Prudente José de Morais Barros nasceu em Itu, São Paulo, no dia 4 de outubro de 1841. Era filho de José Marcelino de Barros e dona Catarina Maria de Barros. Teve uma infância difícil e logo cedo perdeu o pai, assassinado por um escravo. Trabalhou para custear seus estudos, diplomando-se em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1863. Começou a advogar na cidade de Sorocaba (SP), com seu irmão mais velho, chamado Manuel.
Filiado ao Partido Liberal, começou a difundir os ideais republicanos. Elegeu-se deputado à Assembleia Provincial, e em 1884 foi indicado para a Câmara Temporária, representando sua província natal, juntamente com os republicanos Álvaro Botelho e Campos Sales. Em 1885 elegeu-se para a Câmara dos Deputados. Com a proclamação da República, foi presidente da Junta Governativa de três membros que assumiu o poder no estado de São Paulo. Ficou no cargo até o dia 13 de outubro de 1890, quando se elegeu senador da República, no dia 15 de novembro de 1890, sendo eleito presidente do Congresso Nacional no dia 21 do mesmo mês e ano.
Concorreu na primeira eleição para presidente da República, mas perdeu para Deodoro da Fonseca, numa votação indireta de 129 votos a favor de Deodoro e 97 votos a favor de Prudente. Em junho de 1891 foi eleito vice-presidente do Congresso e em 15 de novembro de 1894 concorreu e se elegeu presidente da República, em substituição ao Marechal Floriano Peixoto, embora tenha enfrentado grande oposição militar.
Tornou-se assim o primeiro presidente eleito da República. Já presidente, pacificou o país, enfrentou a Revolução Federalista e a guerra de Canudos, liderada por Antônio Conselheiro, de 1893 a 1897, e uma grave crise financeira.
Na política externa, reatou as relações com Portugal, rompidas desde 1893; resolveu com a Inglaterra a ocupação definitiva da Ilha da Trindade e foi vitorioso também nas questões limítrofes com a Argentina, conhecida como “Questão das Missões”. Com a França, resolveu a questão com o Amapá.
Doente, passou a presidência da República ao seu vice, Manuel Vitorino Pereira, de 10 de novembro de 1896 a 5 de março de 1897. Ao reassumir o governo, comprou o Palácio do Catete ao conde de Nova Friburgo. Em 5 de novembro de 1897 sofreu um atentado por parte de um anspeçada, Marcelino Bispo de Melo, e foi salvo pelo Marechal Carlos Machado Bitencourt, ministro da Guerra, que foi apunhalado mortalmente.
Depois do seu governo, terminado em 15 de novembro de 1898, não abandonou a política, porém dirigiu um movimento de dissidência, em Piracicaba, além de exercer a advocacia, até o seu falecimento, ocorrido naquela cidade, no dia 13 de dezembro de 1902.
Bibliografia:
ENCICLOPÉDIA Globo. 13ª ed. Vol. VIII. Porto Alegre, Globo, 1974.
ENCICLOPÉDIA Pesquisando na Escola. Vol. 4. Pág. 13. São Paulo, Ícone, 1988.
CARVALHO, Geraldo Magela de. Atlas Ecos de Biografias. João Pessoa, Ecos, 1977.
(Texto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB - Foto: internet)
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