A ver, no en-sido, pelos campos- claros: estórias.
Se deu passado esse caso;
Vivência é memória.
Nos Gerais
A honra é que é que se apraz
Cada quão sabia sua distrição.
Vai que foi sobre esse
Era uma-vez 'sas passagens:
Em beira-riacho morava o casal:
Personagens, personagens, personagens.
A mulher tinha a morenês que se quer:
Verdeolhar, dos verdes do verde invejar.
Dentro lá deles
Diz-se que existia outros Gerais,
Quem o qual, dono seu,
Esse era erroso, no a ponto de ser feliz demais
Ao que a vida, no bem e no mal dividida,
Um dia ela dá o que faltou... Ô, ô, ô...
É buriti, buritizais (bis)
É o batuque corrido dos Gerais.
O que aprendi, o que aprenderás
Que, nas veredas por em-redor, sagarana.
Uma coisa é o alto bom-buriti,
Outra coisa é buritirana.
A pois que houve, no tempo das luas bonitas,
Um moço êveio: — viola enfeitada de fitas.
Vinha atrás de uns dias pra descanso e paz.
Galardão: mississo-redó: falanfão.
No-que: " — se abanque"
Que ele deu nos óio o verdejo.
Foi se afogando; pensou que foi mar,
Foi desejo, foi desejo, foi desejo.
Era ardor.
Doidava de verde o verdor,
E o rapaz quis logo querer os Gerais
E a dona deles.
— Que sim, que ela disse verdeal.
Quem o qual, dono seu, vendo as olhâncias,
No avoo virou bicho-animal:
Cresceu nas facas:
O moço ficou sem ser macho,
E a moça sem verde ficou. Ô, ô, ô,
É buriti, buritizais. (Bis)
É o batuque corrido dos Gerais.
O que aprendi, o que aprenderás
Que nas veredas por em-redor, sagarana.
Uma coisa é o alto bom-buriti,
Outra coisa é o buritirana.
Quem quiser que cante outra,
Mas à moda dos Gerais.
Buriti: rei das veredas;
Guimarães: buritizais!
Guimarães: buritizais!
Guimarães: buritizais!
(Clara Nunes — Autores: Paulo César Pinheiro/João de Aquino)
Disco: "As forças da natureza" — 1977 — EMI-ODEON — XSMOFB 3946.
Foto: internet.
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