A flor que és, não a que dás, eu quero.
Por que me negas o que te não peço?
Tempo há para negares
Depois de teres dado.
Flor, sê-me flor! Se te colher avaro
A mão da infausta esfinge, tu perere
Sombra errarás absurda,
Buscando o que não deste.
(Poesia: Alberto Caeiro - Fernando Pessoa - foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)
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