Não maldigo os versos que lhe fiz,
Embora não devesse tê-los feito.
São versos que nasceram do meu peito,
Mas frutos de um amor muito infeliz.
São versos que guardam o que não quis
Guardar daquele nosso amor desfeito.
Relendo-os sofro, e sofrendo aceito
O que o destino quis como juiz.
Não os maldigo, não. Não os maldigo.
Vou guardá-los em mim como castigo,
Para no amor eu escolher direito.
Só porque nesse amor não fui feliz,
Não maldigo os versos que lhe fiz,
Embora não devesse tê-los feito.
(Poesia: Ronaldo Cunha Lima - Foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)
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