Não, não é mole, não,
Acordar segunda-feira
Pra tentar ganhar o pão,
Não é mole, não. (Bis)
Às cinco horas começa o relógio a tocar, tocar,
E as crianças começam a me preocupar:
Olhe o leite, olhe o pão,
Olhe o arroz, olhe o feijão,
Olhe a hora;
Se você demora o trem pode passar.
Nessa vida indefinida
Não consigo me encontrar
Eu só quero uma vida melhor
Pra poder descansar.
É pau duro, minha gente,
A vida do trabalhador;
Osso duro no presente,
Futuro não tem não, senhor. (Bis)
Não, não é mole não,
Acordar segunda-feira
Pra tentar ganhar o pão. (Bis)
Lá no subúrbio a gente costuma passar, passar
Certos apuros que é triste até de comentar:
Tanta fila, confusão,
Quase sempre sinto a mão
Cutucando meu bolso vazio
Tentando arrumar.
Nessa vida indefinida
Não consigo me encontrar
Desse jeito não existe cristão que possa suportar.
É pau puro minha gente,
A vida do trabalhador,
Osso duro no presente,
Futuro não tem não, senhor. (Bis)
Canta: Clara Nunes
Compositores: Candeia/Jaime
Disco: Brasil Mestiço – 1980
EMI-Odeon 062 421007
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