Vou-me embora, vou-me embora,
Eu aqui volto mais não;
Vou morar no infinito
E virar constelação. (Bis)
Portela apresenta,
Portela apresenta do folclore tradições,
Milagres do sertão à mata virgem
Assombrada com mil tentações.
Cy, a rainha mãe do mato,
Macunaíma fascinou,
E ao luar se fez poema,
Mas ao filho encarnado
Toda maldição legou.
Macunaíma, índio, branco, catimbeiro,
Negro, sonso, feiticeiro,
Mata a cobra e dá um nó. (Bis)
Cy, em forma de estrela,
A Macunaíma dá um talismã
Que ele perde e sai a vagar.
Canta o uirapuru e encanta,
Liberta a mágoa do seu triste coração;
Negrinho do pastoreio foi a sua salvação
E, derrotando o gigante,
Era o Marquês Piaimã.
Macunaíma volta com o muiraquitã;
Marupiara na luta e no amor
Quando sua pedra para sempre
O monstro levou
O nosso herói assim cantou:
“vou-me embora, vou-me embora,
Eu aqui volto mais não;
Vou morar no infinito
E virar constelação. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: David Correa/Norival Reis
Disco: Clara Nunes - 1981
EMI-Odeon 062 421224
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