Ilu-ayê, Ilu-ayê, odara,
Negro cantava na nação Nagô,
Depois chorou lamento de senzala
Tão longe estava de sua Ilu-ayê.
Tempo passou
E no terreirão da casa grande
Negro diz tudo que pode dizer;
É samba, é batuque, é reza,
É dança, é ladainha;
Negro joga capoeira e faz louvação à rainha. (Bis)
Hoje negro é terra, negro é vida
Na mutação do tempo,
Desfilando na avenida;
Negro é sensacional,
É toda a festa de um povo,
É o dono do carnaval.
Canta: Clara Nunes
Compositor: Norival Reis/Cabana
Disco: Clara Clarice Clara - 1972
Odeon - MOFB 3709
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