Joga a moeda e vê qual a sorte que vai dar;
Se o destino é muito forte
A moeda é um corte
Que dá pra morrer,
E se a vida é meia morte
A morte só vem pra quem quer viver.
Ê, ofício,
Oi, que vida difícil de entender. (Bis)
A minha raça
É o produto da cana e da cachaça,
Café, ouro velho e alcobaça,
É uma rosa acabando de nascer.
A minha terra
É um mosaico de pedra portuguesa
Pintada de sangue, com certeza,
Em volta do mangue, pra se ver.
A minha casa
É uma cabana de palmeira
Que dá palha pra esteira
Onde eu durmo pra esquecer.
Ê, ofício,
Oi, que vida difícil de entender. (Bis)
O meu enfeite
É uma figa, é uma concha, é uma guia,
É uma folha de arruda, é simpatia
Que a gente não pode saber.
O meu amor
É mistura de dengo e de carinho,
É um molho de coentro e de cominho,
É uma reza maldita de benzer.
Minha cantiga
É oração das rezadeiras,
É o canto das lavadeiras
Que eu sempre quis aprender.
Ê, ofício,
Oi, que vida difícil d entender. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Toninho/Romildo
Disco: Guerreira - 1978
EMI-Odeon 062 421096
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