domingo, 16 de março de 2014

A flor que és (Alberto Caeiro - Fernando Pessoa)

A flor que és, não a que dás, eu quero.
Por que me negas o que te não peço?
Tempo há para negares 
Depois de teres dado.  
Flor, sê-me flor! Se te colher avaro 
A mão da infausta esfinge, tu perere 
Sombra errarás absurda,
Buscando o que não deste.

(Poesia: Alberto Caeiro - Fernando Pessoa - foto: Eliza Ribeiro - Taperoá - PB)





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