanheceu... Negra companheira...
E agora a Lua é tão distante
Que a estrada não se vê,
Mas de fé sou feita;
Estou certa, amigo, o barco vai voltar,
Minha hora vai chegar.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Jorge Martins/Carlos Alberto
Disco: A beleza que canta - 1969
Odeon - MOFB 3594
Convite a caminhar;
Não sei aonde vou, mas sei o que quero.
Fico esperando...
Ondas cantam na areia,
Areia vai pro mar
E o vento vem de lá.
O tempo passou,
À beira-mar fiquei;
Amanheceu... Negra companheira...
E agora a Lua é tão distante
Que a estrada não se vê,
Mas de fé sou feita;
Estou certa, amigo, o barco vai voltar,
Minha hora vai chegar.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Jorge Martins/Carlos Alberto
Disco: A beleza que canta - 1969
Odeon - MOFB 3594
Homenagem à velha guarda: letra - Música de Clara Nunes
Um chorinho me traz muitas recordações
Quando o som dos regionais
Invadia os salões,
E era sempre um clima de festa
Se fazia serestas
Parando nos portões
Quando havia os balcões
Sob a luz da Lua
E a chama dos lampiões a gás
Clareando os serões
Sempre com gentis casais
Como os anfitriões
E era uma gente tão honesta
Em casinhas modestas
Com seus caramanchões
Reunindo os chorões
Era uma flauta de prata
A chorar serenatas, modinhas, canções,
Pandeiro, um cavaquinho e dois violões
Um bandolim bonito e um violão sete cordas
Fazendo desenhos nos bordões
Um clarinete suave
E um trombone no grave a arrastar os corações
Piano era o do tempo do Odeon
De vez em quando um sax-tenor
E a abertura do fole imortal do acordeom
Mas já são pra nós
Meras evocações
Tudo ficou pra trás
Passou nos carrilhões
Quase ninguém se manifesta
Pouca coisa hoje resta
Lembrando os tempos dessas reuniões.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Paulo César Pinheiro/João Nogueira
Disco: As fforças da natureza - 1977
Odeon - XSMOFB 3946
Quando o som dos regionais
Invadia os salões,
E era sempre um clima de festa
Se fazia serestas
Parando nos portões
Quando havia os balcões
Sob a luz da Lua
E a chama dos lampiões a gás
Clareando os serões
Sempre com gentis casais
Como os anfitriões
E era uma gente tão honesta
Em casinhas modestas
Com seus caramanchões
Reunindo os chorões
Era uma flauta de prata
A chorar serenatas, modinhas, canções,
Pandeiro, um cavaquinho e dois violões
Um bandolim bonito e um violão sete cordas
Fazendo desenhos nos bordões
Um clarinete suave
E um trombone no grave a arrastar os corações
Piano era o do tempo do Odeon
De vez em quando um sax-tenor
E a abertura do fole imortal do acordeom
Mas já são pra nós
Meras evocações
Tudo ficou pra trás
Passou nos carrilhões
Quase ninguém se manifesta
Pouca coisa hoje resta
Lembrando os tempos dessas reuniões.
Canta: Clara Nunes
Compositores: Paulo César Pinheiro/João Nogueira
Disco: As fforças da natureza - 1977
Odeon - XSMOFB 3946
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